Movimentos
populares, estudantis e sindicais realizaram, junto a estudantes
mexicanos que vivem no Brasil, no ultimo dia 22 de outubro, uma
manifestação em frente ao consulado mexicano na cidade do Rio de
Janeiro, contra o assassinato de seis estudantes e o desaparecimento
forçado de outros 43 estudantes da Escola Normal Rural Raúl Isidro
Burgos, em Ayotzinapa, no estado de Guerrero, no Sul do México, que
seguem desaparecidos desde o dia 26 de setembro, após repressão
policial.
Estudantes mexicanos que moram no Brasil entregaram duas cartas à consulesa do México no Rio de Janeiro, Maria Cristina de la Garza Sandoval, uma endereçada a consulesa e outra ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
Na
carta lida pela estudante de pós-graduação em antropologia na
Universidade de Campinas (Unicamp), Berenice Morales, 412 mexicanos e
pessoas solidárias à apuração do crime, que assinaram a mensagem, exigem
a apresentação com vida dos estudantes desaparecidos e a punição para
os responsáveis materiais e intelectuais do ato.
O
documento critica ainda a atuação do governo nas investigações. Indica
que os desaparecidos são apontados pelo governo como pessoas não
localizadas e o Estado não se esforça para cumprir com as obrigações
internacionais no que se trata de desaparecimento forçado. A carta
aponta também que o presidente tem se negado a receber as mães da Cidade
Juárez que, há dias, encontram-se em greve de fome.
“Desafortunadamente, a impunidade é o que tem permitido que, na atualidade, mais de 20 mil pessoas se encontrem desaparecidas no México e outras tantas foram assassinadas sem maiores investigações”.
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