Agindo no interesse do mercado — quer dizer, do sistema financeiro internacional —, as transnacionais e o agronegócio, ramos econômicos de fachada do imperialismo, da grande burguesia burocrática e do latifúndio, ameaçam atirar ao lixo o que resta de direitos dos trabalhadores e do povo em geral, ademais de escancarar o território nacional para a ganância de mineradoras e especuladores de todos os naipes.
Entregar tudo, o solo, o subsolo, a plataforma continental, principalmente, o pré-sal e o que resta das empresas estatais da União, dos estados e municípios, essa é a sanguinária meta da quadrilha!
Aproveitando-se da situação de aumento da concorrência no seio da força de trabalho nacional, com mais de dez milhões de desempregados, pretendem realizar “flexibilizações” na legislação trabalhista para praticar verdadeiro esbulho do proletariado.
A menina dos olhos dos escroques é a Previdência Social, não apenas uma fonte arrecadadora de recursos dos trabalhadores, mas um verdadeiro rio caudaloso o qual pretendem desviar para o oceano imperialista.
Tais medidas nada mais são do que as exigências do imperialismo como cota das colônias e semicolônias para suprir as perdas do sistema financeiro internacional com a crise detonada a partir de 2008 no centro do império. À época, o AND já advertia que as colônias e as semicolônias seriam o butim para conjurar a crise imperialista.
Ter um parlamento constituído de bandidos cuja docilidade é garantida à base do “quem dá mais” é fundamental para alterar e violar a sua própria constituição (das classes dominantes), eliminando, criando ou substituindo a legislação para beneficiar o assalto à Nação. É o caso, por exemplo, da legislação sobre a limitação dos gastos da União, dos estados e municípios que, se aprovada, provocará uma devastação sem precedentes nos serviços públicos.
Não há dúvida de que o que já está ruim deverá piorar: a redução e pauperização do funcionalismo público, a falta de merenda nas escolas, a falta de leitos, de equipamentos, de comida e outras necessidades básicas nos hospitais públicos, a falta de saneamento, as epidemias de doenças tropicais e a violência contra o povo (que, nos dias atuais, infelicitam a vida da gente pobre deste país), que somam dezenas de milhões, tenderão a se potencializar transformando a vida do povo num inferno ainda maior.
Não resta dúvida, também, que será desse inferno que os brasileiros do campo e da cidade lançarão as labaredas que destruirão de uma vez por todas a velha ordem de exploração e opressão.
Nesse momento em que as classes dominantes encenam mais um episódio da farsa eleitoral é uma excelente oportunidade para que as massas promovam um ensaio do repúdio ao podre sistema político vigente.
Aos revolucionários, além de seu dever permanente de mobilizar, politizar e organizar as massas para o cumprimento de sua histórica missão, cabe desencadear uma vigorosa campanha de agitação para denunciar a farsa eleitoral e conclamar o povo ao protesto ativo. Não há o que perder!
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