Saturday, September 14, 2013

Abaixo a agressão imperialista à Síria! USA, tirem suas garras da Síria! -da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo-Brasil

Declaração da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo-Brasil
acerca da atual situação na Síria
 
Abaixo a agressão imperialista à Síria!
USA, tirem suas garras da Síria!
 
O imperialismo ianque intensificou nos últimos meses suas provocações e manipulações para justificar uma invasão militar direta na Síria. O USA está novamente criando cortinas de fumaça através de sua máquina de contrapropaganda para justificar perante o mundo mais uma guerra de rapina.
 
“Defender a democracia”, “os direitos humanos contra armas químicas e de destruição em massa”, estas são as novas cortinas de fumaça do imperialismo ianque em sua ofensiva contrarrevolucionária, rebatizada de “Guerra ao terror”. Estes foram também os mesmos pretextos utilizados para justificar a agressão ao Afeganistão, Iraque, Mali, Líbia e tantos outros, por aqueles que são os maiores responsáveis por massacres e utilização de armas de destruição em massa na história da humanidade, o imperialismo, principalmente ianque.
 
Desde 2011 a Síria está sofrendo uma sangrenta guerra imperialista de rapina na forma de uma guerra civil.  As forças armadas do regime de Assad (sustentado política, econômica e militarmente pela Rússia imperialista) e o autointitulado ‘Exército Livre da Síria’ (força mercenária controlada diretamente pelos USA através de seus serviços de inteligência) são os contendentes desta disputa interimperialista pelo território sírio. Nesta guerra toda sorte de horrores contra as massas tem sido praticada, sem que isso tenha motivado atenção ou clamor das tão decantadas “instituições internacionais”.
 
A verdade é que diante da impossibilidade de uma vitória do “Exército Livre da Síria” sobre as forças de Assad, o USA decidiu por uma intervenção direta, e sua execução (e a definição sobre a forma que adquirirá) converteu-se apenas em questão de tempo.
 
O USA e seus satélites na região (Israel, Arábia Saudita, Turquia e outros) com apoio declarado da França anunciou sua agressão na forma de bombardeios a pontos estratégicos econômicos, políticos e militares do Estado sírio, para levar ao poder as forças que servem a seus interesses, através do “Exército Livre da Síria”. Mas não deve haver dúvidas de que a forma de uma ocupação militar direta do território sírio, através de uma coalizão de forças imperialistas aliadas pode ocorrer. Neste caso, as consequências representam uma mudança qualitativa com a imposição ao país de uma nova condição colonial.
 
O imperialismo em sua profunda crise está convulsionando toda a região, criando grandes desordens, promovendo guerras civis, insuflando a violência sectária, jogando massas contra massas, como parte de um amplo plano para a criação de seu “Novo Grande Oriente Médio”. Ou seja, um Oriente Médio totalmente controlado pelo USA, sem a influência e interferência de outras potências imperialistas (particularmente de Rússia e China), de modo a esmagar toda e qualquer resistência nacional e popular armada, como seu objetivo principal.
 
Tais provocações e desordens se inserem no amplo conceito de Guerra de Baixa Intensidade e são parte integrante dos preparativos e desenvolvimento da guerra imperialista de Alta Intensidade. Assim o imperialismo está criando grandes desordens para erguer em seu lugar sua “nova ordem”, sob a égide do USA, ainda que isto custe a destruição de nações inteiras, como vimos na Líbia, Síria, que estamos assistindo no Egito e na Palestina desde a criação do Estado delinquente sionista de Israel. Tudo isto está acumulando, e é parte dos preparativos de uma nova e terceira Guerra Mundial imperialista.
 
Neste contexto, os acontecimentos na Síria são em primeiro lugar e principalmente, parte da contradição entre nações/povos oprimidos e potências imperialistas; em segundo lugar contradição interimperialista, podendo esta se converter em contradição principal. Esta se dá primeiramente através da disputa pelo controle de colônias, semicolônias e esferas de influência, acumulando e podendo se desdobrar em confrontação direta, na forma de nova guerra imperialista mundial.
A natureza do Estado e regime sírios não é diferente da de outros Estados do Oriente Médio, inclusive as monarquias reacionárias do Qatar, Arábia Saudita e Jordânia. Todos são países semicoloniais e semifeudais, dominados pelo imperialismo e seus lacaios, pela grande burguesia local compradora-burocrática e pelo latifúndio. As diferenças entre eles são a forma de governo (regimes demoliberais ou declaradamente fascistas) e a que potência imperialista estão submetidos (principalmente Rússia ou USA), não tendo, portanto nenhuma diferença essencial entre eles.
 
Os revisionistas e todos os oportunistas ao redor do mundo tecem loas ao regime Assad qualificando-o como grande anti-imperialista e como um verdadeiro governo “democrático nacional”. Porém Assad não representa as forças da burguesia nacional (média burguesia) síria. Assad, tal como Muamar Kadafi da Líbia nos anos de 1970/80 e Mahmoud Ahmadinejad do Irã, representa a grande burguesia burocrático-compradora local, em particular sua fração burocrática, serviçal e completamente submetida ao imperialismo russo principalmente.
 
Assad, apesar de sustentar uma retórica de resistência contra a iminente agressão estrangeira, mantém-se no fundamental enquanto um partidário da “teoria da subjugação nacional”, segundo a qual não é possível para o povo alcançar a vitória e uma verdadeira independência nacional, e que o país deve atar-se a uma ou outra potência estrangeira. Isto está evidente no papel de lacaio que ele desempenha frente ao imperialismo russo.
 
Para que Assad possa integrar-se ao campo da resistência nacional anti-imperialista é necessário que ele abandone a posição de títere do imperialismo russo, promova o armamento geral do povo e a ampla democracia, libertando os presos políticos do país.
 
Já para o movimento revolucionário proletário, ainda que este esteja em um estágio embrionário, sua intervenção necessita desenvolver-se de forma independente, como condição indispensável para impor desde o princípio a hegemonia do proletariado na frente única nacional anti-imperialista. Sendo esta, ao mesmo tempo, a condição única, para que uma Guerra de Resistência Nacional possa desenvolver-se e triunfar.
 
Frente à iminente agressão imperialista à Síria faz-se necessário, em primeiro lugar, que todas as forças revolucionárias e democráticas de todo mundo ergam um poderoso movimento contra a agressão à nação síria, exigindo que o USA tire dela suas garras. E assim, dar todo apoio às verdadeiras forças revolucionárias proletárias e democráticas do país. Para conquistar e assumir a direção da resistência, a vanguarda proletária marxista-leninista-maoísta deve constituir-se e desenvolver-se unindo a imensa maioria da nação, através do programa da frente única da classe operária, dos camponeses, da pequena e média burguesias e da guerra popular prolongada como caminho da libertação nacional e social do povo sírio.
 
“Ou a revolução conjura a guerra imperialista ou a guerra imperialista atiça a revolução”!
Presidente Mao Tsetung
 
USA, tire suas garras da Síria!
Abaixo o revisionismo e todo oportunismo! Viva o marxismo-leninismo-maoísmo!
O imperialismo e todos reacionários são um tigre de papel!
Abaixo a guerra imperialista! Viva a Guerra Popular!
 
Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo
 
Brasil, setembro de 2013
 
 

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