Hoje
às 4hs da manhã camponeses organizados pela LCP fecharam a BR-364 em
Jaru. Os camponeses vieram de Vilhena, Corumbiara, Seringueiras,
Buritis, Ariquemes, Jaru, Monte Negro e Anari. O protesto é contra os
aumentos e medidas anti-povo decretados desde o inicio do ano pelo
governo Dilma/PT e também exigindo regularização das áreas, estradas,
escolas e energia elétrica. A manifestação também lembra o dia 9 de
abril como dia dos heróis do povo brasileiro. Hoje se completam 3 anos
do assassinato do líder camponês Renato Nathan Gonçalves Pereira. Até
hoje seu asassinato não foi esclarecido e os assassinos continuam
impunes. Os camponeses celebram a memória de Renatao e querem justiça.
Diversos cartazes com a foto de Renato são exibidos sobre a ponte do rio
Jaru. Os camponeses mantêm o protesto, e a fila de carretas e veículos
já passam de 10 km dos dois lados da pista. Camponeses tem apoio de
caminhoneiros e operários de frigorífico. Segue abaixo panfleto da LCP
divulgado durante fechamentoda BR:
Nem impeachment, nem Reforma Política, nem Eleição
O BRASIL PRECISA DE UMA GRANDE REVOLUÇÃO
Aos camponeses, trabalhadores da
cidade, mulheres, estudantes, professores, funcionários públicos,
pequenos e médios comerciantes
Durante a campanha da farsa eleitoral
Dilma/PT garantiu que não mexeria nos direitos dos trabalhadores. Mas
nem bem tomou posse a presidenta anunciou medidas anti-povo
como: aumento do preço dos combustíveis, aumento de impostos, aumento
de tarifas de energia e água, aumento das taxas de juros, corte de
recursos para educação, saúde e reforma agrária, corte de direitos
trabalhistas como seguro desemprego, pensão por morte, auxílio doença e
aposentadoria.
Na verdade estas medidas anti-povo já
estavam definidas bem antes das eleições e seriam anunciadas por
qualquer um que fosse eleito. São medidas para proteger os interesses
dos grandes monopólios e garantir seu superlucro em tempo de grave crise
econômica mundial.
A crise no Brasil é grave! Ela é
resultado das políticas econômicas ditadas pelo FMI/Banco Mundial e que
foram aplicadas pelos sucessivos governos como Sarney, Collor-Itamar,
FHC, Lula-Dilma.
Nos últimos 12 anos em especial o PT
aprofundou a subjugação do país ao capital financeiro internacional.
Garantiu o maior lucro da história aos grandes bancos, isentou de
impostos as montadoras de carros, criou grandes obras superfaturadas
para enriquecer as empreiteiras. Financiou com bilhões o chamado
agronegócio transformando o Brasil em simples exportador de matéria
prima barata. Ou seja, atenderam todos os interesses do imperialismo, da
grande burguesia e do latifúndio.
Como resultado desta política criminosa o país vive uma completa desindustrialização, ou seja, hoje o Brasil importa quase tudo (inclusive alimentos) e também uma desnacionalização da economia
onde os monopólios estrangeiros (bancos, montadoras, mineradoras)
dominam tudo impedindo o desenvolvimento da indústria nacional.
Para enganar o povo o PT criou programas assistencialistas
como bolsa família e minha casa minha vida entre outros. Estimulou o
consumo baseado no crédito gerando o endividamento de milhões de
famílias em todo país. Por outro lado Lula/Dilma e seus aliados criminalizaram todos os protestos e lutas populares
como nas greves operárias por melhores salários e condições de trabalho
nas obras do PAC como nas usinas de Jirau e Santo Antônio (RO), Belo
Monte (PA) e outras. Reprimiram e criminalizaram a juventude combatente
nos protestos contra a Copa da FIFA em 2013 e 2014.
