Na "cidade olímpica", a quase um mês das "olímpiadas" serem realizadas sob estado de sítio
(com operação semelhante a que fora organizada pelo velho Estado na
Copa de 2014, mobilizando até a Força Nacional de Segurança), a Juvente Combatente segue firme na luta por escolas de qualidade e em defesa do direito de estudar e aprender!
Nesta altura, alguns colégios foram já desocupados, principalmente pela ação fascista e autoritária do Judiciário do RJ - que determinou que "as ocupações não poderiam ocorrer nas salas de aula", abrindo brecha para criminalização ainda maior da luta estudantil -, mas também pelo desgaste que é natural em um movimento de ocupação de escolas.
Porém apesar de tudo, os estudantes seguem mobilizados em suas escolas. Aproveitando a "volta às aulas" (leia-se: volta a situação precária que encontra-se todo ensino público), os estudantes têm se lançado na tarefa de seguir mobilizando e politizando os estudantes em cada colégio!
Repercutimos a seguir o conteúdo de um panfleto distribuido por estudantes do C.E. Herbert de Souza, colégio que foi ocupado, fazendo um balanço da experiência da ocupação e convocando os estudantes a seguirem na luta:
Nesta altura, alguns colégios foram já desocupados, principalmente pela ação fascista e autoritária do Judiciário do RJ - que determinou que "as ocupações não poderiam ocorrer nas salas de aula", abrindo brecha para criminalização ainda maior da luta estudantil -, mas também pelo desgaste que é natural em um movimento de ocupação de escolas.
Porém apesar de tudo, os estudantes seguem mobilizados em suas escolas. Aproveitando a "volta às aulas" (leia-se: volta a situação precária que encontra-se todo ensino público), os estudantes têm se lançado na tarefa de seguir mobilizando e politizando os estudantes em cada colégio!
Repercutimos a seguir o conteúdo de um panfleto distribuido por estudantes do C.E. Herbert de Souza, colégio que foi ocupado, fazendo um balanço da experiência da ocupação e convocando os estudantes a seguirem na luta:
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VIVA AS OCUPAÇÕES DE ESCOLAS! ABAIXO O MOVIMENTO ESTUDANTIL OPORTUNISTA E ELEITOREIRO!
REBELAR-SE É JUSTO!
As
ocupações das escolas têm início em São Paulo, onde centenas de escolas
são ocupadas contra a decisão do Governo de SP de fechar escolas. Desde
então, o exemplo de luta têm sido repercutido por todo país!
No começo do ano, a falta de professores no nosso colégio já era
sentida tanto pela falta de professores em algumas matérias quanto pelo
fato de o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) já se
encontrar em greve, pois os professores tiveram seus 13º parcelados,
permaneciam sem reajuste salarial, e a situação das escolas era de grave
sucateamento de sua estrutura, além das recorrentes denúncias de
direções autoritárias. Não demorou muito para os estudantes invadirem as
ruas protestando contra a precarização da educação. Em meio disso, os
estudantes em luta começaram a perceber a atuação das entidades
estudantis no meio dos atos e protestos, sempre tentando pegar carona na
luta dos estudantes para se auto promover, sempre vendo os protestos
como feira de filiação, sempre vendo os estudantes como possíveis
filiados; enquanto a
situação das escolas exigia a organização de ações combativas e de luta,
os pelegos de AERJ-UBES-ANEL-etc. propunham o caminho do pacifismo e
dos “acordos de gabinete” com os inimigos do povo.
Logo as primeiras
escolas começaram a ser ocupadas. O trabalho de divulgação da idéia de
ocupar o C.E. Herbert de Souza seguia persistente com passagens em turma, cine-debates, conversas entre estudantes.
Chegou ao ponto de, no decorrer de uma assembléia estudantil em que
estudantes discutiam sobre a possibilidade de ocupar, aparecer dois PMs não fardados, junto a militantes da organização oportunista AERJ, criminalizando a reunião dos alunos.
Mas depois que a escola se fechou, matando a aula de todos os alunos,
por ordem da direção fascista junto com o governo pra realizar uma
reunião com a Secretaria de Estado de Educação (seeduc), os alunos se
revoltaram e ocuparam dias depois.
E com a ocupação do colégio ficou cada vez mais nítidas as intenções das entidades estudantis.
Não era só C.E. Herbert de Souza que se encontrava problemas de
organização, falta de atividades políticas, falta de transparência nas
decisões da ocupação, etc. Isso acontecia com todas as escolas
aparelhadas pelos movimentos estudantis oportunistas e eleitoreiros.
Nossa escola acabou entrando no “Comando Secundarista” sem a aprovação
dos próprios estudantes da escola por meio de assembleias, que aliás
nesta altura, nem eram mais realizadas. As reuniões que tratavam de
questões políticas do movimento das ocupações não eram avisadas pros
estudantes, de forma que sempre iam as mesmas pessoas representar nossa
escola.
Com
o tempo o próprio movimento estudantil do Rio de Janeiro foi percebendo
a prática dessas diversas entidades e movimentos oportunistas e
romperam com elas. O “Comando Secundarista” se transformou na “Unidade
Secundarista”, que a partir de então, proibiu a presença de entidades em
suas reuniões com camisas, bandeiras, adesivos, etc. Sem poder fazer
suas propagandas para conseguir mais militantes filiados, essas
entidades abandonaram os estudantes, deixando bem claro que preferem
lutar pela suas camisas do que pela real causa da luta em defesa da
educação. E após a absurda ordem judicial que obrigou as escolas a
desocupar as salas de aulas para a pressão contra a greve dos
professores aumentar, as escolas aparelhadas pelas entidades
desocuparam, com o discurso de que os estudantes já tiveram suas
“vitórias” e que “a luta iria continuar sem a ocupação”.
Agora,
os estudantes combativos e independentes de movimentos oportunistas e
eleitoreiros seguem na luta contra a precarização da educação livres das
entidades eleitoreiras, e aprendendo, na prática, quem está apoiando a
nossa luta justa e quem faz o papel pelego de entidades e sindicatos,
cuja única “luta” que travam é a participação na farsa eleitoral e as
eternas traições em reuniões com os inimigos dos estudantes.
Na
verdade, não existe nenhuma garantia de que a situação das escolas será
melhor após a greve e a desocupação das escolas. Com a volta da
“normalidade” nos colégios, o cenário será exatamente o mesmo: estrutura
precarizada, direções autoritárias. É necessário seguirmos mobilizados
permanentemente para lutar contra os ataques ao nosso direito de estudar
e aprender!
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