Está
em curso mais uma edição da farsa eleitoral, desta vez em nível
municipal. As falsas promessas dos candidatos e seus frágeis argumentos
para convencer o povo de que deve votar contrastam violentamente com o
pioramento sistemático das condições de vida das massas. Desemprego e
arrocho salarial; aumento do custo de vida; falta de saúde e saneamento
básico; sucateamento e desmonte da educação pública; péssima qualidade e
alto custo dos transportes coletivos; violência contra o povo praticada
pelas polícias (militar, civil e federal) e por grupos paramilitares
(“milícias” e grupos de extermínio nas cidades e pistoleiros no campo). É
nesse cenário de profunda crise e degradação da vida dos trabalhadores
que se realizam as eleições corruptas e reacionárias.
Contudo,
onde há opressão, há resistência e o povo tem resistido e lutado em
todo o país contra a aceleração e aprofundamento dos ataques a seus
direitos pelo ultrarreacionário Michel Temer (PMDB-FMI). Além disso, o
povo também tem rechaçado energicamente a farsa das eleições. Tornou-se
um fenômeno generalizado a realização de protestos que fecham ruas,
avenidas e rodovias com barricadas em chamas e nesse período eleitoral
não são raros os casos em que o povo revoltado expulsou candidatos de
seus bairros.
Na
medida em que Temer tenta aplicar as contrarreformas do imperialismo
(“reforma da previdência”, “reforma trabalhista”, “reforma do ensino
médio”, etc) e justos protestos tem se levantado contra esse gerente e
suas medidas antipovo, o oportunismo eleitoreiro tenta novamente
cavalgar e manobrar a revolta popular para converter a luta em desgaste
eleitoral e abrir caminho para seus candidatos. Porém, o que esses
oportunistas fazem questão de esconder é que Temer representa uma linha
de continuidade dos gerenciamentos anteriores, desde Sarney, passando
por Collor, Itamar Franco, FHC, Luiz Inácio, até Dilma. Todos eles, sem
exceção, aplicaram sistematicamente as medidas do latifúndio, da grande
burguesia e do imperialismo, principalmente ianque, na velocidade e na
intensidade que era mais conveniente a seus patrões. E nenhum desses
gerentes nem chegou perto de arranhar os pilares do velho Estado e todo
sistema de exploração e opressão ao qual o povo brasileiro é submetido.
O
deslocamento do PT do topo do gerenciamento do velho Estado brasileiro e
todo seu “legado” de medidas antipovo e vendepátria foram mais uma
demonstração cabal da falência histórica do caminho reformista e
eleitoreiro defendido por toda falsa esquerda. O próprio episódio do
impeachment de Dilma demonstrou o caráter farsante das eleições ao
revelar que não são os votos dos eleitores que decidem quem estará no
“governo” e sim o resultado das disputas e dos acordos entre as frações
das classes exploradoras em torno do controle do aparelho do velho
Estado. Ademais, a votação do impeachment na Câmara dos Deputados expôs
as vísceras do sistema político brasileiro e seu caráter semifeudal e
semicolonial, num desfile de todo tipo de oligarcas, quadrilheiros, e
ladrões.
Levantar as massas para o boicote e apontar o caminho da Revolução
Desde
as históricas jornadas de protesto de junho e julho de 2013, que as
principais lutas populares no Brasil tem sido orientadas pelo caminho da
independência e da combatividade. Em todas essas lutas o oportunismo
eleitoreiro tem sofrido uma derrota após a outra ao não conseguir
aprisioná-las nas correntes do pacifismo e do cretinismo parlamentar e
consequentemente não conseguir extrair nenhum saldo eleitoral. O que na
verdade tem ocorrido é um desmascaramento cada vez maior de toda a falsa
esquerda e um invariável rechaço às instituições do velho Estado e seu
sistema político vigente.
Uma
das expressões mais vivas dessa tendência foi a onda de ocupações de
escolas por estudantes secundaristas em diversos estados do Brasil, em
que os estudantes rejeitaram a linha conciliadora dos oportunistas e
enfrentaram com altivez as direções das escolas, secretarias de
educação, “governos” e suas polícias fascistas. Os estudantes
compreenderam rapidamente que apenas com uma luta decidida, radicalizada
e sem nenhuma ilusão com o velho Estado seriam capazes de defender o
direito dos filhos do povo de poder estudar e aprender. Justamente por
seu caráter independente e combativo, essas lutas forjaram os estudantes
num alto nível de politização, onde muitos entenderam que não basta
apenas lutar em defesa da educação pública, mas sim lutar por uma
verdadeira revolução em nosso país, em que os trabalhadores tomem o
poder e de fato garantam todos os direitos do povo, inclusive o direito a
uma educação pública, gratuita e que sirva aos seus interesses.
Nesse
momento, em que a gerência de Temer (PMDB-FMI) tem acelerado e
aprofundado os ataques aos direitos do povo, cabe aos revolucionários
intervir de forma contundente em cada luta de resistência e
reivindicativa, denunciando a farsa que são as eleições burguesas e
elevando a politização até o nível da compreensão de que o Brasil
precisa de uma grande revolução! Revolução de Nova Democracia, que se
inicia pela Revolução Agrária, em que o campesinato toma todas as terras
dos grandes proprietários, destruindo completamente o principal pilar
do atraso de nosso país, o sistema latifundiário. Revolução que
prossegue com o confisco de todo grande capital, brasileiro e
estrangeiro, e com a completa libertação de nosso país das garras do
imperialismo, conquistando a independência nacional. Revolução que
marchará de forma ininterrupta ao Socialismo, pondo fim a todo sistema
de exploração. Esse é o único caminho capaz de conduzir as amplas massas
populares à vitória!
Eleição Não! Revolução Sim!
Mobilizar, organizar e politizar o povo na luta por seus direitos e pavimentar o caminho da Revolução!
Viva a Revolução de Nova Democracia Ininterrupta ao Socialismo!
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