 
Exército será lançado contra manifestantes no Rio
 Não é apenas na massividade e combatividade que a atual onda de protestos populares no Brasil pode ser comparada com as jornadas de 68. Também no que diz respeito à repressão selvagem, promovida por um Estado genocida, declaradamente antipovo e vende-pátria, as semelhanças são imensas. Para aqueles que ainda abrigam alguma esperança no caráter “democrático” desse Estado, ou de que os gerentes de turno simplesmente cederão ante o “clamor das ruas”, poderá ser esclarecedora a declaração dada nessa sexta-feira, 21, pelo assassino José Mariano Beltrame, secretário de segurança do Rio: “O Exército já esta no Rio. Não está em função das manifestações, mas eles têm um contingente à disposição da Secretaria. Se necessário for, usarei o Exército”.( link da matéria em: http://oglobo.globo.com/rio/beltrame-afirma-que-exercito-pode-ser-acionado-para-reforco-durante-protestos-8769319#ixzz2Wt6kgznM) De fato, o que pode oferecer esse Estado podre até à medula, que não ainda mais repressão? No Rio, onde maiores têm sido os protestos, também a ação da polícia contra as massas nas ruas não tem precedentes. Prisões arbitrárias de pessoas em pontos de ônibus, inclusive um cadeirante, banhos de spray de pimenta contra pessoas indefesas, bombas de gás dentro de hospitais, cerco a universidades usadas como refúgio por manifestantes, caveirão lançado contra a passeata –pelo visto, isso ainda é considerado pouco por aqueles acostumados a massacrar o povo pobre nas periferias. Ainda sobre a suposta ação de “uma minoria”, teve de reconhecer Beltrame: “Minoria tem que ser repensada. Minoria não produz o que se viu hoje na Cidade”. Porque o que faz as classes dominantes e seus politiqueiros tremerem é o fato de que quanto mais o Estado reprime, mais pessoas engrossam as manifestações, e mais valentia demonstra a juventude que ergue barricadas e se lança contra prefeituras das grandes às pequenas cidades do país. O famigerado Caveirão da PM do Rio, que representa o genocídio contra o povo pobre das favelas, foi barrado no peito ontem por alguns manifestantes, numa demonstração de heroísmo que deve encher de orgulho toda a juventude do Brasil. Essa imagem, aliás, realmente, é significativa. Porque o fascismo não poderá deter o irresistível movimento das massas populares. Ao contrário: o protesto popular porá abaixo o fascismo e o podre Estado brasileiro.  |
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