Cerca de 200 indígenas que ocupam a
Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Curitiba, realizaram
um bloqueio nos dois sentidos da BR-277, em São José dos Pinhais, na
região metropolitana de Curitiba, na manhã de 12 de julho.
Com pneus ardendo desde às 6h da manhã, a
pauta defendida nesta radicalizada ação é a mesma que motivou os povos
indígenas de cinco estados do país (RS, SC, PR, SP, RJ) a ocuparem, há
três semanas, a sede da Sesai em Curitiba. Eles são contra a extinção da
própria secretaria pelo reacionário ministro da saúde, anunciada em
diversas ocasiões desde que assumiu o cargo, mas postergada após
numerosas manifestações dos povos indígenas por todo o país.
Como afirmam as lideranças, a extinção
da Sesai se expressa pontualmente na não renovação do contrato firmado
entre o governo federal com a empresa terceirizada responsável pela
contratação de motoristas, agentes de saúde e agentes sanitários, cargos
ocupados por indígenas que trabalham na própria aldeia em que residem.
De acordo com o cacique Pedrinho, da
aldeia Barragem, em São Paulo, o término do contrato, previsto para 30
de julho, fará com que 115 aldeias do RS ao RJ fiquem sem atendimento.
Depois de cinco horas de bloqueio,
causando um congestionamento de mais de 10 quilômetros em ambos os
sentidos da rodovia que liga a capital ao litoral do estado, os
indígenas retornaram para a ocupação, onde permanecerão até que a ameaça
seja definitivamente derrubada.
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