Gravura sobre a conclusão da 1ª Escola Militar do PCP
De 1980, quando se inicia a Guerra Popular Prolongada com a tomada do
posto de votação no povoado de Chusqui e a destruição e incêndio das
urnas por guerrilheiros do PCP, até 1992, quando são capturados pela
reação (com a CIA à cabeça) o Presidente Gonzalo e grande parte do
Comitê Central (CC), foram 12 anos em que a Guerra Popular passou por
gloriosa e heróica saga de vitória após vitória, o que levou os
instrumentos da reação peruana a serem conhecidos pela alcunha de
“especialistas em derrotas”. Inúmeras bases de apoio em todo o país
construíam o Novo Poder, enquanto que, nas cidades, a Guerra Popular
fazia tremer a reação.Poucos dias depois de capturado, o Presidente Gonzalo faz seu último pronunciamento em público, preso em uma jaula — numa lamentável e falha tentativa do regime fascista de Fujimori de ridicularizá-lo e baixar sua moral proletária —, a que ele respondeu com altivo e inflamado discurso, sem nenhum germe de capitulação, mas ao contrário, clamando as massas, os combatentes do Exército Guerrilheiro Popular (EGP) e os militantes do PCP a prosseguirem com os planos e conquistar o Poder em todo o país. Desde então, ele é mantido encarcerado em completo isolamento em uma cela subterrânea na Base Naval de Callao, localizada na capital Lima.
Conforme denunciamos em outras edições de AND, desde que foi capturado e isolado, o Presidente Gonzalo é alvo constante de maquinações arquitetadas pela CIA e pelos serviços de inteligência peruanos para atribuir a ele a autoria de supostas “cartas de paz” e negociações para uma “solução política para os problemas derivados da guerra”. O Estado reacionário serviçal do imperialismo alimenta e dá todas as condições para a articulação, desde as prisões, de elementos capituladores e o desenvolvimento de Linhas Oportunistas de Direita (LODs), revisionistas e capitulacionistas, para atacar a chefatura, o PCP e a Revolução Peruana.
Em comunicado publicado em junho de 2015, o Comitê Reorganizador do Movimento Popular Peru chamou a atenção para a luta daqueles que trabalham temporária e relativamente isolados, chamando para que se unam “sujeitos à chefatura do Presidente Gonzalo, na Base de Unidade Partidária do Partido, para impulsionar a tarefa pendente”: a da “reorganização geral do Partido para solucionar o problema da direção da guerra popular”, para, assim, “dar-lhe um novo grande impulso”.
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