No
último dia 03 de abril, completou-se quatro meses desde a prisão
política de nosso companheiro Igor Mendes, ativista do MEPR e da FIP-RJ.
Os quatro meses de cárcere não fez nosso companheiro se dobrar diante
de seus algozes, pelo contrário, Igor segue firme em seus princípios
revolucionários, combatendo em outras trincheiras, reafirmando a sua
condição de preso político dos gerenciamentos de Cabral/Pezão (PMDB),
Dilma Rousseff (PT) e ainda mais convicto sobre a justeza das bandeiras
por ele defendias, únicas verdadeiras causas de sua prisão. Afirmamos e
demonstramos, em diversas ocasiões, todas as irregularidades contidas no
inquérito e no processo que resultaram na prisão de Igor Mendes e na
criminalização dos demais ativistas perseguidos políticos na cidade do
Rio de Janeiro. Não temos qualquer ilusão com este judiciário podre! Está a cada dia mais evidente que o nosso companheiro está preso pelo crime de ser um jovem revolucionário!
O
primeiro e o mais importante direito do povo é o de se rebelar contra
os seus exploradores e opressores! E é justamente este direito que o
velho Estado fascista, gerenciado pelo oportunismo, busca atacar com a
prisão do companheiro Igor Mendes e a crescente criminalização do
protesto popular. Temos muito orgulho de fazer parte do mesmo movimento
que Igor Mendes e confessamos sermos cúmplices do mesmo “crime” de
lutar contra toda a injustiça social em nosso país, pela construção de
uma nova e verdadeira democracia a serviço dos interesses das massas
populares do campo e da cidade. Isso mesmo, enquanto perdurar o
capitalismo burocrático no país, a ditadura da grande burguesia e do
latifúndio, serviçais do imperialismo, principalmente norte americano, a Revolução será sempre um crime, o mais hediondo dos crimes!
E
podemos afirmar com certeza já estarem frustrados os escusos objetivos
dos gerenciamentos Cabral/Pezão (PMDB) e Dilma Rousseff (PT), irmanados
com o juiz Flávio Itabaiana e a fascista Rede Globo, em utilizar da
prisão do companheiro Igor Mendes para deter a penetração das posições
políticas independentes, combativas e revolucionárias entre a juventude
combatente, que toma de assalto as ruas desde as grandes jornadas de
luta de junho/julho de 2013. Nosso movimento segue cada vez mais
firme e coeso em torno de nossos princípios de organizar a luta dos
estudantes e da juventude do povo, combater o oportunismo de forma
indissociável do combate ao imperialismo e de toda a reação e de apoiar,
defender e propagandear a Revolução Agrária, primeira etapa da
Revolução Democrática de novo tipo ininterrupta ao Socialismo, como o
único caminho possível para que o nosso heróico povo possa conquistar e
defender todos os seus direitos.
Cresce o sentimento de indignação e revolta contra o velho Estado gerenciado pelo oportunismo
É
latente o sentimento generalizado de indignação contra toda esta velha e
caduca ordem. A crise por que passa o nosso país não é apenas econômica
ou política, é algo mais profundo, é uma imensa crise moral, de
legitimidade de todo um sistema de governo que busca esconder, por meio
de um processo eleitoral enfadonho e mentiroso, a verdadeira ditadura de
um punhado de ricaços parasitas e corruptos contra a imensa maioria de
nosso povo pobre, trabalhador e honesto. Neste sentido, as grandes
jornadas de luta de junho/julho de 2013 e o maior boicote à farsa
eleitoral registrado na história do país no final do ano passado, são
apenas sintomas da grave situação enfrentada pelas classes dominantes
reacionárias, lacaias do imperialismo no país. As greves de professores
que se generalizam por todo o país em cidades como São Paulo, Recife e
Goiânia, assim como as gigantescas manifestações populares contra o
gerenciamento de Dilma Rousseff (PT) (as quais as frações no Partido
Único em oposição ao gerenciamento do velho Estado buscam tirar
proveito com o seu discurso hipócrita contra “a corrupção”) são expressão deste sentimento generalizado e crescente de descrença, indignação e revolta.
Servindo
como tábua de salvação para a manutenção de um sistema social
anacrônico e podre, durante praticamente dez anos o gerenciamento da
frente oportunista e eleitoreira de PT/PMDB/PSB/pecedobê, iniciado com
Luiz Inácio em 2003, manteve, no essencial, toda a política econômica e
social ditada pelo FMI/Banco Mundial (antes aplicada pelos tucanos do
PSDB), utilizando de todos os artifícios para conter o inevitável
acirramento das lutas de classes no campo e na cidade, com as suas
“bolsas famílias” e demais políticas compensatórias corporativistas e
assistencialistas, o endividamento sem precedentes da população pelo
famigerado crédito consignado e a cooptação de lideranças e organizações
populares. Pegos em flagrante delito, com a eclosão da crise econômica
e política que lograram maquiar durante todos estes anos, as hostes
governistas fingem hoje não saber que a direita nunca saiu do poder e
buscam hipocritamente taxar os seus críticos e adversários como
representantes do que chamam de “direita”, como se não tivessem aplicado
a risca durante todos estes anos uma política voltada a atender aos
interesses do imperialismo, da grande burguesia e do latifúndio no país.
