Sunday, February 22, 2015

Spain - non podemos apoyar PODEMOS ..Podemos, ou como ocultar o caráter de classe da democracia ATENEU PROLETARIO Galizia



PodemosEm esta época de decadência do capitalismo criam-se as condiçons para a apariçom de “O Pequeno Nicolas de Faes”, de Podemos, da ultradireita pós-moderna (UPyD, Ciudadanos), etc.
Vivemos num momento histórico de decadência do capitalismo em que a aristocracia operária sente como pioram as suas condiçons de vida e desejam umha salvaçom que nom implique muito risco. Entendem que o passado era melhor. Desejam que as cousas deixem de mudar sem controlo. Nom querem que os tratem coma obreiras senom coma antes, quando o capitalismo era cómodo para eles e as cousas só podiam ir a melhor. Agora o novo capitalismo (que eles acostumam a chamar neoliberalismo e corrupçom) nom lhes da as vantagens do velho capitalismo. Ao fim e ao cavo nom som mais que reacionários camuflados de esquerdistas. Um tipo de esquerdistas que quando a luita de classes se transforma em guerra aberta, sempre se ponhem do lado dos elementos fascistas do aparato estado.
Polo que o fenómeno mediático e eleitoral de Podemos merece que lhe prestemos umha certa atençom. Este é um fenómeno que tem umhas raízes tanto sociais como políticas. As sociais devem-se -evidentemente- ao empioramento das condiçons de vida da maior parte da povoaçom desde o ano 2008 em que começa a grande depressom económica, o político é o resultado dos poderes reais que controlam o estado, ante a perda de credibilidade de todas as instituçons que mantenhem o poder da oligarquia espanhola e a burguesia galega na nossa sociedade.
Ante a “indignaçom social” ou o que é o mesmo a perda de influência da mentalidade burguesa sobre as massas , o revisionismo tem duas receitas a saber: a primeira a movilizaçom pacífica de grandes massas desarmadas; a segunda as aspiraçons de formar parte dos governos dos aparelhos estatais e realizar reformas desde eles. Este é ao fim e ao cavo a proposta de Podemos a mesma receita que a do anterior revisionismo. Nada novo.
Tanto Podemos como IU e o resto do reformismo sempre proponhem cousas como: “limitar os grandes salários dos executivos”, ou “democratizar a economia”, ou “combater o neoliberalismo”, ou “a economia social”, “a banca pública”, “o emprego público”, “combater a corrupçom”, “a democracia participativa”, “a redistribuiçom da riqueza”, etc.
O reformismo promete qualquer cousa com tal de ocultar o caráter de classe do estado. Com tal de ocultar que o Estado Espanhol é o inimigo de obreiras e obreiro, de camponesas e camponeses galegos, há de prometer-nos umha vida melhor num futuro que nunca chega.
Ao ocultar o caráter de classe de qualquer estado o reformismo pretende presentar ao estado como um ente técnico e as leis gerais do capitalismo como leis “naturais”. Pretendem reformar o estado burguês dirigindo-o mediante uns burocratas, com um método meritocrático. Detrás das suas aspiraçons estám os seus prejuízos burgueses contra o trabalho manual. O seu desapreço polos obreiros manuais com os seus pequenos soldos (aos que cada vez se assemelham mais economicamente). Polo que querem preservar uns pequenos privilégios como leais e eficazes serventes da burguesia. Som umha aristocracia operária que sonha com o ascenso social e que sente medo da força revolucionária do proletariado.
Nom há nada mais longe da realidade social que é o centro do Marxismo-Leninismo, polo tanto do nosso estudo e do nosso trabalho, da transformaçom revolucionária da sociedade; que os prejuízos corporativistas da aristocracia operária e dos profissionais liberais. A estas pessoas com os seus medos e privilégios é ao que representa a linha política ambígua de Podemos.
Detrás dos seus “cidadãos iguais” estám os privilégios de umha minoria, a desigualdade absoluta em todos os âmbitos da vida segum a classe social a que pertenças.
Detrás da igualdade dos cidadãos está a desigualdade das pessoas reais, de carne e osso. Da mesma maneira que no passado detrás da desigualdade real estava a mentira da igualdade da alma e o juiz divino. Polo menos a mentira da alma oferecia a fantasia do Paraíso, mas detrás da ilusom da cidadania e da democracia burguesa nom há nada mais que as eleiçons. Nom há nada mais que a miserável “festa da democracia burguesa”, em que todos se sentem igual. Igual de insignificantes, intranscendentes, anónimos.
A igualdade dos cidadãos é a igualdade dum suposto reino dos ceos, dumha realidade paralela. Ao fim e ao cavo nom há maneira de solucionar os problemas da maioria da sociedade mentres o poder político do estado seja o instrumento que garante a riqueza dumha minoria, mediante a exploraçom e a privaçom de recursos sociais para umha maioria que é quem criou toda a riqueza. Esta é precisamente a realidade que oculta Podemos.
A superioridade do Marxismo-Leninismo está no nosso método que nos ensina que numha sociedade dividida em classes tanto as ideias coma as práticas políticas, sempre tenhem um caráter objetivo de classe. Isto sucede ao margem de que classe seja umha determinada pessoa, porque nas sociedades capitalistas -em tempos de paz- a maior parte da classe operaria expressará espontaneamente algumhas das ideias políticas da burguesia, (ao margem de que nom sejam conscientes da autêntica natureza destas ideias).