Mas é na questão agrária é onde fica
mais claro toda a traição de Lula/PT que passou 20 anos dizendo que se
um dia fosse eleito faria a reforma agrária no país. Na prática
assentaram menos famílias que FHC, e aprofundaram a repressão aos
camponeses em luta pela terra com desmobilização, criminalização,
perseguição e assassinatos de lideranças e ativistas camponeses e
indígenas, autorizando Exercito, Força Nacional e Polícia Federal a
realizarem despejos e reintegrações de posse violentas e fazendo vistas
grossas para os bandos armados a serviço dos latifundiários.
A revolta já começou
Diante dos recentes escândalos de
corrupção na Petrobras e temendo o crescimento dos protestos o governo e
movimentos atrelados ao PT como a CUT, MST, UNE-Levante Popular
defendem como solução de todos os males a necessidade de uma reforma
política. Mas que reforma política pode sair dos poderes Legislativo,
Executivo ou Judiciário corruptos até o tutano? Nenhuma que não seja
para manter e perpetuar os interesses de suas quadrilhas e dos
monopólios que representam.
Já a oposição PSDB/DEM e outros defendem
que a saída seria o impeachment de Dilma. Mas todos estes partidos já
estiveram no poder e nada fizeram a não ser piorar a vida do povo.
Portanto Reforma política e impeachment são formas de mudar apenas a aparência e manter as coisas como estão. É como pintar uma casa que está caindo de velha.
Em todo o país os trabalhadores se
levantam em protestos, greves, manifestações como é o caso recente da
greve dos caminhoneiros, a greve dos professores no Paraná e São Paulo,
greve dos metalúrgicos e a greve dos garis no Rio de Janeiro e as
manifestações que ocorreram em março em todo o país e que são um claro
sinal de que o povo está cansado de tanta mentira, abuso e enganação. Quanto maior a crise, maiores serão os protestos.
O que o Brasil precisa é de uma Grande Revolução
que realize as transformações necessárias e que nunca serão realizadas
pelas classes dominantes e seus partidos políticos eleitoreiros.
A crise em Rondônia
Em Rondônia a crise já atingiu de cheio
os pequenos e médios comerciantes, o desemprego cresceu, aumentaram os
preços de alimentos, remédios, aluguel e transporte. Ao mesmo tempo o
preço do leite e outros produtos caíram fazendo as vendas no comércio
diminuírem ainda mais. As áreas rurais sofrem com péssimas estradas,
sofrem com a falta de energia elétrica, perseguição aos pequenos
produtores com multas pesadas, falta de uma política de preços justos,
fechamento das escolas nas áreas rurais e precarização do ensino
público.
Governo do estado e as prefeituras estão
falidos, são incapazes de resolver os problemas do povo, porque
governam apenas para os interesses de seus grupos. As cidades acumulam
problemas como ruas esburacadas, falta de saneamento, faltam médicos,
professores, hospitais e postos de saúde. A principal estrada de
Rondônia assim como quase todas as outras estão esburacadas, causando
enormes prejuízos aos caminhoneiros e toda a população. O funcionalismo
público principalmente os professores acumulam perdas salariais e
trabalhistas. O caminho é aumentar o protesto popular!
A Revolução Agrária vai cortar e entregar terras
Nos últimos anos se desmascarou por completo a falência da “reforma agrária do governo”,
centenas de famílias tomaram terras e cortaram por conta sem esperar
pela enrolação do INCRA. Foi assim que as famílias conquistaram suas
terras em Corumbiara, Seringueiras, Buritis, Ariquemes, Monte Negro, Rio
Pardo, Campo Novo, Jacinópolis, Theobroma e assim que outras famílias
já estão acampadas ou se mobilizando para novas tomadas. Diante da crise
a única saída para os pobres da cidade e do campo é aumentar as tomadas de terra.
Diante de tudo isso a Liga dos
Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental convoca a todos os
trabalhadores que estão desempregados ou com dificuldades de sustentar
sua família para se preparar para uma grande tomada de terras na região.
A Revolução Agrária vai tomar grandes áreas, cortar centenas de lotes e entregar aos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra para que possam viver, trabalhar e produzir com dignidade.
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