Mas contra fatos não há argumentos. Vamos a eles.
Acampamento Paulo Justino e Assentamento Terra Prometida
Este foi mais um crime a mando do
latifundiário Antônio Carlos Faitaroni e da recém criada Associação de
latifundiários do Vale do Jamari que tem aterrorizado a região, desde
novembro de 2015, quando 25 camponeses tomaram a fazenda Santo Antônio
(antiga fazenda Pedra Bonita), situada na Gleba 06 de Julho, no
município de Alto Paraíso, de 2000 alqueires que Faitaroni alega ser
sua. Depois que os trabalhadores foram brutalmente despejados por
pistoleiros, acamparam provisoriamente num lote cedido por um
trabalhador do Assentamento Terra Prometida, num ato de solidariedade. É
longa a lista de crimes deste latifundiário, seus pistoleiros e
policiais: despejo, agressões, tortura, ameaças, roubos e assassinatos
bárbaros de Enilson e Valdiro, líderes do Acampamento Paulo Justino, no
dia 23 em Jaru (acompanhe na página resistenciacamponesa.com).
Mas nada disto é encontrado na
imprensa mercenária que mostra os latifundiários como se fossem homens
de bem, produtores rurais, a nata da sociedade e esconde que eles são os
verdadeiros bandidos e terroristas de Rondônia. Como o jornaleco Rondônia Vip,
que aproveitou para caluniar a LCP mais uma vez, acusando-a dos crimes
cometidos pelos pistoleiros neste último ataque no Assentamento Terra
Prometida.
E como já é tradição, eles mesmos se contradizem. No título nos acusam: “Homens da LCP invade (sic) fazenda a procura de ex-companheiro para matá-lo e causa tiroteio e destruição”. Mas no corpo da matéria dizem que um “grupo rival” da LCP provocou a destruição: “os sem-terras da LCP se correram (sic) para o mato, (...)
os 'inimigos' aproveitaram a falta de resistência: reviraram toda a
casa, quebraram os vidros de uma picape branca com uma marreta, e por
fim, furaram o tanque de uma moto e cortaram o banco, além de queimarem o
veículo Gol roubado, com placas de Jaru, que teria sido utilizado pelo
bando que representaria a Liga”. E as contradições não param por aí.
No começo da matéria, dizem que o ataque aconteceu num sítio do
Assentamento Terra Prometida, mas mais à frente, afirmam que foi na
fazenda Pedra Bonita.
Rondônia Vip mente que não somos um movimento de luta pelo sagrado direito à terra e que nossa nova modalidade de atuação é “a
invasão de propriedades rurais pequenas, tanto para ocupação quanto o
roubo ou furto de diversos objetos e equipamentos agrícolas.” Mentem que conseguiram informações de que é “uma prática corriqueira a fuga de prisioneiros para acampamentos localizados em assentamentos rurais ou em fazendas invadidas.”
Acampamento na linha C 114, no município de Cujubim
Moradores da região relataram que
viram vários pistoleiros fortemente armados, com roupas camufladas, em
duas caminhonetes, abrigados na sede da fazeda Tucumã. Os criminosos
abordaram vários camponeses perguntando pelos invasores de terra e pelo
jovem desaparecido. Certamente não queriam deixar testemunhas. No dia 1º
de fevereiro a polícia localizou um corpo carbonizado dentro de um
carro Santana queimado.
Zombando da inteligência da população,
a polícia disse que o sargento pistoleiro conseguiu fugir, após agredir
um policial no pé, quando era colocado na viatura! Ele se juntou a
vários pistoleiros que estavam escondidos na mata e que começaram a
disparar contra os policiais.
Neste caso, também se pode ver dois pesos e duas medidas dos porta-vozes do latifúndio e do velho Estado fascistas. O jornaleco Rondônia Vip
omitiu de forma muito conveniente mais um PM atuando como pistoleiro e
sua fuga milagrosa. Disse que os bárbaros pistoleiros como “suspeitos”
de serem “seguranças das fazendas” contratados para “proteger contra
invasões dos sem-terras”. Apresentou o terror cometido pelos criminosos
como “troca de tiros”. Da mesma laia, o Canal 35 chamou os pistoleiros
de “peões de fazenda”. Já um suposto ataque à fazenda Fluminense que
teria sido cometido por camponeses no último dia 3 foi chamado de “Terror e destruição”.
Esses ataques da imprensa não é só mau
jornalismo, fazem parte de um plano maior dos quadros do latifúndio e
do velho Estado, comandado pelo coronel Ênedy para criminalizar,
demonizar e exterminar lideranças e ativistas da luta combativa pela
terra, especialmente da LCP. É urgente que se levante uma ampla e ativa
campanha de defesa dos camponeses, seus líderes combativos e da luta
sagrada pela terra.
Terra para quem nela vive e trabalha!
Lutar pela terra não é crime!
Fora Confúcio e Ênedy fascistas!
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