Wednesday, March 9, 2016

Atividades de Chiang Ching no campo da Literatura e da Arte (China, 1967)


Atividades de Chiang Ching no campo da Literatura e da Arte (China, 1967)


Nota do blog: Por ocasião e aproveitando do Dia Internacional da Mulher Proletária, levantamos a defesa da obra desta que foi uma das mais importantes mulheres proletárias que conheceu o proletariado mundial, a camarada Chiang Ching, fiel aliada e colaboradora da linha proletária e revolucionária do Presidente Mao!
Chiang Ching foi muito importante na defesa do socialismo e na prevenção contra o revisionismo e a restauração capitalista no período da Grande Revolução Cultural Proletária, sobretudo nas frentes culturais e artísticas – ramo onde viveu antes de dedicar-se à Revolução. Combateu as tendências confucianas, revisionistas e burguesas no meio artístico, impondo a consciência e o modo proletário de conceber o mundo.
Com a morte do Presidente Mao, seu companheiro, a camarada Chiang Ching era, definitivamente, o quadro revolucionário proletário mais bem preparado para levar adiante não somente o socialismo na China, mas também o tenaz combate contra a linha burguesa no seio do Partido. Exatamente por isso, com a morte do Presidente Mao, foi presa, junto aos demais líderes da linha revolucionária seguidora do Presidente Mao, acusados de “conspiração” e “grupo antipartido”, sendo apregoados como “bando dos quatro”. Em julgamento, Chiang Ching, com moral proletária, desmascarou os revisionistas como restauradores do capitalismo e que “não tinham coragem de atacar frontalmente o Presidente Mao”.
À seguir, publicamos o artigo original de 1967, fazendo um rápido relato das atividades da camarada Chiang Ching na GRCP.



"Aprender com a camarada Chiang Ching!"
“Aprender com a camarada Chiang Ching!”


Relato das atividades de Chiang Ching no campo da Literatura e da Arte

 Maio de 1967
 Uma Grande Defensora da Bandeira da Cultura, uma Guerreira Destemida: Um Relato das Atividades de Chiang Ching no Campo da Literatura e da Arte

Nota do Editor (original):
 “Os vigorosos pinheiros podem ser vistos nas sombras do crepúsculo
Intocados por nuvens aveludadas e apressadas
A caverna dos Imortais é uma obra da natureza
Ela traz muito encanto aos íngremes picos”.
Por várias décadas nossa venerável e querida camarada Chiang Ching empreendeu persistentemente lutas ardorosas e esplêndidas contra o Kruschev chinês e seus agentes nos círculos da literatura e da arte. Sempre insistiu na defesa da linha revolucionária do Presidente Mao na literatura e arte proletárias, resistiu às tendências adversas, enfrentou ventos fortes e lutou contra marés perniciosas. Demonstrou aspiração, agressividade e coragem revolucionárias proletárias. Na Grande Revolução Cultural Proletária, histórica e sem precedentes, a camarada Chiang Ching foi mais uma vez a primeira a suportar o ataque frontal e assim conseguiu feitos históricos imortais ao destruir os quartéis-generais de Liu Teng-tao, de Yang Chen-wu, Yu Li-chin e Fu Chung-po, claque contrarrevolucionária, carreirista, conspiradora, separatista [divisionista] de direita e anti-partidária. Da mesma forma denunciou outros contrarrevolucionários traidores.
A camarada Chiang Ching não está apenas na frente da literatura e arte, mas também no palco político como uma defensora da bandeira da cultura e galante e intrépida guerreira do proletariado.
Nós juramos dar nossas vidas para defender a camarada Chiang Ching, corajosa protetora da Grande Revolução Cultural Proletária!
