50 anos do Levantamento Camponês de Naxalbari
Nota da Redação de AND: Naxalbari é a aldeia situada ao norte do
departamento de Bengala Ocidental que, há meio século, despertou a Índia
e animou os povos e nações oprimidas do mundo com seu Trovão de
Primavera.
Milhares de camponeses e povos tribais, armados de lanças e fuzis, sob a direção do Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), lançaram-se à revolta varrendo impiedosamente o latifúndio, fazendo tremer o imperialismo e todos os reacionários.
Sob a forte e decisiva influência da Grande Revolução Cultural Proletária, desencadeada na China em maio de 1966 sob a direção do Presidente Mao Tsetung, a fração revolucionária do Partido Comunista da Índia, dirigida por Charu Mazumdar, rompe com os grilhões do revisionismo e desencadeia a luta armada revolucionária camponesa como guerra popular.
Guiados pelos “Oito Documentos”, escritos por Charu Mazumdar entre 1965-67, os comunistas indianos formularam as bases ideológicas do movimento Naxalbari. Rechaçando o caminho do pacifismo e parlamentarismo, sob a luz do marxismo-leninismo pensamento mao tsetung (como era definido o maoismo à época), definiu-se que o caminho da Revolução Indiana é o da guerra popular prolongada e, em seu programa, enfatizou o papel dos camponeses, cujo principal seria a Revolução Agrária, e apontou que, com a liderança do proletariado, os camponeses seriam a força principal da Revolução.
No início da década de 1960, os comunistas já desenvolviam profundo trabalho entre os camponeses de Naxalbari. Centenas de estudantes e intelectuais revolucionários, provados militantes comunistas, transferiram-se das cidades para as vastas zonas rurais da região e fundiram-se solidamente às massas camponesas.
Em 1965-66 era grande a agitação em torno da preparação e início da luta armada. Em março de 1967, camponeses tomaram terras do latifúndio e realizaram a colheita das safras. Animados, os camponeses criaram comitês em toda região. As tomadas de latifúndios e safras se multiplicaram como um rastilho de pólvora.
O velho Estado enviou as forças policiais para reprimir o movimento. Em 25 de março, a polícia abriu fogo, matando nove mulheres e uma criança. Foi o estopim para as massas camponesas elevarem as labaredas da revolta popular. O tronar de Naxalbari fez-se ouvir da forma mais ruidosa.
As massas revolucionárias camponesas tomaram terras, safras, munições, armas dos latifundiários e das forças de repressão. Clandestinamente, os comunistas dirigiram o movimento, instruindo as massas e animando-as. A aliança operário-camponesa se galvanizou no fogo dos combates.
Nos vilarejos e cidades vizinhas eram desatadas greves em solidariedade aos camponeses rebelados. Em muitos combates, os camponeses em armas impuseram sérias derrotas à reação e suas hostes e apontaram para as massas de toda a Índia a necessidade da violência revolucionária para derrotar o velho Estado e conduzir o povo para sua emancipação.
O movimento de Naxalbari foi brutalmente reprimido, seus principais dirigentes foram presos e brutalmente torturados e assassinados pela reação, entre eles a sua Chefatura, Charu Mazumdar.
Os camponeses de Naxalbari foram os iniciadores da guerra popular prolongada na Índia e seu exemplo é imperecível. Tamanha é sua influência e significado que, nos dias atuais, os maoistas indianos são conhecidos como “naxalitas”.
O levantamento armado revolucionário camponês de Naxalbari definiu um novo começo na história da Revolução Democrática indiana e, no momento em que este grande acontecimento completa 50 anos, é saudado pelos revolucionários e democratas de todo o mundo. Por essa ocasião, publicamos o Editorial do Diário do Povo (Renmin Ribao) de 5 de julho de 1967, órgão de imprensa dirigido pelo Partido Comunista da China, reproduzido em Liberation, revista dirigida pelo então Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), vol. I, No. 1, novembro de 1967.
Milhares de camponeses e povos tribais, armados de lanças e fuzis, sob a direção do Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), lançaram-se à revolta varrendo impiedosamente o latifúndio, fazendo tremer o imperialismo e todos os reacionários.
Sob a forte e decisiva influência da Grande Revolução Cultural Proletária, desencadeada na China em maio de 1966 sob a direção do Presidente Mao Tsetung, a fração revolucionária do Partido Comunista da Índia, dirigida por Charu Mazumdar, rompe com os grilhões do revisionismo e desencadeia a luta armada revolucionária camponesa como guerra popular.
Guiados pelos “Oito Documentos”, escritos por Charu Mazumdar entre 1965-67, os comunistas indianos formularam as bases ideológicas do movimento Naxalbari. Rechaçando o caminho do pacifismo e parlamentarismo, sob a luz do marxismo-leninismo pensamento mao tsetung (como era definido o maoismo à época), definiu-se que o caminho da Revolução Indiana é o da guerra popular prolongada e, em seu programa, enfatizou o papel dos camponeses, cujo principal seria a Revolução Agrária, e apontou que, com a liderança do proletariado, os camponeses seriam a força principal da Revolução.
No início da década de 1960, os comunistas já desenvolviam profundo trabalho entre os camponeses de Naxalbari. Centenas de estudantes e intelectuais revolucionários, provados militantes comunistas, transferiram-se das cidades para as vastas zonas rurais da região e fundiram-se solidamente às massas camponesas.
Em 1965-66 era grande a agitação em torno da preparação e início da luta armada. Em março de 1967, camponeses tomaram terras do latifúndio e realizaram a colheita das safras. Animados, os camponeses criaram comitês em toda região. As tomadas de latifúndios e safras se multiplicaram como um rastilho de pólvora.
O velho Estado enviou as forças policiais para reprimir o movimento. Em 25 de março, a polícia abriu fogo, matando nove mulheres e uma criança. Foi o estopim para as massas camponesas elevarem as labaredas da revolta popular. O tronar de Naxalbari fez-se ouvir da forma mais ruidosa.
As massas revolucionárias camponesas tomaram terras, safras, munições, armas dos latifundiários e das forças de repressão. Clandestinamente, os comunistas dirigiram o movimento, instruindo as massas e animando-as. A aliança operário-camponesa se galvanizou no fogo dos combates.
Nos vilarejos e cidades vizinhas eram desatadas greves em solidariedade aos camponeses rebelados. Em muitos combates, os camponeses em armas impuseram sérias derrotas à reação e suas hostes e apontaram para as massas de toda a Índia a necessidade da violência revolucionária para derrotar o velho Estado e conduzir o povo para sua emancipação.
O movimento de Naxalbari foi brutalmente reprimido, seus principais dirigentes foram presos e brutalmente torturados e assassinados pela reação, entre eles a sua Chefatura, Charu Mazumdar.
Os camponeses de Naxalbari foram os iniciadores da guerra popular prolongada na Índia e seu exemplo é imperecível. Tamanha é sua influência e significado que, nos dias atuais, os maoistas indianos são conhecidos como “naxalitas”.
O levantamento armado revolucionário camponês de Naxalbari definiu um novo começo na história da Revolução Democrática indiana e, no momento em que este grande acontecimento completa 50 anos, é saudado pelos revolucionários e democratas de todo o mundo. Por essa ocasião, publicamos o Editorial do Diário do Povo (Renmin Ribao) de 5 de julho de 1967, órgão de imprensa dirigido pelo Partido Comunista da China, reproduzido em Liberation, revista dirigida pelo então Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), vol. I, No. 1, novembro de 1967.
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