Buscam
esconder, que é justamente esta falsa “esquerda”, hoje no gerenciamento
do velho Estado, a direita mais perigosa e nociva. “Repete-se como
farsa” no Brasil, o que a história confirmou incontáveis vezes, com o
preço do sangue de incontáveis democratas, revolucionários e das massas
populares: o oportunismo, o reformismo e o revisionismo servem todos ao
fascismo. Se, num primeiro momento, as artimanhas e engodos do
gerenciamento oportunista, travestidos sob o discurso de “distribuição
de renda” e “inclusão social”, foram uma alternativa necessária e
funcional aos interesses dos monopólios nacionais e estrangeiros, bancos
e do latifúndio/agronegócio no país, nos dias de hoje, com o
aprofundamento da crise econômica agravada pela crise do sistema
imperialista mundial, tais medidas cosméticas não são suficientes para
deter o despertar da justa fúria represada nos corações e mentes do
povo.
É
necessário deixar claro que o nosso companheiro Igor Mendes não foi o
primeiro e não será o último preso político do gerenciamento de Dilma
Rousseff (PT). O atual gerenciamento do oportunismo petista, secundado
pelo revisionista pecedobê, com o seu reformismo sem reformas, prepara o
terreno para incrementar uma política ainda mais repressiva contra a
luta popular. Vão se acabando as balas de doce, logo vêm as de borracha e
não tardarão a se generalizar as de chumbo contra os protestos e
organizações populares não alinhadas com o pacotaço de corte de verbas e
direitos aplicado pelos oportunistas. Referimo-nos à cidade, pois no
campo a criminalização da luta pela terra é uma trágica e revoltante
realidade que ceifa a vida de dezenas de camponeses todos os anos, em
ações orquestradas e dirigidas por órgãos do velho Estado como o INCRA e
a Ouvidoria Agrária Nacional, nas quais os latifundiários mandantes,
invariavelmente, seguem impunes, como no assassinato do dirigente
camponês Cleomar Rodrigues de Almeida, executado por pistoleiros a soldo
do latifúndio em outubro do ano passado.
Acaso
não é isto o que vemos em toda a América Latina, nos países sob o
gerenciamento desta mesma falsa “esquerda” com o seu “socialismo do
século XXI”? Na Venezuela, todos os protestos populares contra o
gerenciamento de Nicolás
Maduro (alinhado ao imperialismo russo) são duramente reprimidos,
milhares de pessoas foram presas desde o ano passado e incontáveis
seguem encarcerados e/ou processados. O mesmo ocorre na
Bolívia com o governo fascista do MAS (Movimento ao Socialismo) de Evo
Morales, que reprime violentamente os protestos de estudantes e
camponeses, persegue e prende ativistas políticos.
Uma
verdadeira política de austeridade, sob o eufemismo de “ajuste fiscal”,
está sendo colocada em prática no país e suas medidas como o corte de
verbas em serviços essenciais e de direitos trabalhistas, exigidas pelos
banqueiros e que trazem repercussões dramáticas para os mais pobres,
jamais poderiam ser impostas sem se incrementar toda a espécie de
repressão. Enquanto o discurso hipócrita “contra a corrupção” ocupa as
páginas e telas do monopólio da imprensa, existe todo uma articulação
entre o Judiciário, o Executivo e o Legislativo no sentido de legalizar
a criminalização do protesto popular. Exemplo claro disto é o
silencioso trâmite da “Lei Antiterrorismo”, criada às pressas para dar
resposta a juventude combatente de 2013 e desencorajar os protestos
populares contra a farra da Fifa, prestes a ser votada pelo Senado.
Defender os nossos direitos democráticos à livre reunião, expressão e manifestação com GREVE GERAL!
Subestimar a importância e a gravidade do processo político contra Igor Mendes, Caio Silva, Fábio Raposo, Rafael Braga, Elisa de Quadros Pinto Sanzi (Sininho), Karlayne Moraes da Silva Pinheiro (Moa)
e demais ativistas, presos e perseguidos políticos no Rio de Janeiro e
por todo o país, não é apenas um erro político, é um verdadeiro crime
contra os direitos democráticos de nosso povo. Em Goiânia, a repressão
contra a justa luta pela redução das tarifas nos ônibus segue o mesmo
modo operante cristalizado contra os ativistas cariocas. Em São Paulo, o
cerco policial às manifestações, método policial generalizado por todo o
país durante a farra da Fifa, já tomou a dimensão de uma política de
“segurança pública”. Inúmeros processos contra manifestantes estão em
curso e as condenações já começaram a ser impostas por todo o país,
baseadas em inquéritos que parecem ter sido escritos por âncoras de
telejornais policialescos da estirpe de um Datena.
Não
se trata de menosprezar o perigo do fascismo defendido abertamente
pelas viúvas do regime militar, mas de atacar o seu crescimento real e
concreto, comandado diretamente pela falsa “esquerda” no governo e
silenciado pela direção de movimentos governistas como a UNE. Não vamos
deter a cassação aos nossos direitos democráticos à livre reunião,
expressão e manifestação por caminhos institucionais ou pela via
eleitoral, mas ocupando as escolas, universidades e as ruas de todo o
país num movimento persistente, permanente e progressivo pela
continuidade do protesto popular e sua maior organização e capacidade de
resistência com a deflagração da Greve Geral por tempo indeterminado,
contra o corte de verbas na educação e saúde públicas, o absurdo aumento
do preço das passagens e em defesa de todos os direitos do povo. Somente
pela força política de nossa crescente mobilização poderemos impor a
este velho Estado fascista, seu monopólio da imprensa e o seu podre
judiciário que LUTAR NÃO É CRIME!
Liberdade para Igor Mendes e todos os presos políticos da cidade e do campo!
Extinção de todos os processos contra manifestantes! Cancelamento das condenações!
GREVE GERAL contra o corte de verbas na educação!
REBELAR-SE É JUSTO!
Movimento Estudantil Popular Revolucionário – Brasil.
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