Declaração da
Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo-Brasil
acerca da atual
situação na Síria
Abaixo a agressão
imperialista à Síria!
USA, tirem suas
garras da Síria!
O imperialismo
ianque intensificou nos últimos meses suas provocações e manipulações para
justificar uma invasão militar direta na Síria. O USA está novamente criando
cortinas de fumaça através de sua máquina de contrapropaganda para justificar
perante o mundo mais uma guerra de rapina.
“Defender a
democracia”, “os direitos humanos contra armas químicas e de destruição em
massa”, estas são as novas cortinas de fumaça do imperialismo ianque em sua
ofensiva contrarrevolucionária, rebatizada de “Guerra ao terror”. Estes foram
também os mesmos pretextos utilizados para justificar a agressão ao Afeganistão,
Iraque, Mali, Líbia e tantos outros, por aqueles que são os maiores responsáveis
por massacres e utilização de armas de destruição em massa na história da
humanidade, o imperialismo, principalmente ianque.
Desde 2011 a Síria
está sofrendo uma sangrenta guerra imperialista de rapina na forma de uma guerra
civil. As forças armadas do regime de Assad (sustentado política, econômica e
militarmente pela Rússia imperialista) e o autointitulado ‘Exército Livre da
Síria’ (força mercenária controlada diretamente pelos USA através de seus
serviços de inteligência) são os contendentes desta disputa interimperialista
pelo território sírio. Nesta guerra toda sorte de horrores contra as massas tem
sido praticada, sem que isso tenha motivado atenção ou clamor das tão decantadas
“instituições internacionais”.
A verdade é que
diante da impossibilidade de uma vitória do “Exército Livre da Síria” sobre as
forças de Assad, o USA decidiu por uma intervenção direta, e sua execução (e a
definição sobre a forma que adquirirá) converteu-se apenas em questão de
tempo.
O USA e seus
satélites na região (Israel, Arábia Saudita, Turquia e outros) com apoio
declarado da França anunciou sua agressão na forma de bombardeios a pontos
estratégicos econômicos, políticos e militares do Estado sírio, para levar ao
poder as forças que servem a seus interesses, através do “Exército Livre da
Síria”. Mas não deve haver dúvidas de que a forma de uma ocupação militar direta
do território sírio, através de uma coalizão de forças imperialistas aliadas
pode ocorrer. Neste caso, as consequências representam uma mudança qualitativa
com a imposição ao país de uma nova condição colonial.
O imperialismo em
sua profunda crise está convulsionando toda a região, criando grandes desordens,
promovendo guerras civis, insuflando a violência sectária, jogando massas contra
massas, como parte de um amplo plano para a criação de seu “Novo Grande Oriente
Médio”. Ou seja, um Oriente Médio totalmente controlado pelo USA, sem a
influência e interferência de outras potências imperialistas (particularmente de
Rússia e China), de modo a esmagar toda e qualquer resistência nacional e
popular armada, como seu objetivo principal.
Tais provocações e
desordens se inserem no amplo conceito de Guerra de Baixa Intensidade e são
parte integrante dos preparativos e desenvolvimento da guerra imperialista de
Alta Intensidade. Assim o imperialismo está criando grandes desordens para
erguer em seu lugar sua “nova ordem”, sob a égide do USA, ainda que isto custe a
destruição de nações inteiras, como vimos na Líbia, Síria, que estamos
assistindo no Egito e na Palestina desde a criação do Estado delinquente
sionista de Israel. Tudo isto está acumulando, e é parte dos preparativos de uma
nova e terceira Guerra Mundial imperialista.
Neste contexto, os
acontecimentos na Síria são em primeiro lugar e principalmente, parte da
contradição entre nações/povos oprimidos e potências imperialistas; em segundo
lugar contradição interimperialista, podendo esta se converter em contradição
principal. Esta se dá primeiramente através da disputa pelo controle de
colônias, semicolônias e esferas de influência, acumulando e podendo se
desdobrar em confrontação direta, na forma de nova guerra imperialista
mundial.
A natureza do Estado e
regime sírios não é diferente da de outros Estados do Oriente Médio, inclusive
as monarquias reacionárias do Qatar, Arábia Saudita e Jordânia. Todos são países
semicoloniais e semifeudais, dominados pelo imperialismo e seus lacaios, pela
grande burguesia local compradora-burocrática e pelo latifúndio. As diferenças
entre eles são a forma de governo (regimes demoliberais ou declaradamente
fascistas) e a que potência imperialista estão submetidos (principalmente Rússia
ou USA), não tendo, portanto nenhuma diferença essencial entre
eles.
Os revisionistas e
todos os oportunistas ao redor do mundo tecem loas ao regime Assad
qualificando-o como grande anti-imperialista e como um verdadeiro governo
“democrático nacional”. Porém Assad não representa as forças da burguesia
nacional (média burguesia) síria. Assad, tal como Muamar Kadafi da Líbia nos
anos de 1970/80 e Mahmoud Ahmadinejad
do Irã, representa a grande burguesia burocrático-compradora
local, em particular sua fração burocrática, serviçal e completamente submetida
ao imperialismo russo principalmente.
Assad, apesar de
sustentar uma retórica de resistência contra a iminente agressão estrangeira,
mantém-se no fundamental enquanto um partidário da “teoria da subjugação
nacional”, segundo a qual não é possível para o povo alcançar a vitória e uma
verdadeira independência nacional, e que o país deve atar-se a uma ou outra
potência estrangeira. Isto está evidente no papel de lacaio que ele desempenha
frente ao imperialismo russo.
Para que Assad
possa integrar-se ao campo da resistência nacional anti-imperialista é
necessário que ele abandone a posição de títere do imperialismo russo, promova o
armamento geral do povo e a ampla democracia, libertando os presos políticos do
país.
Já para o movimento
revolucionário proletário, ainda que este esteja em um estágio embrionário, sua
intervenção necessita desenvolver-se de forma independente, como condição
indispensável para impor desde o princípio a hegemonia do proletariado na frente
única nacional anti-imperialista. Sendo esta, ao mesmo tempo, a condição única,
para que uma Guerra de Resistência Nacional possa desenvolver-se e
triunfar.
Frente à iminente
agressão imperialista à Síria faz-se necessário, em primeiro lugar, que todas as
forças revolucionárias e democráticas de todo mundo ergam um poderoso movimento
contra a agressão à nação síria, exigindo que o USA tire dela suas garras. E
assim, dar todo apoio às verdadeiras forças revolucionárias proletárias e
democráticas do país. Para conquistar e assumir a direção da resistência, a
vanguarda proletária marxista-leninista-maoísta deve constituir-se e
desenvolver-se unindo a imensa maioria da nação, através do programa da frente
única da classe operária, dos camponeses, da pequena e média burguesias e da
guerra popular prolongada como caminho da libertação nacional e social do povo
sírio.
“Ou a revolução
conjura a guerra imperialista ou a guerra imperialista atiça a
revolução”!
Presidente Mao
Tsetung
USA, tire suas garras da
Síria!
Abaixo o revisionismo e todo oportunismo!
Viva o marxismo-leninismo-maoísmo!
O imperialismo e todos reacionários são
um tigre de papel!
Abaixo a guerra imperialista! Viva a
Guerra Popular!
Frente
Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo
Brasil, setembro de
2013
No comments:
Post a Comment