Foto: Reprodução
Nesta quinta-feira, 18 de abril, morreu o
catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar a
família do músico Evaldo Santos Rosa, assassinado no dia 7 de
abril quando soldados do Exército genocida dispararam mais de 80 tiros
contra o carro em que levava sua família para um chá de bebê, em
Guadalupe, Zona Norte do Rio.
Luciano estava internado no
Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também na Zona
Norte, e sua família confirmou o falecimento após receber a notícia por
volta das 6h.
Na quarta-feira, (17/04), a
Justiça havia ordenado que Luciano fosse transferido para o Hospital
Moacyr Carmo, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Porém, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a transferência não
seria possível devido ao estado gravíssimo de saúde do catador.
Muitas homenagens estão sendo
prestadas para o trabalhador, que teve sua vida ceifada ao tomar a
atitude corajosa de ajudar a família de Evaldo, mesmo sabendo do risco
que corria.
O crime hediondo do Exército
genocida obteve ampla repercussão nacional e internacional. Dez dos 12
militares que estavam na patrulha no dia que o carro foi atingido foram
presos após prestarem depoimento. Nove deles seguiram presos após
audiência. A investigação do caso ficará a cargo da Justiça Militar, a
receita para a impunidade.
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