No início dos anos de 1930 a camarada Chiang Ching colocou-se resolutamente ao lado da linha revolucionária do presidente Mao, ao lado do campo revolucionário da arte e da literatura representado por Lu Hsun, o protetor da revolução cultural. Ela, irredutível e firmemente, deflagrou lutas contra os fantasmas nos círculos literários, contra os novos e velhos remanescentes da dinastia, traidores da China e outros lacaios; contra a linha capitulacionista representada por Wang Ming e contra a linha contrarrevolucionária na literatura de Chou Yang, Wang Shi-wei e outros de sua laia.
Na Guerra de Resistência contra a agressão japonesa, e em Yenan, a camarada Chiang Ching realizou, de acordo com as instruções do presidente Mao, o primeiro teste da revolução na ópera de Pequim (chamado de “ping-chu”) e encenou óperas revolucionárias modernas em Pequim como Ping-sing kuan que usou a campanha do mesmo nome e foi dirigida pessoalmente pela camarada Lin Piao. Os agentes da classe burguesa no Partido ficaram ressentidos e rancorosos com essa produção criativa. Ainda em 1956 o revisionista contrarrevolucionário Tien Han praguejava contra a produção chamando-a de “linha incorreta que devia ser renegada”.
1949
Toda a nação estava libertada e estabelecida a República Popular da China. Nosso país entrara no estágio da revolução socialista. Os donos do poder que assumiram o caminho socialista, representados por Liu Shao-chi, trombeteavam ruidosamente, em todas as avenidas, “a consolidação da ordem da nova democracia”, tentando empurrar a China para o capitalismo. Liu Shao-chi disse em Yientsin: “Não tenham receio de propagar o feudalismo, “Yang Yen-hui Visita Sua Mãe” pode ser levada para o palco” e espalhou que “os critérios de censura para livros e jornais, dramas, óperas e filmes deveriam ser revistos”. Desta forma ele abriu as comportas para a inundação da literatura e da arte burguesas na sociedade. A camarada Chiang Ching iniciou lutas na mesma moeda contra Liu Shao-chi e seu grupo. Ela perseverou nisto e teve êxito em banir óperas como: “O Imperador Namora a Garçonete” e “Apanhar o Bracelete de Jade”; com isto fez surgir artigos criticando a oposição equivocada de Mei Lan-fang sobre a revolução da ópera de Pequim.
Março de 1950
O filme reacionário “Dentro da História do Tribunal de Citação” fora mostrado em Pequim, Xangai e em outros lugares. Foi muito aplaudido pelos jornais e outras publicações. O presidente Mao afirmou seriamente: “Dentro da História do Tribunal de Citação é um filme de traição nacional e deveria ser criticado”. Mas Liu Shao-chi disse: “Este filme é patriótico”. A camarada Chiang Ching persistiu na linha revolucionária do presidente Mao e propôs várias vezes que o filme fosse criticado. Lu Ting-i, Hu Chiao-mu, Chou-Yang, etc., rejeitaram teimosamente as instruções do presidente Mao afirmando que “Shao-chi pensa que este filme é patriótico”. A camarada Chiang Ching continuou em sua trilha na verdade, rejeitando energicamente o consenso e refutando, com um sentido de exatidão e de rigorosa censura, um tema tão absurdo, perseverando na idéia de que o filme deveria ser censurado.
11 de julho
O Comitê do Diretório de Cinema foi criado e a camarada Chiang Ching tornou-se membro. Nos trabalhos feitos pelo (……) comitê, a camarada realizou lutas decisivas contra I Ting-i, Hu Chiao-um, Chou Yang, etc., e desta forma defendeu a linha revolucionária do presidente Mao na arte e literatura.
Dezembro
O filme reacionário não acabado, “A Vida de Wu Hsun”, produzido pelo Estúdio de Filmes da China foi completado sob o patrocínio de Hsia Yen, Yu Ling, etc., e autorizado por Chou Yang a ser exibido. Representantes do feudalismo e do capitalismo se uniram para aplaudir o filme. Em abril do ano seguinte quarenta a cinqüenta artigos elogiosos surgiram em vários jornais e em outras publicações em Pequim, Tientsin e Xangai.
