brasil a nova democracia
Centenas de pessoas, em grande maioria indígenas do povo
Embera Katío, se reuniram em frente ao Distrito Militar de Pichincha, na
cidade de Cali, Colômbia, no dia 27 de junho, em protesto ao estupro de
uma menina indígena de 13 anos por sete soldados do Exército
reacionário.
Na manifestação, pichações e discursos foram feitos
denunciando o crime horrendo do Exército, além de exigir que o órgão
investigador puna os militares pelo crime. Cartazes questionando e
rechaçando o Exército reacionário também foram vistos.
Manifestantes em Cali. Fonte: Vanguardia
No mesmo dia, em Bogotá, uma manifestação com forte
presença indígena foi realizada, próximo a uma sede do Ministério da
Defesa. Os manifestantes içaram faixas que diziam: Ministério Público
cúmplice de estupradores, assassinos corruptos! e outras alusões a
camponeses assassinados, mulheres estupradas e jovens desaparecidos. Os
manifestantes afirmavam que estavam lá para denunciar o estupro da
menina indígena e lutar por justiça contra os culpados.
Crime contra o povo indígena por Exército reacionário
As manifestações se dão sobre o contexto do estupro
ocorrido na comunidade de Santa Cecília, no pequeno departamento de
Risaralda. No dia 22 de junho, sete soldados do velho Estado
sequestraram e abusaram sexualmente de uma garota de 13 anos, do povo
Emberá-Chamí. Se aproveitando do isolamento social e da situação causada
pela pandemia, perpetraram tal crime contra o povo.
Os povos indígenas ainda combatem a tentativa por
parte do velho Estado de atenuar a punição dos culpados, ao acusarem no
procedimento judicial os sete soldados de “acesso carnal abusivo”, que
remete ao crime de abuso em geral, em vez de “acesso carnal violento”,
que remete ao de estupro.
Manifestante em Bogotá, exigindo justiça. Fonte: Vanguardia
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