As classes sociais diferenciam-se pola origem da sua renda em relaçom com a propriedade dos meios de produçom. Assim a divisão entre “classe alta, meia e baixa”, “a classe política”, “a classe trabalhadora”; som umhas diferenciaçons que nom se correspondem com a realidade social. Polo tanto o que fam é criar confussom, entre outras cousas porque juntam a pessoas de diferentes classes sociais num só apartado, ao mesmo tempo que dividem a pessoas de umha mesma classe social em dous apartados, ademais dam umha aparência de certa independência a umha suposta “classe política”.
Temos que ter claro que o que sucede é que numha sociedade industrializada moderna o estado só pode ser ou burguês, ou proletário.
A burguesia e o proletariado som as duas principais classes sociais modernas. Som as duas únicas classes com capacidade de ter umha verdadeira independência política e um modelo de sociedade moderna próprio. Mentras que as outras classes (a pequena burguesia, a aristocracia, o clero, etc), nom podem ter umha verdadeira alternativa viável de sociedade à capitalista, polo que (na situaçom histórica atual) acabam apoiando à burguesia.
Se buscamos as raízes sociais reais veremos os segredos que se ocultam detrás do reformismo. A realidade é que o nível de vida da maior parte da sociedade galega bem sofrendo desde o inicio da atual grande depressom económica -no 2008- um processo de empobrecimento. Este processo de empobrecimento que leva a depauperaçom do proletariado, a proletarizaçom da aristocracia operária, a ruína da pequena burguesia (todas condiçons objetivas). Ademais provocou umha paulatina mudança da mentalidade da maioria das grandes massas que formam o povo trabalhador galego, provocando o descrédito das instituçons do estado (subjetividade). Isto a sua vez levou a movilizaçons sociais, como o15M, o 22M, as marchas, etc. É dizer provocou umhas mudanças nas relaçons sociais objetivas de umhas pessoas determinadas.
As massas podem começar pensando que os parlamentos nom os representam e chegar a entender que o Estado Espanhol é o inimigo. O que pode levar a que mudem o seu comportamento (as suas relaçons sociais).
A “indignaçom social” renegou do podre parlamentarismo. As massas puiderom sonhar com ser donas das suas próprias vidas. Mas para consegui-lo teriam que ser donas das ruas, das fábricas, dos bancos, das terras, etc. Numha palavra teriam que ser donas da “lei”. Teriam que criar a sua própria lei. Precisamente por isto produzia-se umha tendência objetiva que os obrigava a enfrentar-se com um estado que defende uns interesses antagónicos aos das grandes massas que formam o povo trabalhador. De maneira que progressivamente coa sua experiência nas movilizaçons iam assumindo que o Estado Espanhol é o inimigo.
Temos que destacar que ver ao Estado Espanhol como o inimigo é o primeiro passo cara ter umha autentica consciência e esta a primeira condiçom para ter um movimento revolucionário. Claro que com isto nom resolvemos todos os problemas, porque o movimento revolucionário precisa da teoria revolucionária que só pode subministrar o partido proletário de novo tipo.
Ademais para poder substituir a lei do estado burguês pola lei do estado proletário som necessárias as massas armadas e organizadas conscientemente. Nom imos entrar agora em este importante tema, trata-se simplesmente de sinalar todo o contexto da luita de classes das sociedades contemporâneas.
Ante a atual “indignaçom social” que vê a atual grande depressom económica como um calote, como corrupçom do sistema, como neoliberalismo, mas nunca como algo próprio das sociedades capitalista. Nos -as comunistas e os comunistas- temos que dizer claramente que para a atuaçom consciente das massas revolucionárias é imprescindível a criaçom dos instrumentos revolucionários. Começando por a elaboraçom, interiorizaçom e espalhamento entre a vanguarda da imprescindível teoria revolucionária. Seguindo polo trabalho encarado cara criaçom dum partido proletário que una vanguarda e massas.
O futuro do nosso povo e o futuro de todos os povos do mundo, depende de que cumpramos com umhas exigências históricas que nos obrigam a esforçar-nos em desenvolver a consciência da realidade social na que vivemos.
Umha consciência que só pode ser criada pondo a trabalhar conscientemente a vanguarda proletária de cada povo, dumha maneira planificada e metódica, mediante um organismo específico: o destacamento comunista. Este é o instrumento que irá fazendo possível a concretizaçom da teoria revolucionária ate o ponto, de ir-se transformando em umha linha política justa e revolucionária. Este e o único método de trabalho político que serve para sentar a primeira base para criar os instrumentos revolucionários necessários para derrotar à burguesia destruindo o seu estado e implantar o poder do proletariado.
Mefisto F

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