Durante este período, a produção do filme “A Quem Pertence a Glória” foi acabada. Este filme alardeou o tema de que a glória pertencia a um chefe de estação de trens que havia adotado literalmente o método deviacionista dos soviéticos, negando assim as grandes conquistas criativas do povo chinês sob a liderança do Partido Comunista Chinês e do presidente Mao. O presidente Mao criticou o filme. E a camarada Chiang Ching afirmou: “A glória deveria pertencer a esta espécie de pessoa?”
 Fevereiro de 1951
O presidente Mao assinalou, de forma competente, a natureza reacionária de “A Vida de Wu Hsun”. A camarada Chiang afirmou a Chou Yang: “ A Vida de Wu Hsun é um filme reacionário que propaga o reformismo da classe burguesa. Ele deve ser criticado” E Chou Yang retrucou: “E o que há de errado em se ter um pouco de reformismo?”
20 de maio de 1951
O presidente Mao escreveu pessoalmente para o Diário Popular um editorial intitulado: “Dar Séria Atenção à Discussão sobre o Filme: “A Vida de Wu Hsun”. E condenou os mandões contrarrevolucionários dos círculos literários e de arte que elogiaram “A Vida de Wu Hsun”. Ele afirmou que o filme demonstrava “o grau de confusão ideológica alcançado pelos círculos culturais do país”. Mas Hu Chiao-mu e sua claque resistiram o quanto puderam.
23 a 28 de julho
O Diário Popular publicou em partes um relatório intitulado: “Nota de Investigação a respeito da História de Wu Hsun”. Este relatório foi escrito por um grupo de investigação organizado pessoalmente pela camarada Chiang Ching, de acordo com instruções do presidente Mao; o grupo foi enviado a Tangyi e áreas adjacentes da província de Shantung para iniciar uma investigação detalhada [da História de Wu Hsun] onde fortes lutas foram travadas contra Chung Fien-fei e outros enviados por Chou Yang. Esta “Nota de Investigação”, que fora pessoalmente revista e corrigida pelo presidente Mao, desmascarou, com irônica evidência, a face desagradável de Wu Hsun, o grande latifundiário, grande agiota e grande gangster. Assim foi concluído o debate [sobre a história e caráter de Wu Hsun].
28 de julho
A camarada Chiang Ching, seguindo a linha do presidente Mao sobre a literatura e arte, propôs, ao Comitê do Diretório de Cinema, que os funcionários de cinema deveriam participar profundamente, e por longos períodos, das massas de operários, camponeses e soldados. Afirmou: “O método atual dos dramaturgos de participar da sociedade é questionável. Entram da sociedade para observar um pouco a maneira de viver e imediatamente escrevem sobre o que entenderam. Isto lhes impede de escrever textos com sangue e alma”. A camarada Chiang Ching também criticou as más tendências existentes, naquela época, nas filmagens. Ela assinalou: “O filme ‘A quem a Glória Pertence” foi produzido de forma equivocada; e “Os Guerreiros do Povo” deve ser revisado porque expressa um sentido de pessimismo e de desilusão”.” Não deveríamos fazer apenas grandes produções, mas também pequenas”. A camarada Chiang Ching expressou opiniões importantes sobre a crítica ao cinema afirmando: “A crítica deve ter em si uma clara discriminação de linha, separando o que é revolucionário e o que é contrarrevolucionário”. Sua preferência eram os filmes com temas fortes, cheios de vitalidade como a Campanha de Huai-Hai.
1º de setembro
Direcionada contra a secreção de veneno feita pelos estúdios particulares de Xangai e contra o capitulacionismo de Chou Yang, Hsia Yen e outros de sua laia, a camarada Chiang Ching fez a seguinte afirmativa: “O que esses estúdios produziram não são filmes comuns. São produções que exercem influência sobre o modo de pensar de milhões e milhões de pessoas. Por esta razão, os estúdios particulares não podem continuar a fazer tal coisa; a produção de filmes deve ser colocada sob a direção do Partido para uma firme implementação da orientação literária e artística do presidente Mao que sirva aos operários, camponeses e soldados”.
