Thursday, June 22, 2017

Peru: Ações armadas do Exército Popular de Libertação - AND Brasil

Com informações de vnd-peru.blogspot.com
Dois policiais foram aniquilados durante uma série de ações armadas empreendidas pelo Exército Popular de Libertação (EPL), dirigido pelo Partido Comunista do Peru (PCP) em processo de Reorganização Geral. A notícia foi veiculada pelo blog da Associação de Nova Democracia Nuevo Peru em 1º de junho de 2017.

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Embandeiramento por ocasião do 31o Dia da Heroicidade
Segundo informações do EPL, o aniquilamento dos agentes da reação ocorreu durante uma exitosa emboscada contra a patrulha, realizada no departamento de Ayacucho, na serra do Huanta, localizada na região conhecida como Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM). Os combatentes se retiraram sem baixas.
O EPL desenvolve uma intensa campanha de agitação e propaganda armada nas cidades de Lima e Huanta. Pichações, hasteamento de bandeiras e panfletagens foram realizadas clandestinamente.
Na cidade de Chosica, na província de Lima, os combatentes penduraram bandeiras com a foice e o martelo, pichações com a consigna Yankees Go Home! e deixaram no local uma caixa com explosivos. “As ações provam que estão atuando para desenvolverem-se e passarem às ações militares. A bandeira é o Partido e a dinamite significa que estão fortes e empregando a violência”, afirmou o “senderólogo”* Jaime Antezana.
Segundo informe remetido ao Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização) por combatentes do EPL, “A ação teve boa preparação e execução, expressando um brilhante êxito para o Presidente Gonzalo, ao Partido e à guerra popular, e um golpe no imperialismo e na reação, esmagando o novo revisionismo. Ações que têm que vibrar a capital, caixa de ressonância no país e no estrangeiro”. “Nada assusta os companheiros do EPL, que estão cumprindo as tarefas estabelecidas com grande decisão e alto espírito revolucionário, elevando sua belicosidade”, arrematam.

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Ampla greve contra a mineradora Las Bambas,fevereiro de 2017
Conforme aponta o PCP no Documento “Eleições não! Guerra Popular sim!”, citado pelo MPP (CR) em sítio da internet: “A agitação e propaganda armada é uma das quatro formas da guerra popular e, consequentemente, é errôneo vê-la como coisa separada; não vê-la como forma da guerra leva a erros. É propaganda como difusão de ideias que apontam ao objetivo, e agitação como utilização de problemas concretos pelos quais as massas brigam. Estas ações semeiam revolução, guerra popular, política e ideologia. (...) Aprofunda-se nas massas mais fundas que em grande parte não sabem ler nem escrever (...) vibra suas mentes, semeia e remarca. A agitação e propaganda desenvolvem-se como ação psicológica e de guerra psicológica”.
Em nota publicada no dia 15 de junho, o EPL afirma que as ações armadas estão ocorrendo em meio a situação política nacional de crescente lutas das massas. Recentemente, o Peru tem sido palco de intensas mobilizações, como o amplo movimento grevista contra a mineradora Las Bambas no distrito de Challhuahuacho, província de Cotabambas (Apurímac). Os professores também sinalizam radicalizar sua luta e, no interior do movimento, há uma acirrada disputa entre a linha revolucionária e a falida linha oportunista de setores do SUTEP (Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação do Peru) ligados à Linha Oportunista de Direita (LOD), que, como aponta a nota, sempre quer “trazer a cauda do revisionismo para o SUTEP” para desviá-lo do rumo classista e combativo: “A LOD procura contrapor as lutas dos professores com a luta do povo e tenta minar a reativação do SUTEP classista e combativo”.

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*Senderólogos — Matilha de pseudo-intelectuais, pseudo-escritores, “analistas” e “investigadores” peruanos e estrangeiros que se autodenominam “especialistas em antropologia, sociologia e violentologia”. Estes, através dos monopólios de comunicação, utilizando-se de argumentos distorcidos, fabricados pela reação, tentam difamar a Guerra Popular no Peru, servindo deste modo aos objetivos do imperialismo, principalmente o ianque, com artigos, livros e reportagens policialescas. O termo deriva de “Sendero Luminoso”, denominação dada ao PCP e ao Exército Guerrilheiro Popular que dirige, pela imprensa reacionária, bem como pelas “autoridades” do velho Estado peruano, retirada de uma consigna que os maoístas proferiam na fase preparatória da guerra popular: “Por el sendero luminoso de Mariátegui!”, aludindo a retomar as contribuições que o grande revolucionário marxista-leninista peruano José Carlos Mariátegui aportara para a revolução peruana.

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