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Foto: Osvaldo Prado.
Na noite da última quarta-feira, 18 de dezembro, moradores do Complexo de Manguinhos, na zona Norte do Rio de Janeiro, fizeram uma manifestação contra o assassinato de José Joaquim de Santana, de 81 anos, na comunidade Mandela III. Eles acusam um soldado da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP – Arará/Mandela) de ser o responsável pelo disparo.
Não suportando mais as atrocidades policiais, os moradores bloquearam a Rua Leopoldo Bulhões e enfrentaram a repressão.
Recentemente, A Nova Democracia denunciou, em matéria e vídeo, a morte do jovem Paulo Roberto em 17 de outubro por policiais no Manguinhos e a luta de seus familiares por justiça. O covarde assassinato de mais um morador, desta vez um idoso, expõe novamente o caráter antipovo da ocupação policial no complexo.
O fato ocorreu na véspera do aniversário de cinco anos da instalação da primeira UPP no Rio de Janeiro, no Morro Santa Marta, em Botafogo, no dia 19 de dezembro de 2008.
Moradores relataram que o tumulto teria iniciado durante uma abordagem a um menor de idade e a mãe do garoto queria acompanhá-lo até a delegacia. Para “conter” a confusão, um PM teria efetuado o disparo que acertou o rosto de José, que se encontrava na varanda de sua residência.
Organizações de defesa dos direitos do povo e ativistas da Frente Independente Popular (FIP) têm acompanhado a situação dos moradores das comunidades que fazem parte do Complexo de Manguinhos, bem como as inúmeras denúncias das arbitrariedades dos agentes de repressão do velho Estado. No último dia 10 de dezembro, ocorreu uma manifestação na favela denunciando a UPP. Confira nos links: