Wednesday, May 14, 2025

Two Lines Struggle em português um avanço da luta e o caminho para uma verdadeira Conferência Internacional Marxista-Leninista-Maoista

 

Tradução realizada pelos editores do documento “For the Unified International Marxist-Leninist-Maoist Conference” do PCm Italy, lançado na 4a edição da revista Two Line Struggle.

Hoje, para chegar a uma verdadeira Conferência Internacional Unificada Marxista-Leninista-Maoísta (CIU), é necessário unir-se abertamente contra o revisionismo representado pelas organizações que se dizem “comunistas”, mas são velhas e novas formas de partidos revisionistas, nascidos da grande cisão no MCI dos anos 60, na qual se definiram dois campos, o do revisionismo krushcheviano, e do ML de Mao Tse Tung, que ao longo dos anos se tornou o marxismo-leninismo-maoísmo.

No nosso campo, no entanto, hoje, deve combater o espírito do fracionismo, organizado na Liga Comunista Internacional (LCI), que em nome de um “principalmente maoismo” identificado substancialmente com “aportes de valor universal do Presidente Gonzalo”, dividiu o movimento comunista MLM e rompeu o caminho e o curso necessário para chegar a uma verdadeira CIU.

Portanto, é na crítica, na luta com esta fração que o caminho da unidade deve ser restabelecido.

No centro da nova CIU só podem estar os Partidos Comunistas que dirigem e conduzem a guerra popular prolongada; sem a presença e o papel desses Partidos é impossível na fase atual construir uma Conferência unificada e atingir um nível de unidade nela que permita a reconstrução efetiva de uma organização internacional, como o Movimento Revolucionário Internacionalista (RIM) tem sido por 20 anos.

É claro que é necessário fazer um balanço compartilhado dos esplendores e limites do RIM, para que esta organização possa estar um passo à frente.

O fracionismo do “principalmente maoismo”, em nome do maoismo, por outro lado, trabalha pelo apagamento liquidacionista da história do MRI e por dar um passo pra trás, que longe de superar a divisão e a fragmentação, cristaliza e alimenta.

Restabelecer o caminho interrompido requer discussão, debate, luta de duas linhas, juntamente com o desenvolvimento de uma análise atualizada da situação mundial, combinada com a coordenação e unidade de ação, necessárias para que os Partidos e Organizações MLM tenham um papel de orientação e direção na atual situação internacional caracterizada por um lado pelo avanço da guerra imperialista, do fascismo moderno e da intensificação da opressão, miséria e exploração dos proletários e povos do mundo, e por outro lado pelas lutas proletárias e anti-imperialistas no mundo, pela resistência das guerras populares, nos países em que se desenvolvem e naqueles que estão sendo preparados pela construção de partidos comunistas de um novo tipo, marxistas-leninistas-maoístas.

Para esse segunda tarefa se serve as necessárias Declarações conjuntas, campanhas unificadas, apoio para as guerras populares em curso, principalmente a guerra popular na India dirigida pelo Partido Comunista da Índia (maoísta).

A nova Conferência Internacional Unificada exige que seja elaborada uma nova Declaração Conjunta como base para sua convocação, que será então discutida, aprofundada e aprovada na Conferência, e que se tornará a base da nova organização internacional na elaboração de uma nova Linha Geral do Movimento Comunista Internacional, em um estágio de andamento, mas ainda distante da construção de uma nova Internacional Comunista.

Todo mundo pode ver que o trabalho da Liga Comunista Internacional (LCI) vai na direção oposta disto, tanto em conteúdo quanto em método.

A ICL nega a totalidade do marxismo-leninismo maoísmo, a análise da sociedade capitalista na base científica de Marx, a análise leninista do imperialismo ainda em vigência e as contribuições universais de Mao Tse Tung incorporadas na avaliação crítica da construção do socialismo na Rússia e da figura de Stalin, que ainda é considerado um grande marxista-leninista, na continuação da revolução e na fase da ditadura do proletariado, a Grande Revolução Cultural Proletária (GRCP), e seu objetivo básico: o proletariado deve dirigir tudo, nos desenvolvimentos feitos na filosofia, na concepção da luta de duas linhas, no enriquecimento da estratégia militar do proletariado – para distorcer tudo em uma substituição substancial dogmato-revisionista do maoísmo, transformada em uma variante da ‘nova síntese’.

Nesse sentido, a ICL é uma resposta errada à necessidade de avanços do MLM, o que o torna o avanço do MLM cada vez mais necessário e indispensável como guia da revolução proletária mundial.

Como Movimento Comunista Internacional, temos a tarefa de promover a análise econômica e política do sistema capitalista/imperialista mundial; devemos valorizar as lições das vitórias e, acima de tudo, das derrotas do MCI que afetaram os estados socialistas, as revoluções da nova democracia nos países oprimidos pelo imperialismo e as lutas pela revolução proletária dentro dos países imperialistas.A LCI toma como garantido um trabalho que está em andamento e, em grande parte, ainda precisa ser feito e que certamente começa com a restauração completa dos princípios do MLM, em sua totalidade, a herança histórica das I, II e III Internacionais e os legados positivos da batalha pela construção/reconstrução dos partidos comunistas no longo ciclo que vai da Revolução Cultural ao MRI.

Somente dessa forma a Conferência Internacional pode ser um segundo passo no caminho para a nova organização internacional mlm adaptada a este estágio, e poderá operar sob o fogo da luta de classes e em estreita conexão com as massas, para a linha geral necessária para enfrentar os problemas da fase atual do mundo entre capitalismo/imperialismo e o proletariado e as massas oprimidas.

