Neste
último mês, as vésperas do encerramento do processo dos 23 ativistas
recebemos denúncias de que os familiares estão sofrendo perseguições por
meio de telefonemas em nome do delegado da DRCI, através de pessoas
rondando suas casas e seguindo-os.
Na
madrugada do dia 12 a casa de Jandira Mendes foi alvo de uma pedra
lançada que quebrou a sua janela que além do dano material causado
poderia ter ferido-a gravemente. Jandira Mendes ficou conhecida através
de sua luta incessante pela liberdade de seu filho ativista Igor Mendes
preso desde dezembro de 2014.
Estes
atos além de covardes são ilegais e inconstitucionais e têm o claro
intuito de calar e coagir os familiares que mantiveram durante todo este
tempo uma postura firme de denúncia das ilegalidades do processo,
exigindo por meio da Comissão de Familiares o fim deste e a liberdade
imediata de todos os presos e perseguidos políticos.
13 de maio de 2015.
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos- CEBRASPO.
PRESOS POLÍTICOS: LIBERDADE JÁ!
LUTAR NÃO É CRIME, VOCÊS VÃO NOS PAGAR!
LUTAR NÃO É CRIME, VOCÊS VÃO NOS PAGAR!
5 MESES DA PRISÃO DE IGOR MENDES: INTENSIFIQUEMOS O PROTESTO POPULAR E A CAMPANHA PELA SUA LIBERTAÇÃO E PELO FIM DOS PROCESSOS
Hoje (03/05) se completam cinco meses em
que o nosso companheiro Igor Mendes, preso político dos gerenciamentos
de Cabral/Pezão (PMDB) e Dilma Rousseff (PT), combate em outras
trincheiras, em Bangu, em uma das masmorras semifeudais que são os
presídios brasileiros. Igor Mendes se tornou um símbolo da juventude
combatente e, com elevada moral e mantendo a mesma postura
revolucionária que motivou a sua prisão, segue firme em seus
princípios. Seja em suas cartas e artigos ou em seus depoimentos nas
audiências de criminalização do protesto popular na cidade do Rio de
Janeiro, nosso aguerrido companheiro conclama a juventude combatente e a
todo o povo brasileiro persistir no caminho da luta democrática
revolucionária pela destruição das três montanhas que pesam sob os
ombros de nosso heróico povo: o latifúndio, o capitalismo burocrático e
o imperialismo.
Desde a sua prisão, durante
praticamente todos os dias, são realizados atos públicos, manifestações,
pichações, panfletagens e diversas atividades, por todo o Brasil e em
diversos países mundo afora, exigindo a sua imediata libertação e o fim
das prisões e perseguições políticas no país contra os lutadores
populares, no campo e na cidade. Enquanto brigamos, dia e noite, pela
liberdade de Igor Mendes e o fim de todos os processos contra
manifestantes, assistimos com grande otimismo revolucionário à
bancarrota do gerenciamento da frente oportunista e eleitoreira de Dilma
Rousseff (PT/PMDB/PSB/pecedobê), confirmando o que há anos afirmávamos
sobre o inevitável aprofundamento da crise do capitalismo burocrático,
o papel e o destino histórico do gerenciamento oportunista no país.
Quando da eleição de Luiz Inácio em 2002
e a ascensão da frente oportunista e eleitoreira encabeçada pelo PT e
seus carrapatos revisionistas do pecedobê ao gerenciamento central do
velho Estado, muitos estudantes e jovens caíram no canto da sereia da
governista UNE de que as coisas mudariam para melhor para o povo com um
governo que se dizia de “esquerda” e “popular”. Chegamos mesmo a ser
vaiados em assembleias, quando afirmávamos ser este governo a
continuidade, sob novas formas mais funcionais aos interesses do
imperialismo, da mesma política econômica e social de subserviência aos
interesses dos monopólios nacionais e estrangeiros, dos banqueiros, da
grande burguesia e do latifúndio/agronegócio, então levada a cabo por
FHC/PSDB.
Nos dias de hoje, não são necessários
mais do que alguns fatos para confirmar esta verdade, vide o atual
pacotaço de corte de verbas e direitos contidos no “ajuste fiscal” de
Dilma Rousseff (PT) e a crescente repressão e criminalização da luta
popular, dirigida com a sua maior fúria contra o movimento camponês
combativo, povos indígenas e todos aqueles que lutam pelo sagrado
direito à terra. “Nunca na história deste país” se assassinou, prendeu e
demonizou tanto os camponeses pobres em luta, ao mesmo tempo em que os
latifundiários não somente mantêm intacta sua anacrônica estrutura
fundiária, como se aprofunda a concentração de terras e o saqueio da
economia nacional pela criminosa entrega de nossas riquezas minerais e
naturais às potências imperialistas.
