Tuesday, March 13, 2018

8th march Revolucionárias exaltam Dia Internacional da Mulher Proletária no Brasil

O Movimento Feminino Popular (MFP) fez agitação em diversos estados do país conclamando as mulheres a se organizarem na luta proletária pela sua emancipação, na última quinta-feira, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher Proletária.

No Rio de Janeiro, mulheres organizadas com faixa e bonés do MFP e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), agitaram uma calorosa panfletagem em frente ao Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, no Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro.
Uma estudante de pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), de 21 anos, em entrevista ao AND falou da importância da atividade ser realizada na favela.
– Fazer essa atividade aqui é fundamental também porque é perto de várias escolas, com muitos estudantes que durante muito tempo passaram por duros momentos com a UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] dentro das escolas. Então trazer essa luta, essa consciência - mostrando que esse dia é o dia da mulher proletária - tem uma importância extrema para nós - afirmou a jovem estudante.
Na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, o MFP organizou uma intervenção na aula inaugural do Centro de Ciências Humanas da PUC Minas – Coração Eucarístico. Panfletos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Proletária foram distribuídos e uma banquinha com livros sobre a questão feminina publicados pelo movimento foi montada.
Na saudação, após extenso debate sobre a atual situação das mulheres no país, o MFP frisa que nas “lutas do povo a participação das mulheres é indispensável”.
“Devemos ombro a ombro com nossos companheiros atuar na luta de classes. Nossa luta não é contra os homens do povo, mas contra todo este sistema de exploração que divide a sociedade em classes e é a base sob a qual se sustenta toda uma cultura patriarcal machista que relega as mulheres do povo às funções mais secundárias na sociedade. Porém, nós, mulheres do povo, possuímos uma força inquebrantável.  Momentos de luta se avizinham e estaremos em posição de combate”, frisou o MFP durante a sua intervenção na aula inaugural.
Em Belém (PA), pela manhã, integrantes do MFP da região metropolitana de Belém, distribuíram panfletos durante a concentração de uma manifestação, na avenida Nazaré. Durante a atividade, as mulheres presentes fizeram questão de exaltar a verdadeira origem do dia 8 de março, rechaçando o feminismo burguês e pequeno-burguês e a propaganda imperialista de que a data pertence a todas as mulheres, e não à luta da mulher proletária.
No panfleto entregue a população, um dos trechos afirmava que o “Movimento Feminino Popular (MFP) defende a organização classista e combativa das mulheres, independente de partidos eleitoreiros, para brigar pela sua emancipação, ombro a ombro com toda a sua classe, através da luta decidida contra os canalhas que gerenciam esse velho Estado”. Este movimento convoca todas as mulheres camponesas, proletárias, trabalhadoras, estudantes, intelectuais e artistas do povo a conhecer e se organizar com o MFP para lutar pela sua liberdade.
Em Foz do Iguaçu (PR), ocorreu uma marcha em que estudantes, professoras, técnicas e trabalhadoras independentes marcaram presença e unidas aos companheiros e familiares entoaram palavras de ordem como Trabalhadora, preste atenção! A nossa luta é por emancipação! e Despertar a fúria revolucionária da mulher!, reafirmando a necessidade de uma Grande Revolução de Nova Democracia na nossa sociedade que rompa com as apodrecidas estruturas vigentes e acabe com as relações de exploração que sustentam e perpetuam toda a opressão feminina.
Às combatentes e comunistas
O boletim do MFP, que foi utilizado em todas as atividades do movimento, centrou suas saudações às mulheres populares e proletárias de todos os países, particularmente às mobilizadas como guerrilheiras ou comunistas em guerras populares, como exemplos. Para tanto, logo na capa, há fotos das unidades guerrilheiras femininas, organizadas em Exércitos Populares dirigidos por Partidos Comunistas no Peru, Índia e Filipinas.
“Saudamos as mulheres de nosso povo, reverenciando a memória das combatentes que na história da luta de classes no Brasil dedicaram suas vidas à revolução”, afirma o movimento, que destaca: “Sobretudo aquelas que encarnaram de forma mais profunda a ideologia do proletariado e, de armas nas mãos, lutaram pela destruição do velho Estado burocrático-latifundiário e pela Nova Democracia e pelo Socialismo no Brasil e o Comunismo em todo o mundo”.
Entre as mulheres que o MFP destacam como exemplos, estão “Louise Michel (francesa), Jenny Marx (alemã), Clara Zetkin (alemã) Rosa Luxemburgo (polonesa), Alexandra Kollontai (russa), Chiang Ching (chinesa), Tina Modotti (italiana), Olga Benário (alemã), Augusta de la Torre Carrasco e Yovanka Pardavé Trujillo (peruanas)”.
Com particular importância, as revolucionárias destacam a dirigente da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) e fundadora do MFP, Sandra Lima. “Saudamos essa nossa querida companheira, que nos deixou em 27 de julho de 2016”, afirmam, elevando como exemplo a sua “luta e sua convicção de que o Brasil precisa de uma Grande Revolução!”.
Em seu site lançado recentemente, o MFP ressalta a importância de levantar alto seu exemplo. “A companheira Sandra é uma heroína do proletariado revolucionário, infatigável lutadora que dedicou sua vida à luta pela revolução em nosso país como parte da revolução proletária mundial”, qualificando-a como “uma comunista convicta, defensora do marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente maoísmo”.
Recordando sua própria história, o MFP ressaltou que neste ano é celebrado o marco de 23 anos do rompimento com o movimento feminino reformista. A partir de então, afirmam as revolucionárias, “nós decidimos construir um movimento feminino popular revolucionário com a concepção proletária para o movimento de mulheres”.
“Por fim, saudamos as mulheres proletárias e as massas populares que combatem de armas nas mãos na guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas no Peru, Índia, Turquia, Filipinas e nas guerras de libertação na Palestina, Iraque, Afeganistão, Síria e outros países dominados pelo imperialismo.”, encerram as revolucionárias.
Assembleia dos professores, BH
Panfletagem no Complexo do Alemão, RJ

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