Setembro
Em uma conferência no Departamento de Propaganda da Central, a camarada Chiang Ching fez sérias críticas a Chou Yang e seu grupo por sua teimosa concordância com a visão da classe burguesa e por sua resistência à crítica do filme A Vida de Wu Hsun. Ela declarou também que Chou Yang era de origem latifundiária e seu pensamento direitista. Chou Yang detestava a postura da camarada Chiang Ching ligada à linha revolucionária do presidente Mao. Boatos se espalharam e ela foi caluniada; disseram que onde a camarada Chiang Ching estava ficava “difícil completar os trabalhos”.
1952
O grupo de investigação para pesquisa da história de Wu Hsun retornou a Pequim e a camarada Chiang Ching instruiu… (Nota do tradutor do texto em chinês: faltam palavras no texto original).
Setembro 1954
O presidente Mao pessoalmente iniciou a crítica do idealismo da classe burguesa representada pelos “Estudos do Sonho da Câmara Vermelha de Yu Ping-po”. Nos meados de setembro a camarada Chiang Ching levou em pessoa instruções do presidente Mao e visitou o departamento de editoriais do Diário Popular; ela explicou que o presidente Mao havia dado grande importância ao artigo: “Referente a ‘Um Breve Comentário sobre o Sonho da Câmara Vermelha’ e Outros.” E quis que o Diário Popular o reimprimisse. Chou Yang, Teng To e seu grupo ousaram resistir abertamente às instruções do presidente Mao a fim de proteger a “autoridade” reacionária da classe burguesa.
1962
A camarada Chiang Ching agindo de acordo com as recomendações do presidente Mao foi em pessoa ao teatro e fez profundas e detalhadas pesquisas: “Os dados obtidos da investigação podem ser usados como material básico para adaptação da ópera de Pequim Sung Ching Shih”. Esta peça, no entanto, foi morta ao nascer por Chou Yang e seus asseclas.
Outubro
Com a preocupação e sob a direção da camarada Chiang Ching, o Estúdio de Filmes de Xangai completou um filme militar excelente: “De Vitória em Vitória”, (nan-cheng pei-chan) que demonstrou o grande pensamento estratégico do presidente Mao.
A camarada Chiang Ching propôs mais de uma vez a produção teatral de temas de grande significado como, por exemplo: A Campanha de Liaosi-Shenyang, A Campanha de Huai-Hai, etc. Mas essas propostas encontraram a resistência de Chou Yang e de Cheng Huang-mei e foram impedidas por eles como sendo ”grandes, mas sem …(palavras cortadas NT) e pesquisa. Ela criticou, baseando-se no pensamento de Mao Tsetung, mais de 1300 operas de Pequim e comentou que, na época, estavam em total desordem e cheias de ervas daninhas. Propôs também banir as peças fantasmas.
6 de julho
A camarada Chiang Ching assistiu a ópera de Pequim: ”Hai Jui é Demitido do Escritório”, e declarou que ela continha erros políticos sérios. Insistiu em proibi-la.
Setembro
O presidente Mao fez, na Décima Sessão Plenária do VIII Comitê Central, a grande convocação “Nunca Se Esqueçam da Luta de Classes”. Durante a sessão a camarada Chiang Ching aludiu a Chi Yen-ming afirmando que colocara demônios, monstros e fantasmas no palco, exigindo que o Ministério da Cultura cuidasse disto. Mais tarde ela se referiu, em uma discussão com os quatro chefes e representantes do Departamento de Propaganda do CC do PCC e do Ministério da Cultura, a uma inundação de imperadores, reis, ministros e generais, beldades e intelectuais, demônios e monstros, nos palcos e na tela. Mas nenhum deles deu atenção a isto.
17 de março de 1963
Depois de repetidas argumentações feitas pela camarada Chiang Ching, o Departamento de Propaganda do CC do PCC emitiu a “Nota a Respeito da Suspensão de Peças Fantasmas”.
