A
BR 251 – principal entroncamento rodoviário do Norte de Minas – foi
fechada durante cerca de duas horas. Barricadas de pneus em chamas foram
erguidas e faixas conclamando “Contra a crise e os pacotaços: Greve Geral!”; “Viva a Revolução Agrária!” e “Eleição Não! Revolução Sim!” fecharam os dois sentidos da pista, ocasionando um congestionamento de vários quilômetros.
Os
ativistas foram até aos carros parados na pista, conversando com os
motoristas e passageiros sobre a gravidade das medidas contidas na PEC
55 (antiga 241) que estava, naquele momento, sendo aprovada em 1°
instância pelos senadores do parlamento semicolonial em Brasília, que
resultará em ainda mais miséria e opressão para os pobres do campo e da
cidade com o congelamento dos já parcos investimentos
em saúde e educação para os próximos 20 anos. Centenas de panfletos
foram distribuídos e as denúncias muito bem aceitas, particularmente
entre os caminhoneiros que demonstravam o seu apoio buzinando para os
manifestantes. Leia aqui o PDF do panfleto distribuído pela Liga.
Jovens camponeses estiveram, do início
ao fim, na linha de frente do protesto. Com os rostos cobertos,
picharam na ponte sobre o Rio Verde: “Cleomar Vive! Morte ao Latifúndio!” e “Greve Geral contra os pacotaços!”.
As companheiras e companheiros enfrentaram de forma altiva a tentativa
de intimidação e ameaças de prisão da Polícia Rodoviária Federal e da PM
e as provocações de uma minoria entre os motoristas.
Após o encerramento da manifestação, os camponeses declararam aos apoiadores de AND
que avaliaram de forma positiva o protesto e concluindo de forma
unânime a necessidade de intensificar a luta combativa em defesa de seus
direitos duramente atacados, impulsionando a Greve Geral e as tomadas
de terras no campo.
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