Uma importante tarefa é reafirmar, reestabelecer e aplicar a concepção mlm do partido. Rejeitar o que é apresentado pela LCI como “desenvolvimento e inovação” que é na verdade um desvio.

Nos países imperialistas, a LCI nega a teoria e acima de tudo a prática de construção do Partido como uma vanguarda e unidade do proletariado e somente nesta forma, capaz de ser reconhecidamente a direção das massas populares. Sem esse partido é impossível se organizar e dirigir o proletariado no caminho da revolução.

É claro para todos que os grupos e membros da LCI nos países imperialistas, enquanto produzem uma combativa propaganda e agitação, são absolutamente incapazes, seja ideologicamente ou politicamente, ou no nível de trabalho de massas, de construir tal partido.

Longe de ser um resquício do passado, tal partido ainda é a única arma para unir o MLM com a classe, o socialismo com o movimento dos trabalhadores, para travar uma batalha real contra a persistência do revisionismo, representado por seus partidos e organizações, e o sindicalismo burguês que é seu agente na classe e entre as massas.

Sem um partido dessa natureza, é impossível realmente transformar o movimento real da classe e das massas em direção ao caminho revolucionário, a luta armada, a luta revolucionária pela tomada do poder político e o estabelecimento da ditadura do proletariado.

As mesmas profundas inovações nos países oprimidos pelo imperialismo exigem que o desenvolvimento do caminho da guerra popular nesses países seja realizado em formas atualizadas e diferentes de acordo com a grande experiência da China Popular, sempre com base nas contribuições e ensinamentos essenciais de Mao.

É bastante evidente que, pelo contrário, repropô-las em formas dogmáticas e estereotipadas, longe de favorecer e contribuir para o desenvolvimento das guerras populares, torna-as teórica, ideológica e programaticamente fracassadas e atrasadas de acordo com as necessidades do seu desenvolvimento e avanço.

É necessário trabalhar no fogo da luta de classes em estreita conexão com as massas para realmente contribuir em colocar o MLM no comando e guia da indispensável nova onda futura da revolução proletária mundial. Cabe a todos nós, como partidos e organizações do MLM, dar um passo à frente na cooperação, com humildade, clareza, ciência, para responder no plano internacional e em cada país onde estamos presentes às tarefas que o proletariado e as massas populares nos chamam e pedem.

Algumas notas sobre as quais estamos trabalhando para aprofundar a crítica:

– O subjetivismo, na análise da situação mundial, contrasta com a análise objetiva e, portanto, reduz as tarefas dos comunistas, que são complexas, a superficiais.

É necessário criticar aquelas forças como o TKP/ML que declararam em reuniões e escritos que não compartilham o fator discriminatório sobre a universalidade da guerra popular, nem o conceito de “principalmente maoísmo” e sua tradução no reconhecimento como universal do “pensamento guia do presidente Gonzalo”; no entanto, eles estão na LCI que se baseia exatamente nesses dois conceitos; E negá-lo é pura hipocrisia.

– Devemos trabalhar não apenas para expressar posições corretas, teses, mas para avançar no nível prático a construção de condições orgânicas- políticas-ideológicas para uma Conferência Internacional de MLMs. E isso requer um trabalho de relações, reuniões bilaterais e multilaterais em todo o movimento MLM. Um trabalho no fogo da luta de classes em estreita conexão com as massas que une o trabalho nacional de cada partido e organização, ao trabalho internacional.

-As Declarações Conjuntas devem ter a capacidade de abordar e se conectar com os verdadeiros movimentos de solidariedade com a Palestina, com a luta contra a guerra imperialista, com a luta contra a repressão, com a solidariedade aos prisioneiros políticos, com as lutas sindicais e populares contra a exploração, a miséria e a opressão. Portanto, não há necessidade de declarações feitas de afirmações que são corretas em abstrato, mas que não se baseiam na análise concreta da situação dos movimentos, situação que não deve ser distorcida em nome do subjetivismo, exageros que são sempre uma forma de ‘culto à espontaneidade’.

– Na concepção e método deste trabalho, é necessário servir ao interesse geral do MCI e não à afirmação, sempre de natureza sectária e trotskista, da própria fração. A guerra popular da qual os dogmato/revisionistas falam é autorreferencial e abstrata, é uma afirmação de uma ideia que cria a realidade. Os partidos e grupos de ‘principalmente maoísmo’, com o papel de liderança dos camaradas do Brasil, têm ativamente sabotado e atacado o Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia, que nos últimos anos tem conduzido campanhas sempre em estreita conexão com o Partido Comunista da Índia (Maoista) e as reais necessidades de apoio à guerra popular. É bastante evidente que sabotar a ação do Comitê para afirmar uma ação de propaganda em apoio à sua própria fração foi um dano objetivo não apenas ao Comitê, mas à guerra popular na Índia e ao CPI (Maoista) na Índia, que é apoiado em palavras, enquanto em todas as reuniões internas é atacado.

– A visão dogmática revisionista da fração “principalmente maoismo” foi expressa de forma clara na ocasião da guerra na Ucrânia, onde, em nome da centralidade da luta dos povos oprimidos, a Ucrânia de Zelensky foi apoiada abertamente e o caráter de uma guerra interimperialista, uma guerra por procuração na Ucrânia, foi obscurecido; trazendo uma posição de direita para o movimento MLM, que prejudicou a luta proletária e anti-imperialista.

– Os partidos e organizações da LCI se opõem à bolchevização, e a seu caráter de importância principal, ao método e ao trabalho de fundação dos partidos MLM em todo o mundo, tanto nos países imperialistas quanto nos países oprimidos pelo imperialismo, a fim de se opor a isso com o conceito deformado de “militarização”, que não corresponde ao MLM nem ideologicamente, teoricamente, politicamente ou organizacionalmente.

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