6 de maio
O Diário Wen Hui, de Xangai, publicou artigos criticando o veneno de Li Hui Niang em “Não há nenhum mal em peças fantasmas”. Tais artigos foram escritos para provocar a camarada Chiang Ching e Ko Ching-shih.
Agosto
As ‘autoridades’ acadêmicas reacionárias da classe burguesa, Lo Erh-kang e Chien Pó-tsan, haviam canonizado, como herói, Li Hsiu-cheng , o traidor do Reino Celestial de Taiping. A camarada Chiang Ching colocou-se ao lado da linha revolucionária do presidente Mao, apoiou a facção revolucionária e fez sérias críticas contra essa atitude falaciosa. A camarada Chiang Ching apresentou um material relacionado a isto ao presidente Mao que, após lê-lo, marcou seus comentários nele. “Em papel branco e com tinta preta, a forte evidência se salienta como uma montanha. A integridade de [Li Hsiu-cheng] termina tarde em sua vida e não serve como exemplo”. Isto aumentou a moral da facção revolucionária e abriu espaço para uma florescente situação no campo de batalha acadêmico.
Por causa das recorrentes argumentações da camarada Chiang Ching, todo o país parou de assistir os filmes Hong Kong.
Sob a liderança direta de Chiang Ching os camaradas revolucionários nos círculos literários e artísticos em Xangai iniciaram críticas a Debussy e às peças fantasmas.
Outono
A camarada Chiang Ching selecionou e recomendou a ópera de Xangai, Faísca entre os Juncos, para a Trupe da Primeira Ópera de Pequim, para que fosse adaptada e ensaiada. Ela também instruiu os atores para que estudassem as brilhantes obras do presidente Mao: Sobre a Prática e Sobre a Contradição, etc. Ao ajudar a trupe a encenar esta peça, a camarada Chiang Ching convidou, a Pequim, a Trupe da Ópera Popular de Xangai, para fazer um espetáculo para a Trupe da Ópera de Pequim.
Novembro
A camarada Chiang Ching estudou cuidadosamente doze roteiros diferentes da “Lanterna Vermelha”, selecionou o melhor e o entregou pessoalmente ao Teatro da Ópera de Pequim da China para que o adaptasse à Ópera de Pequim, com a exigência explícita de que Li Yu-ho, a figura de herói da classe operária, fosse a principal. Ela afirmou: “Li Yu-ho é o representante da classe operária e também representante dos mártires da revolução, assim como membro do Partido Comunista. É um grande homem, um herói da classe proletária; devemos enfatizá-lo e dar proeminência à grandeza de sua imagem”. Ela empolgou a todos dizendo: “ Encenar é como travar uma batalha; devemos educar a nova geração e mostrar-lhes que o Estado proletário não foi ganho facilmente” e “Devemos encorajar a moral dos povos oprimidos do mundo”.
Dezembro
A camarada Chiang Ching contatou a trupe de balé pessoalmente para informá-los sobre reformas. Disse ela: “Os países estrangeiros têm encenado o balé há centenas de anos. Mas agora o balé dos países ocidentais está decadente. Devemos levantar a bandeira vermelha da revolução no balé”. A camarada Chiang Ching incentivou os camaradas da trupe a ampliarem sua visão de mundo. “Não para servir à minoria, mas a todo o povo da China, ao povo revolucionário da Ásia, América Latina e África. Devemos ter grandes aspirações junto com a convicção de que podemos abrir um caminho nosso”.
A camarada Chiang Ching recomendou que as trupes de balé de Xangai e de Pequim se preparassem para encenar a “Moça do Cabelo Branco” e “O Destacamento Vermelho de Mulheres”.
No mesmo mês a camarada Chiang Ching foi à Trupe da Primeira Ópera de Pequim a fim de tomar posse do local [significando: ‘permanecer nele] e ela pessoalmente dirigiu a reforma da Ópera de Pequim; ela recomendou que a ópera: “Faísca Entre os Juncos” fosse adaptada.
