A Liga dos Camponeses Pobres saúda a luta e resistência dos povos indígenas desde 1500 aos dias atuais.
Saudamos a heroicidade da Confederação
dos Tamoios (1554 a 1567), guerra de resistência dos povos Tupinambás,
Goitacás, Camacuans, Carajás, Aimorés, Carijós, Guaianás e outros sob a
liderança do guerreiro Aimberê contra as agressões da colonização
portuguesa. Os rios de sangue dos povos indígenas dizimados pelos
colonizadores, não fizeram cessar a luta em defesa de sua liberdade, sua
cultura, seus valores, sua terra.
A resistência dos povos indígenas
atravessou os 516 anos desde a invasão quando a coroa portuguesa se
adonou das terras e de suas riquezas naturais; e que hoje seguem nas
mãos do latifúndio legitimado e amparado nesse velho Estado
burguês-latifundiário, serviçal do imperialismo, principalmente, ianque.
A questão crucial da luta dos povos
indígenas é a questão do seu território, da terra. E a terra se tornou
propriedade, dos brancos senhores de terra, dos coronéis, dos
latifundiários de sempre e do chamado “agronegócio”.
Este velho e podre Estado Brasileiro que
as classes dominantes e oportunistas chamam de “Estado Democrático de
Direito” não garante os mínimos direitos aos povos indígenas e tenta por
todas as formas destruir a sua resistência: à ferro e fogo e também
através da perseguição dos valores culturais, língua, sua fé, saberes
medicinais, das relações sociais de cada povo, de sua identidade
enquanto povo; impedindo sua independência e autodeterminação mantendo
sob a tutela e controle da Funai e de ONG´s. Pelo direito a autodemarcação e autodeterminação dos povos indígenas!
Contra a crise: Tomar todas as terras do latifúndio!
Toda a crise econômica, política,
institucional e moral que atravessa o país vêm se aprofundando há tempos
e é expressão da crise econômica de todo sistema imperialista.
No caso do Brasil, que aplica uma
política ditada pelo imperialismo ianque, mantém a economia baseada na
exportação de bens primários, as commodities (soja, milho, laranja,
minérios) fortalece ainda mais a concentração da propriedade da terra
enquanto promove a expulsão dos camponeses, remanescentes de quilombolas
e dos povos indígenas. Nas cidades cresce a desindustrialização, o
desemprego e o arrocho com redução dos salários e aumento dos custos de
vida. Processo este aprofundado pelos 13 anos de gerenciamento da frente
oportunista e eleitoreira de PT/PMDB/PCdoB/PSB.
O monopólio da imprensa promove
verdadeiro espetáculo sobre as denúncias de corrupção, encena uma falsa
polarização entre os partidos que compõe esse podre e farsante sistema
eleitoral, enquanto representam na verdade o Partido Único.
Os oportunistas tentando salvar o
governo, fazem alarde de ameaça de golpe à democracia; a direita
descarada defende a supremacia da Polícia Federal e do judiciário e uma
suposta moralização após impeachment. Isto tudo prova que não há nenhuma
democracia para o povo e que as classes dominantes brigam pelo
gerenciamento do velho Estado burguês-latifundiário, enquanto estão
unidos na defesa da política imperialista, com mais concentração das
terras na mão dos latifundiários, mais arrocho e repressão contra as
massas populares no campo e na cidade.
Mais uma vez afirmamos a consigna do 8º.
Congresso da Liga dos Camponeses Pobres “Contra a crise tomar todas as
terras do latifúndio!” única solução para os pobres do campo
sobreviverem com dignidade: tomar as terras dos latifundiários, cortar e
entregar as parcelas e produzir sobre elas!
Rendemos nossas homenagens a todos os
povos, aos guerreiros e guerreiras indígenas que verteram seu sangue
resistindo à dominação e na luta por seu território!
Abaixo a farsa eleitoral! Viva a Revolução Agrária!
Terra, água, pão, justiça e verdadeira e Nova Democracia!
Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia
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