Ano XVI, nº 202 - 2ª quinzena de Dezembro e 1ª quinzena de Janeiro de 2018
Para manter a velha ordem de dominação, as burguesias imperialistas só podem fazê-lo por meiod da subjugação dos povos, aumentando cada vez mais a opressão para extrair a máxima taxa de mais-valia da força de trabalho, a energia e as matérias-primas a preços aviltados, além de assegurar às suas corporações os mercados cativos para suas mercadorias. Para tanto, incrementam a guerra de rapina sobre nações inteiras e promovem nova repartilha do mundo entre suas superpotências e potências.
O mundo está em guerra, uma guerra levada pelo imperialismo ao território das colônias e semicolônias, principalmente na área conhecida como Oriente Médio Ampliado, focado principalmente na Síria, Iraque, Afeganistão, Irã, Iêmen, Palestina e com provocações no Extremo Oriente, como é o caso da Coreia do Norte. Também na África, tanto no Norte quanto na zona subsaariana. Na América Latina, o imperialismo lança as Forças Armadas e de repressão dos Estados fantoches numa guerra reacionária, guerra de extermínio contra o povo pobre.
Todos estes distúrbios, entretanto, não ficaram sem violenta resposta. As resistências nacionais, cada uma segundo suas limitações ideológicas, impuseram pesadas baixas ao imperialismo, ao mesmo tempo que trouxeram a guerra para dentro de suas próprias casas.
As aparentes trapalhadas de Trump servem para mascarar a tentativa do USA, como superpotência hegemônica única, de submeter por completo a Rússia, superpotência atômica, e, assim, abrir caminho para um domínio total no mundo. Para tanto, exige-se pôr sob seu controle absoluto o Oriente Médio. Esta ilusão que Trump vendeu à sua base eleitoral, como é unilateral, subestima a resistência dos povos oprimidos e, principalmente, a nova onda de revoluções que se levanta sob a bandeira do marxismo-leninismo-maoismo, com as Guerras Populares no Peru, na Índia, nas Filipinas e Turquia, demonstrando ser o caminho mais avançado e inconciliável com a dominação imperialista, pois que é produto da direção da classe mais revolucionária, o proletariado.
A situação revolucionária que se desenvolve de forma desigual em todo o mundo e, particularmente, na América Latina, tem deixado às claras o caráter semicolonial e semifeudal de seus países e seus caducos, corruptos e genocidas Estados, sejam sob direção de oportunistas como Luiz Inácio, Morales e Maduro ou de declarados reacionários do tipo Macri e Kuczynski, que mantiveram e mantêm seus países em situação de subjugação nacional ao imperialismo, principalmente ianque.
No Brasil, a bancarrota do oportunismo petista propiciou o ambiente para uma avassaladora investida do latifúndio e da grande burguesia, tanto a compradora quanto a burocrática, por meio de um “pau mandado” do imperialismo que, cavalgando um parlamento venal, avançou sobre os direitos dos trabalhadores e sobre as terras devolutas, os territórios indígenas e quilombolas.
Tais iniciativas só contribuíram para atiçar a ira dos trabalhadores que resistem de forma cada vez mais violenta, como foram os casos de Humaitá (AM) e Correntina (BA) que, embora ainda isoladas, deram início a uma nova onda de protestos populares que prosseguem com cortes de rodovias, avenidas, ruas e tomadas das terras do latifúndio.
Tudo indica que as provocações de Trump contra a Palestina e a Coreia do Norte, ao nível internacional, e as armações da quadrilha de Temer e Meirelles para tomar de assalto a Seguridade Social, no Brasil, serão material altamente inflamável para que 2018 se inicie sob o signo de belicoso protesto popular.
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