A camarada Chiang Ching pediu que uma das trupes da Ópera de Pequim se transformasse em um grupo de teste. Apoiado pelo maior dos infames entre os que retardaram a revolução na Ópera de Pequim, Peng Chen tornou as coisas difíceis, colocou muitos obstáculos em seu caminho, e se recusou a conseguir atores e teatros. Ele também pressionou a camarada Chiang Ching, chegando até a usar de sua autoridade para impedir a apresentação de “Faísca entre os Juncos”, rotulando-a de “mal feita” e de se valer de uma demonstração de força para intimidar a camarada. Ao mesmo tempo ele elencou mais de 180 óperas, chamando-as de “missões políticas” e “missões econômicas” (querendo dizer que a apresentação dessas óperas teria propósitos políticos e econômicos) e desejando que as trupes as apresentassem! A camarada Chiang Ching decididamente contra-atacou: “Não faça isto por um bocado de dinheiro”, disse ela e encorajou os camaradas dizendo: Faça coisas que não foram feitas por outros e seja um homem que caminha por espinhos e dificuldades”. Ela também presenteou os camaradas com cópias autografadas das obras do presidente Mao e educou-os afirmando: “Vocês acham que estou aqui para encenar algumas óperas, mas eu estou aqui para travar uma guerra contra o feudalismo, o capitalismo e o revisionismo!”
3 de janeiro de 1964
Liu Shao-chi e Teng Hsiao-ping convocaram um fórum de literatura. No fórum, Liu, Teng, Peng Chen, Chou Yang e seus asseclas atacaram flagrantemente as peças modernas como não sendo [semelhantes] “nem a uma mula nem a um cavalo”. Propôs que tanto o clássico quanto o moderno “caminhassem sobre duas pernas”. Seu propósito era refutar as peças modernas. Eles também nos difamaram dizendo que tratamos as velhas coisas ‘violentamente’. Kang Sheng e a camarada Chiang Ching travaram, no fórum, lutas iguais contra Liu Shao-chi e asseclas. A camarada Chiang Ching afirmou: “Nós queremos ter alguma coisa que não seja mula ou cavalo;”as novas óperas não são nem a metade do total, mas há pessoas que estão gritando: ’caminhem sobre duas pernas’; e “o capitalismo trata nossas coisas violentamente”. Ela também disse que: “Depois de quatorze anos, algumas pessoas ainda estão mostrando os mesmos sentimentos dos velhos tempos; isto é uma questão de postura!”
Março
A camarada Chiang Ching dirigiu pessoalmente o Teatro da Ópera de Pequim Xangai em ensaios da peça “Levando a Montanha do Tigre através da Estratégia”.
No mesmo mês a camarada Chiang Ching viu em Xangai a ópera Hui: “Manhã nas Docas” (renomeada “Nas Docas”) e achou que a ópera manifestava o espírito de internacionalismo dos estivadores. Depois ela foi em pessoa ao cais para pesquisa e estudo e propôs que o Teatro da Ópera de Pequim Xangai fizesse uma adaptação da ópera como uma ópera de Pequim. Afirmou: “O alto espírito de internacionalismo deve ser intensificado e a heróica figura dos estivadores deve ser salientada”. Durante a adaptação Liu Shao-chi emitiu instrução refutando as figuras heróicas e enfatizando os “personagens intermediários”; e usando os “sucessores cultivados” como desculpa exigiu a exposição de figuras que haviam servido para a restauração do capitalismo. A camarada Chiang Ching desfez essa intriga. No outono de 1965 ela disse: “As peças que foram revisadas dessa maneira, retratando a transformação dos personagens intermediários devem ser reescritas”. A camarada Chiang Ching pessoalmente patrocinou a tarefa, refez o staff e reforçou a peça e a música que ela mesma compôs. E ela disse aos camaradas revolucionários do grupo teatral: “Apoiaremos vocês quando houver dificuldades. Mas tenho apenas uma exigência: apresentem dois heróis, Fang Hai-chen e Kao Ghih-yang”.
