Entre os dias 12 e 19/07 ocorreu na
UFPR, Curitiba, o 35° Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia -
ENEPe. O Campo de Luta da Pedagogia, formado por ativistas, entidades e
movimentos que se organizam contra o governismo da UNE e todo o
oportunismo eleitoreiro no Movimento Estudantil de Pedagogia (MEPe)
aplastaram a tentativa de golpe do Levante Popular da Juventude (PT),
que estavam na Comissão Organizadora (C.O) do Encontro.
Usando de práticas características do
velho movimento estudantil burocrático da UNE (PT/pecedobê), os
oportunistas do Levante Popular na C.O sabotaram todas as instancias
deliberativas do Movimento de Pedagogia (MEPe), desde as reuniões da
Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) às plenárias do
Encontro, fazendo de tudo para impor a pauta do governo ao ENEPE,
encontro que há mais de 11 anos reafirma o rompimento do MEPe com a UNE e
tem se posicionado aberta e claramente contra toda a política de
destruição e privatização do ensino comandada pela frente oportunista e
eleitoreira de Luiz Inácio/Dilma Rousseff (PT/PMDB/PSB/pecedobê).
Dezenas de estudantes de todo o país,
organizados em torno do Campo de Luta da Pedagogia, desmascaram uma a
uma as manobras desta juventude mensalão. Logo no início do ENEPe, uma
reunião do Campo de Luta da Pedagogia com a participação de cerca de 70
estudantes de todo o país tomou a decisão não aceitar o golpe da C.O,
aparelhada pelos governistas. A primeira vitória do Campo de Luta e da
democracia dentro do ENEPe foi a imposição por parte dos estudantes da
participação nas mesas redondas do evento de palestrantes contrários à
“Pátria Educadora” da frente oportunista e eleitoreira de PT/pecedobê.
Na primeira mesa sobre situação política
a fala do professor Fausto Arruda, presidente do Conselho Editorial do
Jornal A Nova Democracia, expressou muito bem o sentimento de indignação
e vontade de luta dos estudantes de Pedagogia. Desmascarando toda a
fraude destes mais de 12 anos de gerenciamento do oportunismo, o caráter
burguês-latifundiário deste governo de vende-pátrias e o nefasto papel
cumprido pelo PT e seus cúmplices ao cometer incontáveis crimes contra o
povo e a serviço do imperialismo, principalmente ianque, em nome da
“esquerda”.
No decorrer de todo o Encontro
aprofundou-se e polarizou-se uma intensa luta pela democracia dentro do
MEPe. Diante da total falta de organização proposital comandada pelo
governismo durante o Encontro, os estudantes decidiram tomar o ENEPe em
suas mãos. Várias Assembleias Gerais eram realizadas, apesar das
sucessivas tentativas da C.O em desmobilizá-las e implodi-las. Pouco a
pouco, ficava claro para todos que a luta entre o cumprimento da
programação do Encontro, encabeçada pelo Campo de Luta contra a
dispersão e a diluição, imposta pela C.O, representava a luta entre os
dois caminhos no MEPe.
De um lado, estavam os estudantes
organizados em torno do Campo de Luta da Pedagogia, se esforçando por
garantir os debates, a manifestação e a organização do MEPe. De outro,
estavam os governistas e seus aliados, que sequer compareciam nas
atividades previstas na programação e estendiam as festas até as 05:00hs
da manhã, no objetivo de esvaziar os debates sobre a realidade das
escolas e universidades públicas na inglória tarefa de blindar
politicamente este gerenciamento de mensaleiros.
O ponto alto do Encontro, onde ficou
patente a clara cisão entre estes dois caminhos no MEPe, foi a
realização de uma combativa manifestação pelo centro de Curitiba. Os
governistas do LPJ/PT se uniram aos seus irmãos quase gêmeos da
UJS/pecedobê e aos seus primos do PSOL para impedir a realização da
manifestação. Não compareceram na Plenária de Preparação do Ato e
tentaram, de forma autoritária, impor o trajeto e as consignas
principais da manifestação. Queriam que a mesma fosse realizada no
“Cafundó dos Judas” com a ensossa faixa central “Viva os 35 anos do
MEPe!
Os estudantes não aceitaram mais esta
tentativa de sabotagem de sua justa luta! Estavam decididos a ir a pé ao
centro da cidade se fosse necessário! Conseguiram um ônibus emprestado
com uma delegação e foram até a “Boca Maldita”, local histórico de
manifestações da capital do Paraná. Levando a faixa central com os
dizeres: “Contra a Pátria Educadora, Greve Geral é a solução!” e
entoando palavras de ordem em solidariedade à luta dos professores do
Paraná, contra a repressão policial às manifestações e a farsa
eleitoral, os estudantes ganharam a simpatia da população curitibana.
Ao chegarem de volta à universidade, os
mais de 100 estudantes que garantiram a realização do Ato Público foram
punidos pelos governistas da C.O. Numa atitude fascista, estes canalhas
alegaram o atraso de 04 minutos dos estudantes como pretexto para os
impedir de jantar no Restaurante Universitário, chegando ao cúmulo de
jogar os servidores grevistas do RU contra os estudantes manifestantes. O
tiro saiu pela culatra! Os estudantes puxavam palavras de ordem contra o
governismo e o peleguismo no movimento estudantil e exigiram que a C.O
garantisse alimentação para os manifestantes.
Na Plenária Final, enfrentando as
sucessivas tentativas de manobras e implosão do espaço por parte dos
governistas do Levante/UJS, o Campo de Luta garantiu a aprovação de
todas as suas proposições. Os dirigentes governistas e os seus bate-paus
tiveram de abaixar suas cabeças e enfiar o rabo entre as pernas,
abandonando a Plenária antes de seu encerramento alegando falta de
quórum. O Campo de Luta saiu ainda mais fortalecido, vitorioso puxando
palavras de ordem e canções de luta, já se preparando para , no ano de
2016, em Porto Velho, Rondônia, realizar um ENEPe independente e
combativo, por uma educação pública que sirva ao povo!
Viva o Movimento Estudantil de Pedagogia!
Pedagogia é combatente, rompeu com a UNE e continua independente!
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