No
dia 10 de agosto, os camponeses da área revolucionária Renato Nathan
(Messias-AL) e os acampados na fazenda Canoé (Rio Largo-AL),
interditaram as rodovias federais BR-104 e BR-101, enquanto estudantes e
professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) protestavam na
porta da Vara Agrária, em Maceió, exigindo que o juiz Claudemiro Avelino
de Souza revogasse a “reintegração de posse” contra os camponeses.
Após a entrega do mandato de
“reintegração de posse”, no dia 27 de julho, os funcionários da Usina se
prestaram ao serviço de tentar provocar e intimidar as famílias,
ameaçando estacionar tratores pelos arredores das áreas e assediando uma
companheira que caminhava por uma estrada. Contudo, o tiro saiu pela
culatra e este serviço sujo serviu apenas para criar mais ódio entre
camponeses contra os latifundiários e seus capangas.
Enquanto isso, o numero de apoiadores à
luta dos camponeses cresceu tanto na cidade, principalmente entre
estudantes e professores, organizados em sindicatos, centros acadêmicos,
coletivos e ativistas independentes, que conformaram um Comitê de
Apoio. Este redigiu uma Carta Aberta, que foi usada para recolher
centenas de assinaturas, solicitando a revogação da decisão injusta
contra os camponeses.
Ao tempo que os camponeses erguiam suas
barricadas para interromper o transito nas principais rodovias federais
da região, seus apoiadores da cidade marchavam para Vara Agrária. Os
policiais tentaram provocar os camponeses para tentar desmobilizar sua
manifestação, os funcionários passaram correntes nas portas da Vara
Agrária para impedir a entrada dos apoiadores, mas nada disso adiantou.
As 10h30, o Comitê de Apoio conseguiu entrar, protocolar a Carta Aberta e
marcar uma audiência para revogar o despejo, ao serem informados deste
fato os camponeses encerraram o fechamento, organizaram suas fileiras e
saíram em retirada.
Por hora, os camponeses conseguiram
impedir mais uma tentativa de despejo e abriram novas etapas no processo
de luta combativa pelo justo direito a terra. Percebem que a luta pela
terra está cada vez mais acirrada e mesmo assim não desistem e não
admitem nenhum tipo de conciliação os usineiros ladrões de terra!
TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
VIVA A ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONESA!
CONTRA A CRISE: TOMAR TODAS AS TERRAS DO LATIFÚNDIO!
VIVA A REVOLUÇÃO AGRÁRIA!
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