- Redação de AND
(Da esquerda para a
direita) Pedro Nicoli, professor da Faculdade de Direito e coordenador
do projeto de extensão Diverso UFMG, Gustavo Pessali, advogado
especialista em direitos humanos, Guilherme Andrade Carneiro Deckers,
defensor público no Estado de Minas Gerais, Lívia Pereira de Souza,
advogada e co-coordenadora do Diverso UFMG, Paulo Amaral, presidente de
honra da Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo) e advogado
na Liga dos Camponeses Pobres (LCP), Maíra Neiva Gomes, professora,
advogada popular e integrante do Observatório do Funk e Cristal Lopez,
ativista em identidade de gênero e sexualidade, integrante dos coletivos
artísticos Toda Deseo e Perifericxs e militante da Frente Autônoma
LGBT, RedeAfro LGBT e Pretas em movimento.
Foi
realizado um seminário no dia 10 de outubro na UFMG sob o título de
“Grandes violações a direitos humanos no Brasil: mapeamentos para
intervenções”, o evento contou com a presença de Paulo Amaral,
presidente de honra da Associação Brasileira de Advogados do Povo
(Abrapo) e advogado na Liga dos Camponeses Pobres (LCP).
Paulo Amaral enfatizou como os
camponeses no Brasil têm seus direitos violados, são massacrados e
assassinatos cotidianamente pelo Estado. Afirmou que a violação total
dos diretos humanos é imposta pelo velho Estado e acobertada pelo
monopólio de comunicação. Experimentado na luta de classes há mais de 50
anos, foi preso no regime militar-fascista e optou em defender as
causas há mais de 40 anos, ressaltou como sua ideologia revolucionária
tem sido fundamental no seu engajamento na defesa da luta pela terra e
sua satisfação em “lutar ombro a ombro com os camponeses pela destruição
desse velho Estado”.
Cerca de 100 pessoas participaram do
seminário organizado pelo professor Pedro Nicoli, como parte das
atividades da Formação Transversal em Direitos Humanos da UFMG, que
reuniu ativistas, advogados populares e representantes da academia e
instituições que denunciaram diversas praticas desse Estado nas
violações dos direitos humanos. Sejam os ataques e omissão às agressões
sofridas pela comunidade LGBT; a criminalização do morros/favelas,
principalmente da juventude negra e pobre, que é alvo cotidiano da
violência; a batalha das mulheres para serem reconhecidas como
indivíduos/cidadãos, principalmente no que diz respeito ao direito ao
aborto; a situação da população carcerária brasileira principalmente dos
presos com casos de sofrimento mental em Ribeirão das Neves, e a luta
crescente dos advogados populares contra as políticas de segregação e de
cerceamento de manifestações artísticas e populares.
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