Contra a colonizaçom da Palestina e pola sua independência
A situaçom da Palestina.
Na Palestina estamos assistindo a um processo de colonizaçom em umha escala que hoje nom podemos ver em nengum outro lugar da Terra. Trata-se do mesmo processo de colonizaçom do passado mas, a diferença é que desta vez podemos assistir em direto graças à tecnologia do século XXI, é o mesmo processo que em América ou em África se deu nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX.
A ocupaçom da Palestina é um processo de colonizaçom que ideologicamente é declarado como um processo que consiste em “levar a cultura, a indústria, o progresso e a civilizaçom aos povos bárbaros” mas que na realidade, a colonizaçom nom é espalhar a “cultura” de nengum tipo, nem o progresso senom que é, a encarnaçom da barbárie absoluta. A colonizaçom é um processo social de escravizaçom, de desterro, de implantaçom do racismo, de Apartheid, de “reservas índias” (em USA) tamém conhecidos como “bantustans” (em Sudáfrica), de extermínio étnico, e de genocídio. O colonialismo nom só degrada aos indígenas senom que tamém degrada psicologicamente aos próprios colonialistas.
O colonialismo rouba as terras e as moradas aos indígenas, expulsa a populaçom autóctone, e entrega as terras a colonos armados que ocupam o território. Realmente nom é algo novo senom umha prática perfeitamente conhecida desde há séculos.
O colonialismo é umha prática dos estados burgueses que som grandes potências e o estado de Israel é um instrumento dos Estados Unidos de América e os seus aliados (OTAN-UE).
A redor da Palestina temos cinco milhons de refugiados (a maioria nos campos criados para eles nos países vizinhos), aos que temos que somar os mais de três milhons de pessoas que vivem detrás do muro que rodeia a Cisjordânia, ademais estám os mais de dous milhons de pessoas dentro do campo de concentraçom de Gaza. Só a soma destas pessoas supera a populaçom com passaporte de Israel. Mas na realidade resulta que ao total da populaçom palestina temos que somar perto de dous milhons de palestinos com passaporte de Israel e classificados juridicamente como “árabe-israelitas”.
O Estado de Israel é sustentado ideologicamente por um nacionalismo que toma como base o discurso racista e clerical do sionismo, e que emprega como base a sua particular visom da mitologia religiosa mas, outros grupos ortodoxos da religiom judaica tenhem umha postura abertamente antisionista. Isto demonstra que a interpretaçom dos mesmos textos religiosos em qualquer religiom pode criar posturas políticas totalmente diferentes e enfrentadas.
Os comunistas e a Palestina.
Palestina sofre a opressom nacional polo que a sua luita, a sua guerra pola independência, é umha guerra justa que deve ser apoiada polo Movimento Comunista Internacional (MCI). Tanto os comunistas de Israel como os comunistas de Gaza, da Cisjordânia e dos campos de refugiados do Líbano, Síria e Jordânia, tenhem que apoiar a luita de libertaçom nacional do povo palestiniano.
A colonizaçom da Palestina provoca que inclusive a burguesia palestiniana esteja objetivamente interessada na independência nacional. Isto fai possível que umha organizaçom reacionária como é Hamas, que representa os interesses da burguesia palestina e do clero, em umha determinada conjuntura tenha umha prática revolucionária. É precisamente esta prática conjunturalmente revolucionária de Hamas o que possibilita temporalmente a política do frente único com Hamas mas, que deve ser realizada mantendo sempre a independência política do proletariado.
Só o trotskismo e o bordiguismo depreciárom abertamente a luita de libertaçom nacional dos povos, colocando-se desta maneira do lado da reaçom.
O trotskismo e o bordiguismo ocultam a diferença entre umha guerra entre potências imperialistas (como a I Guerra Mundial, a Guerra da Ucrânia, etc), com umha guerra justa contra a opressom. Ocultam a diferença como historicamente o MCI tratou a I GM (guerra interimperialista), com respeito ao tratamento de apoio das guerras de libertaçom nacional (Irlanda, Cuba, Angola, etc, etc, etc, etc).
O futuro do povo palestiniano.
Parece que os comunistas palestinianos nom estam em condiçons de dirigir a totalidade da luita de libertaçom nacional, nem tampouco de poder transformar esta luita numha Guerra Popular Prolongada das massas armadas e organizadas conscientemente. Em estas condiçons a luita pola independência na prática significa a criaçom dum estado burguês independente mas, isto nom significa que os homens e mulheres comunistas deixem de combater pola independência. Significa simplesmente que o ajuste de contas com a burguesia ao nom se ter produzido antes, há de se ter que produzir depois quando se transforme na principal contradiçom social.
A existência de assentamentos de colonos na Cisjordânia é incompatível com a descolonizaçom da Palestina. Polo que no futuro dunha maneira ou de outra estes colonos tenhem que marchar da Cisjordânia.
Dividir Palestina em dous estados nom é umha soluçom para um povo colonizado. A soluçom da opressom palestiniana passa por que desapareça o colonialismo e para isto é necessária a desapariçom do Estado de Israel. Evidentemente a desapariçom do Estado de Israel nom é o desterro da populaçom de religiom judaica de Israel. A populaçom da Palestina nom deve seguir estando discriminada por razons da sua religiom, nem da cor da pele, nem de quem eram seus pais. Os judeus da Palestina devem poder seguir vivendo na Palestina depois de que desapareça o Estado de Israel.
Total apoio do proletariado à guerra de libertaçom nacional da Palestina!
O colonialismo é inimigo mortal do proletariado!
A Revoluçom Proletária Mundial destruirá definitivamente o colonialismo e o capitalismo!
Galiza Vermelha.
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