Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte e Minas e Sul da Bahia
No
dia 22 de outubro deste ano completou-se dois anos do assassinato do
dirigente da LCP, Cleomar Rodrigues de Almeida. Cleomar foi covarde e
brutalmente assassinado na entrada da Área Unidos Com Deus Venceremos –
onde trabalhava e vivia com 35 famílias, desde 2008 –, no município de
Pedras de Maria da Cruz (MG), em uma emboscada feita por pistoleiros e
policiais a mando dos latifundiários, sendo fuzilado por disparos de
armas de grosso calibre.
Assim
como outras lideranças camponesas, Cleomar foi constantemente
perseguido e ameaçado de morte, entretanto, não se afugentou da luta.
Como dirigente revolucionário que era, cumpriu um importante papel de
mobilizar, politizar e organizar os seus companheiros e companheiras
camponeses. Foi um ardoroso defensor do sagrado direito à terra e da
necessidade de uma Revolução no país, uma Revolução de Nova Democracia
ininterrupta ao Socialismo, que se inicia com a Revolução Agrária
tomando todas as terras do latifúndio e distribuindo-as para os
camponeses.
O dirigente camponês havia denunciado amplamente as ameaças de morte
sofridas aos órgãos do velho Estado, principalmente Incra e Ouvidoria
Agrária, mas como de práxis, ao invés de agirem a favor dos camponeses
pobres, passaram a acobertar os crimes dos latifundiários e seus bandos
pistoleiros, tudo isto sob a gerência oportunista de Lula/Dilma/PT.
Em 3 de novembro de 2015, um habeas corpus
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade provisória aos
pistoleiros Marcos Ribeiro de Gusmão e Marco Aurélio da Cruz Silva,
acusados de serem os executores do crime.
No
dia 14 de janeiro deste ano, dezenas de famílias camponesas levantando a
bandeira da Revolução Agrária reocuparam as terras da Fazenda Pedras de
São João, em Pedras de Maria da Cruz. A retomada das terras contou com a
participação de camponeses da Área Unidos com Deus Venceremos e de
camponeses vindos de municípios próximos.
A tomada de terras honrou a memória e o sangue derramado de Cleomar,
assassinado no local, nomeando-a de Área Revolucionária Cleomar
Rodrigues de Almeida. As terras foram cortadas e estão sendo entregues
pelo Comitê de Defesa da Revolução Agrária (CDRA), para as famílias
camponesas viverem e trabalharem nelas.
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