5 de junho até 31 de julho
Sob a preocupação atenciosa do presidente Mao e direção do camarada Chou en-lai, Knag Sheng e Chiang Ching, foi realizado um festival nacional de drama e ópera modernos para motivar e troca de experiências. Este festival jogou por terra a mais terrível das fortalezas, a Ópera de Pequim, e fez renascer a arte da Ópera de Pequim. Levadas pela revolução da Ópera de Pequim, as revoluções em campos de batalha como na literatura e na arte foram iniciadas, uma após a outra.
Nosso grande líder viu as excelentes óperas tais como “A Lanterna Vermelha” ( 11 de junho), “Levando a Montanha do Tigre pela Estratégia” (17 de julho), “A Faísca entre os Juncos” (23 de julho) e o “Ataque ao Regimento do Tigre Branco” (10 de agosto).
Julho
A camarada Chiang Ching apresentou um importante relatório ”Sobre a Revolução na Ópera de Pequim” aos participantes do festival de teatro. Nesse relatório, a camarada Chiang Ching elucidou, a partir do pensamento de Mao Tsetung, o grande significado da revolução na ópera de Pequim e esclareceu sobre os ensinamentos do presidente Mao na ópera de Pequim. Este discurso é um documento importante para a solução de problemas referentes à revolução na ópera de Pequim através do Marxismo-Leninismo-Pensamento-Mao Tsetung.
8 de outubro
O presidente Mao, depois de ver o balé revolucionário: “O Destacamento Vermelho de Mulheres”, que fora cuidadosamente promovido pela camarada Chiang Ching, argumentou: “A orientação está correta; a revolução teve êxito; e artisticamente isto também é bom”.
Meados de outubro
Foi encenada “A Lanterna Vermelha” no Teatro da Ópera de Pequim da China, depois de uma revisão substancial.
Dezembro
A camarada Chiang Ching disse a Lu Ting-i, Chou Vang e companhia: “Há um grande grupo de filmes como: “A Loja da Família Lin, Cidade sem Noite, Mil Milhas de um Vento Adverso, Sol Vermelho, A Família Revolucionária,O Ventilador do Baile, Duas Famílias, O Tamanho, e Nieh Erh” que têm abordagens reacionárias, contrarrevolucionárias, burguesas e revisionistas assim como elementos de classe baixa; eles deveriam todos ser criticados”. Mas Lu Ting-i, Chou Yang, etc., agindo de acordo com a vontade de Liu Shao-chi, apenas permitiram que “A Loja da Família Lin” e “Cidade sem Noite” fossem criticadas.
Janeiro de 1965
A camarada Chiang Ching visitou a Orquestra Central e apelou aos camaradas revolucionários que “Devemos caminhar nosso próprio caminho, não devemos seguir os estrangeiros para morrer!” Ela também recomendou a adaptação que a ópera de Pequim Shachiapan fosse tocada como sinfonia.
A camarada Chiang Ching escreveu suas instruções em um relatório, pedindo conselhos de como mostrar ou não mostrar determinados filmes. Submeteu o relatório ao Comitê Partidário Municipal de Xangai dizendo: “Não escondam a fealdade de maus filmes, não os modifiquem antes de passá-los com o propósito de evitar críticas”.
 22 de janeiro
A camarada Chiang Ching recomendou que o velho Departamento de Cultura convocasse um fórum de produção cinematográfica. Ela afirmou: “Servir a política do proletariado, servir à revolução socialista e à construção socialista, e servir aos operários, camponeses e soldados”. Recomendou a abolição do monopólio da direção, ou seja, do ‘centralismo da direção’.
A camarada Chiang Ching criticou o velho Departamento de Cultura por promover o abstracionismo. Ela disse (a Chou Yang) : “Chou Yang, você está encarregado da cultura, portanto você é também responsável [por isto]”.
