O Comitê Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta) rendeu seu tributo vermelho a este membro do Comitê Central reafirmando seu compromisso em cumprir os ideais revolucionários pelos quais Sridhar Srinivasan viveu e consagrou sua vida. Publicamos trechos de comunicado assinado por Abhay, porta-voz do Comitê Central do PCI (Maoísta)
Sua trajetória revolucionária
Nos anos de 1978/79, quando era um jovem estudante de Filosofia e Letras no Elphinstone College de Bombaim, decidiu abandonar seus estudos para dedicar-se por inteiro a servir as massas oprimidas do país, tarefa a que se consagrou durante 35 anos com espírito e dedicação inquebrantáveis.O camarada Sridhar Srinivasan participou do movimento estudantil e dirigiu mobilizações em Bombaim pela democratização dos conselhos estudantis em diversas universidades e fomentou a solidariedade dos estudantes com a classe operária e o campesinato. Foi um dos líderes da histórica ocupação, em 1979, da Universidade de Bombaim pelos estudantes contra o aumento das taxas. Desempenhou também importante papel na Associação da Juventude Indiana.
Junto com o Sindicato de Trabalhadores Fabris, organizou os operários em uma combativa greve no princípio da década de 1980. O camarada Sridhar Srinivasan foi um dos principais organizadores de muitas ações militares durante o período dessa greve e se converteu em membro do Comitê Urbano, movimento que se estendeu a zonas industriais próximas.
Mais tarde, nos anos de 1990, por decisão do Partido, se transferiu para a região de Vidharbha, onde organizou os trabalhadores das minas de carvão em Chandrapur, Vaniand e outras localidades próximas.
Durante mais de vinte anos, até 2007, dirigiu habilmente o Partido como Secretário do estado de Maharashtra. Foi eleito membro do Comitê Central do PCI (Maoísta) em 2001 e reeleito no Congresso de Unidade (IX Congresso), celebrado em janeiro de 2007. Nos altos e baixos pelos quais atravessou o movimento, sempre se manteve firme na defesa da linha do Partido. Tinha absoluta confiança no Partido e em sua linha, opondo-se às tendências oportunistas que surgiram em seu seio e mantendo-se firme ante as adversidades enfrentadas na luta.
Jamais fraquejou, cumprindo com absoluta disciplina qualquer tarefa confiada pelo Partido. Foi um grande dirigente até seu último momento, comprometido com a Revolução, com determinação e uma força de vontade de aço.
Detenção e vida no cárcere
Em agosto de 2007 foi preso. Sofreu interrogatórios e torturas psicológicas, mas nunca se dobrou ante ao inimigo. O Estado reacionário fez todo o possível para prolongar seu encarceramento, acusando-o de mais de 60 crimes e o condenou a seis anos e meio de prisão em um processo totalmente manipulado.No cárcere, seguiu educando e inspirando os jovens quadros que estavam na prisão com ele. Incansável, dedicou seu tempo a leitura e ao estudo da situação nacional e internacional. Entrou em contato com vários ativistas islâmicos e tratou de entender suas motivações. Nas madrugadas, escrevia longas cartas e notas políticas sobre os mais variados assuntos a camaradas de outras prisões.
Foi libertado em agosto de 2013. Mas se a prisão não quebrou suas convicções, afetou sua saúde. Uma vez solto, dedicou seu tempo a reuniões para difundir o movimento revolucionário. Faleceu quando se dirigia a uma reunião com seus companheiros.
A morte do camarada Sridhar é um duro golpe para o movimento. O proletariado e as massas trabalhadoras de nosso país perderam um de seus melhores filhos, um homem que serviu generosamente ao povo, um comunista em cujo coração não palpitavam nada mais que os interesses do povo e da Revolução.
O Comitê Central de nosso PCI (Maoísta) rende vermelha homenagem a sua memória, envia suas sentidas condolências a sua família e amigos e compartilha de sua dor.
Nos comprometemos uma vez mais em cumprir os grandes ideais pelos quais o camarada Sridhar Srinivasan consagrou sua vida.
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