Friday, May 8, 2015

Brasil - PREPARAR A GREVE GERAL!


Carta aberta aos Sindicalistas Honestos e de Luta. PREPARAR A GREVE GERAL!

mai 6th, 2015 | By |

Esse grave momento de covarde e feroz repressão policial-militar contra trabalhadores em greve, ordenadas tanto por parte do PSDB ou PT, PMDB e/ou demais partidos que se revezam nos postos de gerência municipal, estadual ou federal do genocida Estado brasileiro;
De famigerada política de instalação de centros de tortura e morte – as UPPs – com recrudescimento da opressão ao povo pobre e assassinatos de trabalhadores, crianças e jovens nas favelas, perseguições e mortes de lideranças camponesas e indígenas no campo;
De, na prática, golpe a golpe, o governo cortar os direitos dos trabalhadores, como: – a recente sanção da lei de escravidão dos motoristas (lei 13.103/2015),  -  reformas previdenciária e trabalhista que reduzem o valor das futuras pensões por morte à metade e triplicam o tempo mínimo de trabalho exigido para que o trabalhador demitido receba o seguro-desemprego,  - mudanças de regras do auxílio-doença, seguro defeso e PIS (MPs 664 e 665), – além dos reajustes nas tarifas públicas (luz, água, transporte), aumento dos juros e dos combustíveis etc;
Da eminência de aprovação de novas medidas de cortes de direitos trabalhistas, como apontam as articulações governistas e o discurso da presidente Dilma Rousseff na internet, dia 1º de Maio, de defesa da continuidade da política de arrocho salarial, do salário mínimo de fome e da lesiva regulamentação da terceirização;
Exige a RESISTÊNCIA dos TRABALHADORES e SINDICALISTAS HONESTOS e de LUTA, PARA BARRAR ESSES ATAQUES
Exige levantarmos um grande movimento de Preparação de uma GREVE GERAL no país para derrubar os pacotaços das gerências de turno (federal, estaduais e municipais) e as medidas antipovo, antioperárias e antinacionais.
Para isso propomos a discussão de um plano para a construção da GREVE GERAL através de iniciativas que liguem o apelo e propaganda da Greve às ações específicas locais e regionais, tais como campanhas salariais, atos e manifestações de protestos, cortes de rodovias e ocupação de órgãos públicos. Bem como, a atitude de nenhuma negociação e nenhum compromisso com o governo e/ou com as centrais sindicais governistas.
A total cooptação da cúpula dessas centrais torna-as dócil instrumento do governo e dos partidos que ocupam ou aspiram os postos de gerência deste podre Estado burguês-latifundiário. Essas centrais sindicais governistas e pelegas têm chancelado toda política de arrocho salarial do governo, como a política do miserável salário mínimo, sucessivos cortes de direitos dos aposentados, dos operários, dos servidores públicos, dos direitos previdenciários etc.
Em recente reunião das centrais sindicais com Dilma no Palácio do Planalto, dia 30/04, as cúpulas pelegas das centrais continuam suas tramas de bastidores para servir ao governo e auxiliar na aprovação de medidas nocivas aos interesses dos trabalhadores. Nessa reunião, a “presidenta” anunciou a criação de um Fórum de Debates, formado por representantes dessas centrais sindicais, empresários e governo; com itens na pauta, como, regras de barreira de acesso ao sistema Previdenciário como idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário; “propostas e políticas de aumento da produtividade do trabalho” etc. São os preparativos para tentar impor o famigerado fator 85/95 e impedir que milhões de trabalhadores se aposentem.
O governo também anunciou que vai retirar 10 bilhões do FGTS para cobrir rombo das empreiteiras com o BNDES. Isso, aliado aos recursos torrados nas obras superfaturadas do PAC, Petrobrás, programa “Minha casa, minha dívida” etc., põem em risco o Fundo de Garantia dos trabalhadores. Sob total submissão aos ditames dos banqueiros e grandes grupos econômicos, o governo massacra o povo brasileiro através da política de “ajuste fiscal” ditada pelo Banco Mundial e FMI, com violentos cortes de recursos nas áreas de saúde, educação, saneamento, previdência etc; aumento dos extorsivos juros cobrados da população, extorsão do imposto de renda sobre os trabalhadores. Ao mesmo tempo,   expande o crédito, isenções tributárias e incentivos  para os grandes grupos econômicos e latifundiários; privatiza e dá novas concessões de rodovias, ferrovias, aeroportos; aumenta em 300% os recursos destinados ao fundo partidário (elevado de R$ 289 milhões para R$ 867,5 milhões);  retalha o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para  o Bradesco;  concede todos privilégios, “auxílio-moradia” de R$4.377,73 e outras benesses,  para o alto escalão do executivo, do judiciário e legislativo. Visando conter a revolta, aumenta o aparato de forças repressivas e a remuneração das polícias.
Por tudo isso, propomos debatermos sobre a RESISTÊNCIA E A LUTA; sobre mobilizar as bases dos Sindicatos e o conjunto dos trabalhadores, organizar um forte movimento classista e independente de apoio as lutas em curso, reforçar as atuais greves, expandir o movimento grevista e realizar debates, manifestações, confeccionar faixas, jornais, panfletos e propagar a NECESSIDADE DE DEFLAGAR UMA GREVE GERAL em todo Brasil.

São Paulo, 1º de maio de 2015

Saudações classistas,
Liga Operária
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