Os
combativos protestos por todo o país contra o abusivo aumento das
passagens dão o tom de como será este ano de 2016. As cenas da brava
resistência da juventude combatente à repressão policial fascista do
velho Estado, particularmente na cidade de São Paulo, onde os estudantes
secundaristas com suas históricas ocupações acabam de impor fragorosa
derrota ao gerenciamento de Geraldo Alkmin (PSDB), trazem novamente aos
corações e mentes do povo brasileiro o espírito rebelde das grandes
jornadas de luta de junho/julho de 2013!
Com razão, toda a canalha treme! Não tardou para que o monopólio da imprensa (Globo à cabeça), repetindo a surrada cantilena dos “vândalos”, “black blocks” e “mascarados” incrementasse
sua permanente campanha de criminalização do protesto popular, com os
seus repórteres do alto de seus helicópteros ou “infiltrados” nas
manifestações e que não tardarão serem expulsos dos protestos, como
ocorre desde 2013 e repetiu-se durante a onda de ocupações em SP. Como
se lhes fosse possível tapar o sol com a peneira, na inglória
missão de buscar opinião pública favorável à descomunal e injustificável
repressão policial que tende a crescer ainda mais com a escalada do
protesto popular no país.
Não,
senhores! O povo não aguenta mais tantos abusos e desmandos, os
protestos que estouram logo no início deste ano são apenas uma pequena
mostra do que está por vir, como consequência direta e necessária, como
resposta política das massas ao agravamento da crise do capitalismo
burocrático no país. Isto mesmo, como resposta política das massas,
porque política não é só ficar nesta ladainha entre PTXPSDB,
DILMAXCUNHA, velha política burguesa tacanha e mesquinha, disputas de
aparências entre as frações e os grupos de poder da grande burguesia
serviçal do imperialismo, principalmente ianque.
E não
adianta acorrerem agora aos seus sabujos oportunistas eleitoreiros, como
o fazem desde há décadas e repetiram sem sucesso durante esta mesma
onda de ocupações em São Paulo quando fabricaram falsas lideranças da
UNE para “dialogar” com o governo. Os governistas da UNE
(PT/Pecedobê) foram empurrados aos protestos pela necessidade premente
de defenderem o seu ridículo gerenciamento federal de Dilma Rousseff
(PT), mas, diferente de outros momentos, não tem a hegemonia na direção
do movimento que, desde as grandes jornadas de luta de junho/julho de
2013 têm um caráter cada vez mais abertamente contrário a todo o sistema
político da farsa eleitoral.
Saudamos novamente a brava juventude de nosso povo e insistimos: Bem-vinda seja a tempestade!
Abaixo o aumento das passagens!
Viva a juventude combatente!
Rebelar-se é justo!
MEPR - Movimento Estudantil Popular Revolucionário.
Brasil. Janeiro de 2016
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