O covarde ataque aos camponeses do
acampamento Dom Tomas Balduíno, em Quedas do Iguaçu – Paraná ocorrido no
dia 07 de abril de 2016 é mais uma entre as fartas evidências da
brutalidade do latifúndio para com os camponeses. Evidência também de
que este anacrônico sistema latifundiário já passou da hora de ser
destruído. No ataque, os trabalhadores Vilmar Bordim e Leomar Bhorbak
foram assassinados e outros seis camponeses foram feridos pelos tiros da
polícia militar fascista de Beto Richa (PSDB) e os pistoleiros do
latifúndio Araupel.
O ataque aos camponeses de Quedas do
Iguaçu faz parte de um quadro nacional de agravamento da situação do
campesinato brasileiro e sua decisão de lutar por seu justo direito à
terra, por um lado, e a escalada de repressão promovida pelo latifúndio e
as instituições de seu velho e apodrecido Estado, como a polícia, o
judiciário, o INCRA, etc, por outro. Exemplo disso é a ordem de despejo
emitida em finais de março deste ano contra 84 famílias que trabalhavam e
produziam há 18 anos na Comunidade Baixa Funda nas terras da Fazenda
Marilândia no município de Manga, norte de Minas Gerais, onde o juiz da
Vara Agrária Octávio de Almeida Neves (primo do playboy Aécio Neves –
PSDB) e o gerente estadual de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) se
conluiaram para expulsar essas 84 famílias camponesas das terras que
elas cultivavam há quase duas décadas.
Exemplo disso, também, é a escalada
fascista de repressão ao movimento camponês no Vale do Jamari em
Rondônia, onde duas lideranças camponesas da LCP foram assassinadas à
luz do dia no centro da cidade de Jaru em 23 de janeiro deste ano e no
mesmo período dois jovens camponeses também foram assassinados, tendo um
o corpo carbonizado e o outro seu corpo desaparecido até hoje. Mais
recentemente, nos dias 02 e 03 de abril, camponeses do acampamento Hugo
Chaves que fica na RO 140, entre Jaru e Ariquemes, foram atacados por
pistoleiros a soldo de latifundiários da região. Tudo isso com total
cumplicidade e acobertamento das polícias civil e militar.
Tendo em vista esse quadro e o
aprofundamento da crise econômica, política e social que vive nosso país
reafirmamos a consigna lançada no 8º Congresso da Liga dos Camponeses
Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia:
Contra a crise: Tomar todas as terras do latifúndio!
Esse sim é o único caminho possível para a resolução dessa demanda secular de nosso povo, terra para quem nela vive e trabalha!
Prestamos aqui nossa solidariedade aos
camponeses dos acampamentos Dom Tomas Balduíno (PR) e Hugo Chaves (RO) e
da Comunidade Baixa Funda (MG), e responsabilizamos os latifundiários
das respectivas regiões, os gerentes de turno estaduais Beto Richa
(PSDB), Confúcio Moura (PMDB) e Fernando Pimentel (PT), o Ouvidor
Agrário Nacional Gercino José da Silva Filho e, por fim, a gerente de
turno do Estado burguês-latifundiário brasileiro, a senhora Dilma
Rousseff(PT).
Abaixo a polícia fascista de Beto Richa (PSDB)!
Fora PT, PSDB e PMDB, serviçais do latifúndio!
Punição para os mandantes e executores do massacre aos camponeses de Quedas do Iguaçu!
Morte ao latifúndio!
Viva o Movimento Camponês Combativo!
Viva a Revolução Agrária!
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