Wednesday, December 3, 2014

USA: Ferguson arde em revolta - a Nova Democracia



A pequena cidade de Ferguson, no estado do Missouri, USA, está nas páginas dos noticiários internacionais desde 9 de agosto, quando o jovem Michael Brown foi covardemente assassinado pela polícia. Mais de três meses depois do episódio, milhares de pessoas voltaram às ruas de diversas cidades estadunidenses após o júri de St. Louis concluir que “não há provas suficientes para processar o policial Darren Wilson” e o promotor da comarca Robert McCulloch anunciar que o policial não será acusado pela morte de Brown.
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Após a "justiça" ianque negar processo ao policial que assassinou Michael Brown, centenas de manifestações foram realizadas em todo o USA
Na madrugada do último dia 25 de novembro, as ruas de Ferguson  transbordaram novamente em revolta. Pelo menos 12 prédios foram incendiados na primeira noite de protestos após a conclusão do júri e a onda de manifestações se generalizou. Nos primeiros enfrentamentos, dezenas de pessoas foram presas, o que fez aumentar a revolta.
Massivas manifestações de solidariedade tomaram as ruas de Los Angeles, Chicago, Washington D.C., Oakland, Nova York e outras cidades.
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Porém, em Ferguson, as labaredas do protesto são mais fortes. A população em revolta saqueou lojas, montou barricadas e enfrentou a polícia. Tropas de choque, agentes do FBI, SWAT e mais de dois mil soldados da Guarda Nacional sitiam a cidade e reprimem a população com brutalidade.  O aeroporto de St. Louis foi fechado para pousos e decolagens por determinação da Administração Federal de Aviação ianque.
Diante da rebelião popular, o gerente federal Barack Obama fez pronunciamento em rede nacional pedindo “calma” e afirmando que a população deve “aceitar” a decisão do júri.
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Em nota enviada à imprensa, os pais de Brown afirmaram estar “profundamente decepcionados de que o assassino do nosso filho não tenha que sofrer as consequências de seus atos”.
Os protestos adentraram o segundo dia, 26/11, estendendo-se para Atlanta, Boston, Filadélfia e Seattle. Mais manifestantes foram presos.
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Na cidade do Missouti onde o adolescente foi morto, mesmo com a intervenção federal, as massas prosseguiram combatendo nas ruas. Um carro de polícia foi incendiado próximo à prefeitura e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Uma multidão se reuniu diante do quartel-general da polícia exigindo a libertação dos presos nos protestos e houve novo confronto.
Neste mesmo dia, durante um protesto de solidariedade em Minneapolis, um carro avançou contra manifestantes atropelando uma mulher e, em Los Angeles, mais de 180 manifestantes foram presos. Milhares de pessoas marcharam pelas ruas até sede da polícia (LAPD), no bairro Downtown, centro da cidade.
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Foram registrados protestos em mais de 170 cidades de 34 estados do USA e, até a manhã de 27 de novembro, mais de 400 manifestantes haviam sido presos em Ferguson e outras regiões do país.
Também ocorreram manifestações de solidariedade em outros países. Em Londres, Inglaterra, no dia 26, cerca de 500 pessoas protestaram diante da embaixada do USA. Entre os manifestantes estava Carol Duggan, tia de Mark Duggan, assassinado em agosto de 2011 por agentes da polícia londrina.
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Em 29/11, o policial Darren Wilson pediu demissão e até o fechamento desta edição os protestos continuavam em algumas cidades estadunidenses.

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