Tuesday, May 6, 2014

Brasil - 1º de maio classista e combativo: Honrando as tradições do proletariado internacional!

1º de maio classista e combativo: Honrando as tradições do proletariado internacional!

mai 2nd, 2014 | By | Category: Destaque
1 de maio 4
A Liga Operária e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte – Marreta promoveram, mais uma vez, um ato político que marcou o 1º de Maio Classista e Combativo. Ao contrário das festas, sorteios, traição e conciliação de classes promovidas pelas centrais governistas e oportunistas de todo tipo, que deturpam e atacam o dia internacional de luta dos trabalhadores, o 1º de Maio Classista, celebrado na sede do Marreta, foi marcado pela rememoração do imperecível exemplo dos mártires de Chicago, dos mártires operários e camponeses dos dias atuais, por debates e pela reafirmação do caminho da luta sem quartel contra os inimigos de classe do proletariado e demais classes trabalhadoras no campo e cidade.
Organizações populares da capital mineira e de outras regiões do país compareceram para celebrar a memória dos mártires das jornadas de lutas proletárias em Chicago (USA), em maio de 1886 e as lutas do proletariado no Brasil e em todo o mundo.
Cerca de duzentas pessoas participaram do ato. Uma delegação de camponeses organizados pela Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia viajou até a capital especialmente para a celebração do 1º de maio, como tradicionalmente vêm ocorrendo ao longo dos últimos anos, fortalecendo os laços de luta entre os trabalhadores da cidade e do campo. Também estiveram presentes representantes da LCP de Rondônia, Movimento Estudantil Popular Revolucionário, Movimento Feminino Popular, Escola Popular Orocílio Martins Gonçalves, Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação, Associação Brasileira dos Advogados do Povo, Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, imigrantes haitianos, trabalhadores da construção, entre outros convidados.
Os mártires da luta pela terra, dirigentes e ativistas que morreram dedicando-se a luta dos povo foram homenageados na abertura do ato. Dirigentes camponeses tombados na batalha de Corumbiara (1995) e outros dirigentes camponeses assassinados por bandos de pistoleiros a mando do latifúndio e pelas forças de repressão do velho Estado como Renato Nathan Gonçalves (Rondônia), Luiz Lopes (Pará) entre outros foram lembrados. Elder e Erionides, mártires da batalha pela moradia da Vila Bandeira Vermelha (Betim), assassinados pela polícia durante a resistência das famílias em luta pela moradia em 1999. Velhos combatentes do proletariado, veteranos da luta pelo socialismo, como Luiz Vergatti e Joaquim Celso (São Paulo). Fundadores da Liga Operária como Osmir Venuto da Silva, também dirigente do Marreta, falecido no ano passado, e Sesnando Brito também foram homenageados. Outros tantos Lutadores do povo que dedicaram suas vidas a luta do povo brasileiro receberam sincera homenagem. Respondendo ao chamado pelo nome de cada um desses bravos lutadores, todos respondiam: Presente na luta!
Além de resgatar a história do autêntico primeiro de maio, dia de combate da classe operária, o ato levantou as bandeiras da Aliança Operário-Camponesa, alicerce fundamental da luta de nosso povo; do internacionalismo proletário, das jornadas de lutas levantadas a partir de junho e julho do ano passado, das greves e lutas combativas que têm, cada vez mais, atropelado as direções pelegas e rechaçado as centrais sindicais governistas. O ato também denunciou o fascismo do velho Estado, que ataca as massas em luta em todo o país e exaltou a resistência popular, as revoltas sucessivas nas vilas, favelas, nos canteiros de obras, e no campo, contra as forças de repressão, em defesa dos direitos do povo. A palavra de ordem “Não vai ter copa!”, repetida milhares de vezes nos protestos em todo o país pela juventude combatente, também ecoou nesse 1º de maio classista. Os oradores chamaram a atenção para a necessidade de se preparar e desencadear uma intensa campanha boicote da farsa eleitoral e agitar a bandeira da Grande Revolução de que tanto nosso país precisa. Os representantes da LCP convocaram os operários, estudantes e ativistas dos movimentos populares nas cidades a denunciar as campanhas de criminalização e assassinato de ativistas e dirigentes camponeses em curso, e convocaram todos a apoiar e agitar nas cidades a bandeira da Revolução Agrária, e apoiar decididamente a luta dos camponeses por conquistar a terra e destruir o latifúndio.
Foi unânime a condenação a política de arrocho salarial praticado no país pelo governo dito dos trabalhadores, comandado pelo pelego-mor Luiz Inácio Lula e sua sucessora Dilma Rousseff, bem como a condenação ao arrocho sofrido pelos aposentados e o repúdio ao salário mínimo de fome que sequer garante a compra de alimentação decente para o trabalhador e sua família. Os trabalhadores repudiaram a o miserável reajuste de 7% previsto para o salário mínimo no ano que vêm, o que perpetua o seu baixo e miserável valor.
No encerramento do ato, um dos oradores fez a seguinte proposição:
“No 1º de maio do ano passado, me recordo que falamos que deveríamos nos preparar para o inevitável levantamento das massas frente a miséria, ao arrocho, a carestia, a repressão policial, etc. Em junho vimos como as massas se levantaram espontaneamente em revolta por todo o país.
Que nós, organizações classistas, revolucionárias, populares, preparemos e trabalhemos desde já com manifestações para boicotar as eleições para desmascarar essa propaganda odiosa, fascista, de copa do mundo à custa da miséria, da fome, do abandono, do mau tratamento e desse insuportável discurso interminável de Dilma e seus asseclas de que o Brasil está melhorando, de que o país está crescendo, etc.
Que trabalhemos desde já para fazer um grandioso 1º de maio nas ruas no ano que vem, um primeiro de maio massivo, e para isso devemos já nos preparar”.
Um saboroso almoço foi preparado e servido ao final. Trabalhadores do campo, cidade, estudantes e ativistas dos movimentos confraternizaram e saudaram-se mutuamente pelo dia internacional de luta do proletariado. Os operários, camponeses e demais presentes saíram decididos a intensificar as lutas pelos direitos do povo, contra o arrocho, por terra pra quem nela trabalha, contra a farra da Fifa e a farsa eleitoral!

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