A realidade objectiva do Estado espanhol, que hoje oprime ao povo galego, é a de qualquer estado burguês: que nom existe mais que para favorecer à burguesia. O estado burguês nom existe para proteger ao povo galego. À burguesia galega nom lhe preocupa a saúde do povo, fora da sua necessidade de dispor dumha reserva com um certo número de operários para que trabalhem e poder seguir-lhes subtraindo plusvalia e acumulando o seu capital individual.
A Covid-19 foi um bom jeito para poder introduzir a lei marcial, o toque de recolher, na Galiza sem barulho e sem protestos populares. Um jeito de acostumar ao povo às condiçons da militarizaçom da sociedade que exige o atual processo de re-arme, de militarismo, de preparaçom de toda sociedade para a guerra imperialista.
O tratamento dado ao Covid-19 pola prensa, com os seus “partes de guerra”, com militares, os chamamentos à “unidade”, formam parte dumha posta em cena que busca ocultar o caráter de classe do estado e a impossibilidade da sociedade capitalista para satisfazer as necessidades da maioria da povoaçom.
Para os meios de comunicaçom de massas paresce que a falta de equipamentos e pessoal sanitário para atender às pessoas enfermas seja algo “natural”. Que nas residências de pessoas de maior idade fechassem aos residentes nos seus quartos e que os deixassem morrer na soidade; que a maior desatençom doutras doenças, tratamentos, rehabilitaçons… podem ser obra da natureza ou questons ténicas. Podemos ponher muitos exemplos do pouco respeito pola dignidade humana que tem tanto o Regime Espanhol como os capitais individuais mas, o nosso máximo interesse é clarificar entre o proletariado galego mais consciente quais mudanças se estam dando agora mesmo na nossa sociedade e quais as consequências que tenhem para o proletariado.
Neste momento a sociedade galega sofre umha importante crise económica, tam dura ou pior da que atravesamos no ano 2008. Isto significa que aumenta o desemprego e a migraçom. Ademais segum dados obtidos a partir de portais de aluguer da internete, no periodo de Agosto 2015 a Agosto 2020, o preço da vivenda de aluguer na Galiza subiu um 19%. Sem contar que os dados oficiais tenhem ocultado a subida continuada dos preços de muitos produtos de primeira necessidade como é o caso dos alimentos.
Vemos que na maioria da classe operária galega nota-se maior desinteresse polo circo parlamentar. Como prova a baixa participaçom nas últimas eleiçons autonómicas, que “obrigou” à Junta a ocultar vários dias os porcentagens de participaçom. Na mentras podemos ver que o autêntico “ministério da propaganda da burguesia” que som os meios de comunicaçom, nom param de fomentar a delaçom coa escusa da pandemia. Nom param de contar que a culpa dos mortos pola Covid-19 som a juventude que quer relacionar-se com os seus companheiros e nom a falta de recursos e pessoal sanitário.
A falsa imagem da sociedade galega como umha colónia é outro dos fatores que contribue a estender confusom sobre as necessidades da revoluçom proletária na Galiza. A confusom sobre o feito de que as opçons som ou a ditadura da burguesia (aliança entre a burguesia galega e a burguesia espanhola) ou, o socialismo coa ditadura do proletariado (a República Socialista Galega). Qualquer suposta outra oçom é umha mentira que confunde à consciência da classe operária.
Mentres se produz umha mudança tanto na realidade social como na subjectividade de certos setores das grandes massas, vemos como nos movimentos sociais atopamo-nos com umha grande desmobilizaçom. Umha desmobilizaçom entre estes movimentos que tenhem sido historicamente a vanguarda. Trata-se também do útil que se demostra que é para burguesia o feito de que governe a esquerda. As mesmas políticas do Estado que teriam umha forte oposiçom sindical na Galiza se as tive-se tomado o PP, resultam admissíveis se as fai o governo PSOE-Podemos.
Como destacamento comunista a desmobilizaçom e as tendências direitistas nos movimentos sociais, nom nos deixam indiferentes. Porque ainda que a criaçom do movimento revolucionário do proletariado galego nom depende de que um determinado movimento social espontâneo assuma a nossa linha política, o feito é que como nos amosa a história, umha boa “terra de cultivo” facilita o trabalho.
Podemos estar seguros que a grave situaçom económica que provoca a crise atual leva ao aumento da pobreza. Leva ao aumento das pessoas que sofrem a falta dos bens mais básicos. Ademais tudo isto provocará o aumento das protestas sociais espontâneas. Umhas protestas justas mas, que sem contar com o fator consciente, sem a teoria revolucionária do proletariado, sem que se tenha constituido o partido, remata por atravesar um percorrido de crescimento, de auge e de decadência, no que remata sendo destruido pola represom ou, sendo “assimilados” polo regime, habitualmente mediante o cretinismo parlamentar.
Por tudo isto, o proletariado galego mais consciente deve seguir fazendo esforços por unir a teoria e a prática revolucionárias, por clarificar qual é a realidade social. O proletariado galego consciente deve presentar entre as pessoas mais avançadas a linha política justa.
Devemos entender que à atual etapa dereitista dos movimentos sociais seguirá umha etapa de esquerdismo estético combinado com ingredientes direitistas no fundo. Porque admitir a viavilidade de qualquer soluçom intermédia entre, a ditadura da burguesia e a ditadura do proletariado, qualquer “assembleia constituinte” é umha desviaçom pola direita. Hoje qualquer constituçom, qualquer república burguesa, nom som um objetivo estratégico do proletariado. O que si que é trabalho estratégico do proletariado galego é construir o partido mas, para faze-lo devemos estar em contato com as pessoas mais avançadas politicamente. Só depois o trabalho político entre as grandes massas será prioritário.
Frente à confusom dos movimentos sociais e às mentiras da ideologia burguesa, nós devemos ir com a linha política justa ali onde estejam as pessoas mais avançadas politicamente.
A consciência ao mando.
https://galizavermelha.wordpress.com/2020/12/02/a-pandemia-e-a-revolucom/
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