Milhares de operários e demais trabalhadores, provenientes de 20
estados de toda a Índia, realizaram uma grande marcha na capital, Deli,
exigindo melhores condições de trabalho, salários e seguridade social. O
enorme protesto de massas foi mobilizado pelos principais sindicatos do
país, agrupados no movimento Mazdoor Adhikar Sangharsh Abhiya (Masa).
Os operários mobilizados reivindicam um salário mínimo acima de 25 mil rupias mensais, sendo que, hoje, a média do salário por dia trabalhado na cidade de Deli, onde o salário é mais alto, não ultrapassa 450 rupias. Outra exigência é a mudança no sistema de contratação atual, que aumenta a precarização e a negação de direitos trabalhistas, e mudança no sistema de seguridade social, exigindo que seja pago aos desempregados 15 mil rupias por mês em seguro-desemprego.
A mobilização também rechaçou os recentes processos de privatização das empresas do setor de energia elétrica, a repressão aos movimentos operários e defendeu a liberdade dos operários de formar sindicatos nas empresas, hoje questionado pelo regime arquirreacionário de Narendra Modi e pelas suas políticas fascistas.
A quantia média paga a um operário em Deli, de 423 rupias, é equivalente aproximadamente a 6,30 dólares, ou R$ 23 (segundo cotação de 6 de março de 2019). Ainda que o operário trabalhasse todos os dias do mês, ele não conseguiria, segundo a média salarial da capital, ultrapassar o valor de 12,6 mil rupias, o equivalente a R$ 700.
Já em Bihar, por exemplo, a média salarial por hora é de 160 rupias, quase três vezes inferior à média da capital, não ultrapassando o valor de R$ 8,70 por hora. Ainda que trabalhasse todos os dias do mês em Bihar, o operário não conseguiria, de acordo com a média salarial, mais do que 4,8 mil rupias por mês, um salário miserável que não ultrapassa o equivalente a R$ 265, segundo a cotação de 6 de março.
Além disso, na Índia, o operário ou o trabalhador em geral não tem nenhum direito garantido pelas leis trabalhistas a não ser o salário. Direitos como férias, vale-transporte, vale-alimentação, hora extra, bônus ou mesmo o 13º salário não são assegurados e dependem da boa vontade das grandes empresas. Por isso, em momentos de alta no desemprego, os trabalhadores são obrigados, para fugir do desemprego, a trabalhar em condições desumanas, com salários ainda mais miseráveis e sem nenhum direito.
Parveen Negi/New Indian Express
Operários e operárias exigiram aumento de salário geral e direitos trabalhistas
“Hoje em dia, o neoliberalismo, e especialmente o regime atual
respaldado por forças fascistas, está causando estragos graves nas
condições dos trabalhadores indianos. Se produz um aumento da
exploração, da repressão e da criminalização dos trabalhadores,
intensificando-se a precarização e o desemprego, a queda dos salários
reais e do nível de vida das massas.”, criticou um dos dirigentes do
movimento.Operários e operárias exigiram aumento de salário geral e direitos trabalhistas
Os operários mobilizados reivindicam um salário mínimo acima de 25 mil rupias mensais, sendo que, hoje, a média do salário por dia trabalhado na cidade de Deli, onde o salário é mais alto, não ultrapassa 450 rupias. Outra exigência é a mudança no sistema de contratação atual, que aumenta a precarização e a negação de direitos trabalhistas, e mudança no sistema de seguridade social, exigindo que seja pago aos desempregados 15 mil rupias por mês em seguro-desemprego.
A mobilização também rechaçou os recentes processos de privatização das empresas do setor de energia elétrica, a repressão aos movimentos operários e defendeu a liberdade dos operários de formar sindicatos nas empresas, hoje questionado pelo regime arquirreacionário de Narendra Modi e pelas suas políticas fascistas.
Miséria ao proletariado
O salário mínimo na Índia é um dos mais baixos do mundo, sendo o
país, por isso, palco de “investimentos” de grandes empresas
imperialistas que buscam superexplorar os operários e demais
trabalhadores com salários miseráveis para alcançar lucros máximos.A quantia média paga a um operário em Deli, de 423 rupias, é equivalente aproximadamente a 6,30 dólares, ou R$ 23 (segundo cotação de 6 de março de 2019). Ainda que o operário trabalhasse todos os dias do mês, ele não conseguiria, segundo a média salarial da capital, ultrapassar o valor de 12,6 mil rupias, o equivalente a R$ 700.
Já em Bihar, por exemplo, a média salarial por hora é de 160 rupias, quase três vezes inferior à média da capital, não ultrapassando o valor de R$ 8,70 por hora. Ainda que trabalhasse todos os dias do mês em Bihar, o operário não conseguiria, de acordo com a média salarial, mais do que 4,8 mil rupias por mês, um salário miserável que não ultrapassa o equivalente a R$ 265, segundo a cotação de 6 de março.
Além disso, na Índia, o operário ou o trabalhador em geral não tem nenhum direito garantido pelas leis trabalhistas a não ser o salário. Direitos como férias, vale-transporte, vale-alimentação, hora extra, bônus ou mesmo o 13º salário não são assegurados e dependem da boa vontade das grandes empresas. Por isso, em momentos de alta no desemprego, os trabalhadores são obrigados, para fugir do desemprego, a trabalhar em condições desumanas, com salários ainda mais miseráveis e sem nenhum direito.
No comments:
Post a Comment