Thursday, December 8, 2016

Brazil -RJ: Rebelião popular transforma Centro do Rio em praça de guerra

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Praça de guerra. Assim se define a situação que tomou conta do Centro do Rio de Janeiro durante toda a tarde da última terça-feira, dia 6 de dezembro. Servidores públicos se reuniram aos milhares e enfrentaram a tropa de choque da PM e da Força Nacional durante pelo menos seis horas seguidas, sem interrupção. Nesse dia, a Assembleia Legislativa (Alerj) iniciou as votações do pacote de medidas antipovo da gerência Luiz Fernando Pezão/PMDB.
Durante todo esse tempo, a repressão lançou uma verdadeira chuva de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, mas foi respondida pela fúria popular, que atirou pedras, garrafas, objetos e muitos fogos de artifício contra os agentes policiais. Alguns soldados da PM, num gesto absurdo, invadiram a Igreja São José e, da janela do edifício, atiraram nos manifestantes. Muitas pessoas ficaram com tiros de bala de borracha atirados pelos esbirros da repressão.
Após os enfrentamentos na frente da Alerj, a tropa de choque da PM avançou e o conflito se estendeu para as ruas adjacentes até a Avenida Rio Branco. Camelôs e muitos trabalhadores que passavam pela região se somaram ao protesto e incendiaram inúmeras barricadas, principalmente no Buraco do Lume. Bombas de gás foram atiradas aleatoriamente atingindo pessoas que não participavam da manifestação. A polícia usou carros blindados para dispersar a multidão, mas em vão, pois a cada investida policial a revolta popular aumentava.
De fato, assim como haviam prometido, os servidores fluminenses não vão deixar barato as propostas de cortes de direitos e vão radicalizar os seus protestos contra os desmandos do “governo” estadual. Essa é a “democracia” brasileira. O povo tem seus direitos cortados de forma covarde e quando vai protestar é reprimida pela polícia. Os deputados que estavam dentro da Alerj, bandidos inimigos do povo, lançaram, nesta quarta-feira, uma moção de agradecimento à PM.



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