Grupos,
organizações e personalidades públicas expresan sua solidaridade à
greve de fome dos presos políticos mapuche, que se prolonga por 120
dias.
Como
jornalistas, repórteres, fotógraf@s comunicador@s sociais, artistas,
meios populares, restaurantes comunitários , assembléias territoriais,
organizações comunitárias, ativistas e lutadores do povo declaramos
nossa grande preocupação com o grave estado de saúde em que se
encontram os presos políticos mapuche das prisões de Angol, Lebu e
Temuco, os quais estão em greve de fome, que se prolonga, no caso de
Angol, desde o dia 4 de maio de 2020. Expressamos nossa imensa
preocupação pela saúde e pela vida dos presos políticos mapuche em
greve de fome, mediante a tácita decisão do governo de deixá-los
morrer, tanto no não cumprimento dos argumentos jurídicos e políticos
que permitiriam uma solução no atendimento de suas demandas, como no
marco da aplicação do Convênio 169 da OIT, subscrito pelo Estado
chileno e vigente desde 2009.
Nós
abaixo assinados nos solidarizamos com os prisioneiros políticos de
Angol, Temuco y Lebu em greve de fome, e condenamos o tratamento
criminoso do Estado diante das demandas das comunidades mapuche pela
recuperação de seu território e na defesa de sua cultura, que fazem
parte da resistência centenária desse povo de continuar existindo. É
uma luta que nao não só defende a vida do povo mapuche, mas também a
vida do povo chileno, já que defende o território , as águas, os
ecosistemas, a flora e a fauna lá existentes. Sua luta é pela vida,
mas é respondida com militarização, perseguição, prisao e morte.
A
dignidade e a força para suportar mais de 120 dias de greve de fome,
nasce de sua convicção na luta por justiça. A atual demanda consiste
simplesmente no cumprimento do acordo internacional subscrito pelo
Estado chileno há mais de uma década. O Convênio 169 da OIT sobre povos
originários, no seu artigo 10, fala claramente: “quando se impuserem
sanções penais previstas na legislação geral a cidadãos desses povos,
deverão ser consideradas suas características econômicas, sociais e
culturais”, e “deverá dar-se preferência a tipos de sanções distintas
da prisão”.
Os
gevistas propuseram caminhos concretos e propostas factíveis Se, mas o
governo através do Ministro da Justiça tem se negado a dar uma solução.
Os
presos políticos mapuche em greve de fome expressaram que esta
exigência é também uma denúncia pela aplicação discriminada das
medidas de aprisionamento quando se trata de mapuche. Isto porque é de
conhecimento público que nos últimos meses houve milhares de medidas de
prisão e mudanças de medidas cautelares devido ao contexto atual de
pandemia; mas estas mesmas medidas tem sido sistematicamente negadas aos
presos políticos mapuche.
Rejeitamos
também a forma como a cobertura desta greve tem ocorrido por parte da
imprensa que está a serviço dos grandes grupos econômicos e seus
representantes políticos, cujas “informações” expressam racismo e
cumplicidade na divulgação de acusações e juízos a respeito dos
lutadores e ativistas mapuche y também chilenos. Esta imprensa, com sua
pretensa objetividade, encobre um servilismo para com as instituições
completamente ultrapassadas e anacrônicas, tais como o latifúndio das
plantações florestais e das relações depredadoras que impõem aos
trabalhadores e aos recursos naturais.
As
e os abaixo assinamos apoiamos as reivindicações dos presos políticos
mapuche em greve de fome e conclamamos que os diversos setores dos
povos chileno e mapuche se unan nesta justa demanda. Por isso,
divulgamos este pronunciamento por todos os meios possíveis, para romper
o cerco da comunicação imposto pelos interesses econômicos dos
monopólios, que pretendem desinformar y amordaçar a opinião pública.
Fazemos
um chamado à solidariedade e à mobilização de todas as formas de luta
que sejam necessárias para conseguir a aplicação imediata do Convênio
169 da OIT, pressionando o governo e principalmente o Ministro de
Justiça, Hernán Larraín, para a solução das medidas alternativas à
prisão aos presos políticos mapuche, em cumprimento a sua obrigação de
respeitar os tratados internacionais.
Liberdade aos presos políticos mapuche em greve de fome!
Desmiliarização do Wallmapu!
31 de agosto de 2020.
Assinam:
• Agencia Pueblo – Santiago
•
• Agrupación Educación Sexual Sur
• Agrupación Indígena Ñuke Mapu de Hualañé
• Agrupación La Ventolera
• Agrupación Mapuche Huilliche Pu Lamuen Autoconvocadas – Puerto Varas
• Antofagasta Marcha Oficial – Medio de comunicación independiente
• Asamblea Popular Hualañé
• Asociación Medioambiental Colibrí Eco-Social – Antofagasta
• Banda La Pingarita Femicumbia Chilena
• Bandera Roja – Rap Combativo
• Centro Cultural Ruka Malón
• Claudia Fadda Molina – Casa Quintil Valparaíso
• Colectiva Mujeres en la Lucha Kollipulli – Wallmapu
• Colectivo Aránguiz Sur
• Colectivo Callejón Lo Aránguiz
• Colectivo Cipriano Pontigo – Recoleta
• Colectivo Esquina Dignidad
• Colectivo La Callejera – Recoleta
• Colectivo por las Luchas del Pueblo, Newen Che
• Colectivx 18 de Octubre Reconorte
• Comedor Popular «Solo el Pueblo Ayuda al Pueblo» – Collipulli
• Comité Sin Casa Marichiweu – Puerto Varas
• Comunidad Social Cultural La Estación – Puerto Varas
• Convergencia Medios
• Coordinadora Aukin Mapu – Llanquihue
• Daniela Millaleo – Cantautora Mapuche Feminista
• Delotrolado Delacapucha – Organización Autoconcocadx
• Diario El Itihue
• Dúo Manzanares
• El Regionalista – Antofagasta
• El Siglo
• En Vivo Aquí y Ahora
• Estudiantes por la Causa Popular, ECP
• Grupo de Acopio Permanente – Collipulli
• Grupo Entrelatinos – São Paulo, Brasil
• Julio Higuera – Cantautor de Conchalí
• Kiwicha Comunicaciones
• Kuriche
• La Moringa Banda – Santiago
• La Resistencia Maipú
• Mapuches Huilliches Autónomos – Puerto Varas
• May Lamgen Agrupación Leufu Lafken – Llanquihue
• Mesa Social La Cruz – Región de Valparaíso
• Mujeres Cerrilleras Autoconvocadas
• Ojo Subterráneo
• Orgánica Maipú – Coordinadora de Estudiantes Secundarios de Maipú
• Organización Comunitaria Reaprendiendo – Región de Valparaíso
• Organización La Cruz Aprueba – Región de Valparaíso
• Periódico El Pueblo
• Primera Línea Prensa
• Radio La Revuelta
• Radio Manque
• Radio Raíces Poblacionales
• Radio Tamara
• Radio Trapananda
• Radio Villa Francia
• Revista de Frente
• Romina Núñez – Cantautora
• Señal 3 La Victoria
• Solidaridad y Memoria
• Valentina Inostroza – Cantautora
• Wallmapu Leftraru Hualañé
• Wewaiñ
• Yo También Estuve – Proyecto de resguardo de la memoria popular
Convocamos
a difusão ampla deste pronunciamento.
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através de menssagem pelo facebook @periodicoelpueblo2011 o instagram
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