A situação do ensino público pode ser
resumida pelo crescimento sem precedentes dos monopólios do ensino
superior privado e da educação à distância, realidade imposta, medida
por medida, na maioria dos casos via decreto, pela aplicação da
“reforma” universitária ditada pelo Banco Mundial. Sobre as escolas,
ademais da enfermidade endêmica do analfabetismo funcional, maquiado
pelos acadêmicos e tecnocratas da falsa “esquerda” com suas políticas
de aprovação automática e outras, a identidade entre os gerenciamentos
tucanos e petistas salta aos olhos nos episódios mais recentes da
repressão policial contra as greves dos professores comandada em Goiânia
por Paulo Garcia (PT) e no Paraná por Beto Richa (PSDB).
“No que se refere” aos já tão
pisoteados direitos dos trabalhadores, assistimos à retirada de
direitos trabalhistas/previdenciários históricos como o fundo de
garantia, auxílio-doença, seguro desemprego, abono salarial, etc. e ao
permanente genocídio de operários acidentados pela generalização da já
práticada terceirização. Tudo isso praticado em conluio com as centrais
sindicais pelegas, com a CUT à cabeça.
Como sempre, para os autênticos
revolucionários, o fator mais importante está no despertar das massas,
na elevação de sua consciência de classe e de seu nível de organização.
Neste sentido, as grandes manifestações de junho/julho de 2013 e o
enorme rechaço à farra da Fifa e à farsa eleitoral no ano passado foram
um importante divisor de águas. E os gigantescos protestos populares
protagonizados principalmente por setores da chamada “classe média” nos
últimos meses, ainda que sejam diferentes das manifestações de 2013 e
2014 tanto em sua forma como pelas bandeiras reformistas que levantam,
emergem sob a mesma base do crescente descontentamento popular contra a
política econômica e social comandada desde Brasília por Dilma
Rousseff (PT), sendo, portanto, parte da crescente politização de toda a
sociedade, revelando o aprofundamento da situação revolucionária no
país.
Nosso companheiro Igor Mendes está
preso e tem se convertido num símbolo da juventude combatente
justamente porque os seus posicionamentos políticos e a sua postura
estão em correspondência com este novo ânimo revolucionário que começa a
sacudir os corações e mentes de nosso povo. As massas populares sempre
lutaram, mesmo por debaixo de toda a propaganda ufanista e da cruenta e
sistemática repressão que marcam estes mais de 12 anos do
gerenciamento oportunista, mas, desde junho/julho de 2013, as ilusões
que turvavam suas vistas começam a se esboroar pelo desnudamento de
toda a fraude que representam os mitos oportunistas da “inclusão
social”, “distribuição de renda”, “nova classe média”, etc.
E é da bancarrota destes oportunistas e
revisionistas, dentro e fora do gerenciamento do Estado, como o
resultado de sua negação e superação dialética, que cresce a penetração
das posições revolucionárias entre os operários, camponeses e,
particularmente, entre a juventude de nosso país, convergindo no
fortalecimento do movimento popular revolucionário e, dando saltos de
qualidade, no surgimento de novas organizações e frentes de lutas
combativas. Acossados pelas sucessivas derrotas políticas de seu
gerenciamento, os governistas da UNE/UBES (PT/pecedobê) já preparam uma
nova e desespera ofensiva, para o que contam com o apoio dos partidos e
grupelhos centristas na oposição eleitoreira ao seu gerenciamento,
como fica evidente com a covarde agressão contra ativistas da FIP-RJ,
da Unidade Vermelha e do MEPR, praticada recentemente pelo PSTU na
UERJ. Daí a necessidade de seguir “combatendo o oportunismo de forma
indissociável ao imperialismo”, como nos ensina o grande Lênin. O
oportunismo e o revisionismo, assim como o velho Estado do qual são
parte, não cairão de podre! É necessário derrubá-los!
É tarefa urgente de toda a juventude
combatente ocupar todas as escolas, universidades e as ruas, combatendo
um a um, todos os ataques ao nosso direito de estudar e aprender,
exigindo o passe livre para todos os estudantes e os nossos direitos
democráticos à livre reunião, expressão e manifestação. Preparando,
junto aos professores e aos demais trabalhadores que já começam a se
levantar por todo o país, a Greve Geral por tempo indeterminado.
Repressão, prisões, perseguições e assassinatos dos revolucionários e
das massas em luta é o próprio modo operante das classes dominantes há
séculos, mas estes métodos nunca foram capazes de deter a Revolução e
jamais o serão! Os companheiros e companheiras tombados na luta e os
que estão presos ou na clandestinidade não estão fisicamente conosco,
mas o seu pensamento e espírito se materializam nos embates que
travamos e nos por vir, até a derrota deste sistema social reacionário e
apodrecido! Nem impeachment, nem reformas! O Brasil precisa é de uma
grande revolução! Ir ao combate sem temer! Ousar Lutar! Ousar Vencer!
Abaixo o governismo, o centrismo e todo o oportunismo!
Viva a juventude combatente!
Viva a juventude combatente!
Liberdade para Igor Mendes e todos os presos políticos da cidade e do campo!
Rebelar-se é justo!
Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR - Brasil
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