Meados de fevereiro
Depois de luta com o velho Comitê Partidário Municipal de Pequim, a peça “Faísca entre os Juncos” da trupe da Primeira Ópera de Pequim foi revisada totalmente em conformidade com as instruções do presidente Mao de que “A luta armada deve ter proeminência e a peça deverá ser renomeada como “Shaochiapan”. Foi encenada então mais uma vez para o público.
22 de fevereiro
A camarada Chiang Ching disse em uma carta, contendo importantes instruções sobre filmagens: “A fim de resolver totalmente a questão do gerenciamento burguês e revisionista, eu recomendo ‘dissecar o pardal’(um estúdio de filmagem), abolir o centralismo de direção e praticar o centralismo democrático. Todas as pessoas participando da criação devem fazer debates, reunir as idéias boas e corretas e entregá-las ao diretor para serem executadas. Idéias incorretas e impróprias devem ser discutidas e criticadas”. Esta instrução foi retida pelo velho Departamento de Cultura e só em julho foi cedido um escritório de filmagem para ‘estudos’.
Abril
A camarada Chiang Ching teve, em Xangai mais trabalho de refinamento da moderna ópera revolucionária de Pequim, “Levando a Montanha do Tigre pela Estratégia”. Ela se dirigiu aos operários da produção e atores: “Todas as artes servem ou a burguesia ou ao proletariado. A Ópera de Pequim era, inicialmente para entreter imperadores e reis, generais e ministros, ou a classe burguesa. Não é aceitável usar a ópera sem transformá-la para que sirva ao proletariado. Se queremos reformas, temos de ter revolucionários que queiram caminhar através de espinhos e que queiram aparar os arbustos”.
Fim de setembro
A sinfonia Shaochiapan, que fora supervisionada pessoalmente pela camarada Chiang Chin, foi apresentada publicamente.
10 de novembro
O Diário Wen Hui publicou o artigo do camarada Yao Wen: “Sobre o Novo Drama Histórico, Hai Jui é Demitido do Escritório” e, assim, levantaram-se as cortinas para o ataque a um pequeno grupo de detentores do poder no Partido que tomaram o caminho do capitalismo. O texto foi completado pelo apoio do presidente Mao através da organização da camarada Chiang Ching, incluindo os camaradas Chang Chun-chiao e Yao Wen-yuan, depois de repetidas revisões durante sete a oito meses.
 2 a 20 de fevereiro, 1966
O camarada Lin Pião incumbiu a camarada Chiang Ching de convocar um Fórum sobre o Trabalho com a Literatura e Arte nas Forças Armadas. O presidente Mao revisou o sumário do fórum três vezes. A Circular do CC do PCC de 10 de abril de 1966 afirmou que este fórum “é um fórum que levanta a grande bandeira do Pensamento Mao Tsetung”. O Sumário do Fórum “fez uma análise correta sobre a frente literária e artística. É um excelente e importante documento”.
8 de maio
O Diário do Exército de Libertação publicou o artigo da camarada Chiang Ching (sob o pseudônimo de Kao Chu): “Fogo Aberto na Linha Anti-Partidária e Anti-Socialista”.
16 de maio
O presidente Mao redigiu pessoalmente as Circulares de 16 de maio do CC do PCC, anunciando a sentença de morte da claque contrarrevolucionária e revisionista de Peng Chen, soando os tambores da marcha à frente da Grande Revolução Cultural Proletária e atacando diretamente o pequeno grupo de detentores do poder do Partido que seguiram a estrada capitalista. A Circular anunciou a demissão do Grupo dos Cinco Homens da Revolução Cultural que estava sob o controle de Liu Shao-chi e de Peng Chen; estabeleceu o novo Grupo Cultural da Revolução sob a Liderança do Comitê Central do Partido, subordinado ao Comitê do Birô Político. Este grupo teve o camarada Chen Pota como líder e o camarada Kang Sheng como conselheiro, além da camarada Chiang Ching como primeira deputada.

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