Tuesday, April 7, 2015

Brasil - semana de mobilização MEPR - REBELAR-SE É JUSTO!




Durante toda a semana do dia 23/03, estudantes da UFMG agitaram o campus Pampulha, denunciando a situação da educação em geral e em particular sobre os problemas que tem atingido a universidade em decorrência do corte de 7,042 bilhões de reais do orçamento do MEC e seu impacto de 30% do orçamento das universidades públicas. As passagens em sala foram parte da mobilização para uma paralisação na quinta-feira (26) convocada pelo Fórum em defesa da saúde e educação da UFMG e levantaram a bandeira da GREVE GERAL contra os cortes de verba na educação. No dia 26 várias atividades aconteceram no campus Pampulha convocando os estudantes para lutarem contra o sucateamento e em defesa da universidade pública e gratuita.

O dia 26 de Março começou com intensa presença do aparato repressivo na entrada da UFMG na Avenida Antonio Carlos. Mais de uma dezena de veículos da repressão tentavam intimidar os estudantes que chegavam para que nenhum deles arriscasse participar da mobilização que envolvia vários estudantes panfletando e exibindo as faixas: Abaixo o corte de verbas de Dilma na educação e as demissões de operários na UFMG! e Greve Geral contra os pacotaços!

O material distribuído aos milhares denunciava:


  • 150 servidores terceirizados dos serviços de limpeza e segurança demitidos;
  • Cancelamento de projetos de pesquisa e extensão;
  • Obras no campus paralisadas e mais de 500 operários demitidos;
  • Redução das bolsas de graduação (monitoria, iniciação científica, etc.);
  • Curso de Aquacultura pode ser fechado;
  • Atrasos no pagamento das bolsas de assistência estudantil;
  • Bibliotecas com funcionamento reduzido;
  • Redução dos trabalhos de campo.

No Hospital das Clínicas (Hospital Universitário):
  • Falta de insumos básicos, desde gaze, cotonetes a medicamentos de primeira necessidade;
  • Redução no atendimento à população;
  • Prejuízos na formação dos estudantes nos cursos da área de saúde em geral.
Após a panfletagem, os estudantes voltaram a passar nas salas e utilizaram um carro de som para convocar toda a comunidade acadêmica a participar de um novo ato durante o almoço no Restaurante Universitário 2.

No ato foram distribuídos mais panfletos denunciando a situação da universidade, enquanto operários, organizados pela Liga Operária e pelo Sindicato dos Operários da Construção Civil de BH - MARRETA, se revezavam com estudantes fazendo agitação no carro de som para as pessoas que chegavam ao RU, convocando todos a preparar a GREVE GERAL por tempo indeterminado para derrotar os pacotaços de Dilma. Ativistas do MEPR aproveitaram a mobilização e organizaram uma brigada de divulgação do Jornal Estudantes do Povo 18 e mais de 40 edições foram vendidas aos estudantes que passavam.

No período da noite, os estudantes realizaram um arrastão, passando nas turmas do Instituto de Geociências e na Faculdade de Educação chamando estudantes e professores para um ato que se realizaria a seguir na portaria da universidade. Os ativistas que compareçam ao ato, levantaram uma faixa exigindo liberdade para o preso político Igor Mendes, enquanto panfletavam para os estudantes e motoristas que passavam, entoando palavras de ordem: Cadê a verba que tava aqui? A Dilma deu pro FMI! e É greve, é greve, é greve geral contra os cortes na federal!

Liberdade para Igor Mendes e todos presoso políticos do campo e da cidade!

Após um breve balanço sobre o ato, os ativistas decidiram seguir mobilizados para aumentar a adesão da comunidade acadêmica na UFMG, num movimento crescente pela deflagração da GREVE GERAL por tempo indeterminado para enfrentar o sucateamento e a privatização das universidades públicas. Nas próximas semanas ocorrerão reuniões para decidir as próximas ações na UFMG.

GREVE GERAL CONTRA OS CORTES DE VERBAS NA EDUCAÇÃO!

LIBERDADE PARA IGOR MENDES E TODOS OS PRESOS POLÍTICOS DO CAMPO E DA CIDADE!

REBELAR-SE É JUSTO!

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