a nova democracia
Agente de repressão da polícia é atingida por coquetel molotov. Foto: Claudio Reyes
A terceira semana de
protestos no Chile iniciou com grandes enfrentamentos entre
manifestantes e as forças da repressão, no dia 4 de novembro, plena
segunda-feira. Dezenas de milhares de manifestantes se reuniram na
cidade de Santiago sobre a palavra de ordem: Isto não acabou!
Na capital, cedo da
manhã, a concentração para a manifestação acontecia em frente aos
tribunais, e os taxistas também protestavam contra a cobrança de
pedágios dentro da cidade. Mais tarde, na praça Itália, a manifestação
multitudinária começou de fato.
Os enfrentamentos começaram quando os trabalhadores e jovens em marcha tentaram chegar ao Palácio Presidencial de La Moneda. Os manifestantes resistiram heroicamente aos canhões de água e bombas de gás lançados pela polícia chilena.
Manifestantes resistem ao canhão d'água das forças de repressão. Foto: Reprodução
Também foi noticiado pelo monopólio de imprensa AFP que a tropa de choque dos carabineros havia
sido atingida por bombas caseiras produzidas com gasolina em
determinado momento do protesto. Em Viña del Mar, há 120 quilômetros de
Santiago, também houve enfrentamentos entre manifestantes e a polícia.
Os manifestantes exigem a
saída de Sebastián Piñera, atual presidente do Chile, que tem comandado
a repressão brutal aos protestos, assim como de todo seu executivo. O
número de manifestantes mortos durante todo o mês de outubro ultrapassou
20, em um contexto em que o Executivo ordenou que o Exército reprimir
nas ruas. Eles também rechaçam a atual constituição chilena, baseada
ainda no período ditatorial de Pinochet.
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