A
noite de 10 de agosto foi marcada por uma vigorosa celebração dos 15 anos do
jornal A
Nova Democracia,
realizada na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio de
Janeiro.
No
momento em que o jornal completa 15 anos, afirmamos que temos cumprido com êxito
as tarefas traçadas em nossa Linha Editorial, guia segura na qual nos
orientamos. Desde a primeira edição do AND,
publicada em agosto de 2002, travamos a dura briga por nos estabelecermos e
desenvolvermos como uma tribuna popular a serviço da luta das massas.
O
evento, que lotou o auditório do 7º andar, contou com a participação da
juventude combatente, professores, moradores de favelas, trabalhadores, jovens,
dirigentes e ativistas de organizações populares democráticas e revolucionárias,
que saudaram o
AND
pelos seus 15 anos de resistência como órgão da Imprensa Popular e
Democrática.
O
evento foi aberto com a exibição do filme Terra
e Sangue – Bastidores do Massacre de Pau D’Arco,
produzido pelo AND.
Em seguida, tiveram início as apresentações culturais da noite. Agitaram o
público o cantor Sergival,
que apresentou o forró com seu grupo; a cantora Catarina
Crystal;
o grupo de teatro No
Palco da Vida,
do bairro de Ramos; o músico Scott
Fraga
na sua gaita de fole; o cantor e compositor Tantinho
da Mangueira,
autor de diversos sambas famosos, inclusive com parceria de Cartola; os
rappers
Mano
Rip
e Rapper
Operante;
e o grupo de música popular Casa
Norte.
Artigos
comemorativos produzidos especialmente para os 15 anos de AND
foram vendidos em uma concorrida banquinha que dividiu espaço com uma bela
exposição de fotografias do fotojornalista Ellan Lustosa.
Calorosas saudações
Após
as primeiras apresentações, teve início uma mesa composta por membros do
conselho editorial do jornal.
Em
seu pronunciamento, o Diretor Geral de AND,
Fausto Arruda, apontou que, em nossa última edição (nº 193), republicamos o
editorial da primeira edição, lançada em julho de 2002, pois a análise da
situação política exposta naquela ocasião, fruto de um esforço por elaborar a
nossa Linha Editorial, sempre se mostrou acertada, sendo confirmada a cada dia
pela situação revolucionária em desenvolvimento de nosso país e pela situação
política internacional.
Desde
seu surgimento, A
Nova Democracia
sempre manteve sua independência como um porta-voz das lutas das massas do campo
e da cidade, em nosso país, nas demais semicolônias e mesmo nos países
imperialistas. Travou duro combate com o oportunismo eleitoreiro que encontrava
seu auge com a eleição de Luiz Inácio, afirmando que Eleição
é farsa e
que só uma Revolução de Nova Democracia com a realização de seu programa pode
entregar ao povo o que é seu por direito.
Desde
o primeiro número vem noticiando as lutas de resistência dos povos contra a
agressão imperialista e fazendo análises, com rigor científico, das situações
políticas nacional e internacional.
Onde
o povo luta, esta luta encontra eco nas páginas do AND:
nas favelas, onde o povo enfrenta o massacre praticado pelos aparatos policiais
contra a juventude negra e pobre; no campo, onde as massas camponesas seguem
trilhando o caminho da Revolução Agrária; nas fábricas e canteiros de obras,
onde a classe operária e os trabalhadores em geral enfrentam os criminosos
ataques do gerenciamento Temer; nas ruas das grandes cidades, onde a juventude
combatente enfrenta a repressão; nos países imperialistas, onde as massas
imigrantes e proletárias se levantam contra os governos reacionários e as
guerras de agressão movidas por estes; nas semicolônias que travam lutas de
libertação nacional, onde as massas se levantam num mar de fúria contra as
guerras de rapina levadas a cabo pelos imperialistas; nos países onde as massas,
dirigidas por autênticos partidos comunistas, se levantam em Guerras Populares
que visam a Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista.
O
microfone foi aberto para as saudações, que foram feitas de forma calorosa por
representantes da ABI, do Centro Brasileiro de Solidariedades aos Povos
(Cebraspo), da Liga Operária, da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e da Frente
Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP). Também foi lida uma
mensagem enviada pelo advogado do povo, Dr. Marino D’Icarahy.
O
representante da Comissão Nacional das LCP exaltou a resistência das massas
camponesas e sua disposição cada vez maior de lutar pela terra e pelo fim do
latifúndio no Pará, Rondônia e em todo país.
O
representante da Frente Revolucionária exaltou a importância de AND
como
porta-voz da Revolução de Nova Democracia que se desenvolve no campo e na
cidade, com a Frente Única Revolucionária, no caminho da verdadeira libertação
de nosso povo.
E
afirmou: “Não
podemos mais aceitar migalhas dessa falsa esquerda que esteve por quase 15 anos
gerindo o velho Estado brasileiro. O que temos hoje? 50 mil asssassinados por
ano neste país: quantos são pobres? Quantos são negros? Quantos moram nas
favelas? Quantos moram no campo? A imensa maioria. Temos 700 mil encarcerados, 4
milhões de famílias camponesas sem uma nesca de terra sequer. Esses que nos
prometem que tudo pode ser resolvido esmolando voto, esmolando à grande
burguesia, ao latifúndio, ao imperialismo, esses não apenas estão enganados, são
nossos inimigos, porque devemos dizer que o povo não pode e não deve se
contentar com migalhas. Porque as riquezas todas são fruto de nosso trabalho,
portanto nada mais justo, mais necessário, mais inadiável que exigir tudo! E
tudo nada mais é do que o Poder!”
Homenagens
José
Moreira Chumbinho, primeiro diretor e formulador da Linha Editorial do jornal,
falecido no último dia 19 de julho, foi homenageado com uma calorosa saudação do
Editor-chefe de AND,
Mário Lúcio de Paula.
Uma
bela homenagem foi prestada ao companheiro Alípio de Freitas, combatente
internacionalista, fundador das Ligas Camponesas e membro do Conselho Editorial
de AND,
falecido
no último mês de junho. Foi lida uma carta da Redação do
AND
em homenagem a Alípio e, em seguida, o músico Scott Fraga executou, na sua gaita
de fole, a canção revolucionária portuguesa Grândola,
Vila Morena.
Foi
evocada a inolvidável memória da companheira Sandra Lima com sua inestimável
colaboração para o AND
e a luta revolucionária no país e no mundo. Em 27/07 completou 1 ano de seu
falecimento.
Outros
valorosos apoiadores e colaboradores do jornal, indispensáveis para a história e
da Imprensa Popular e Democrática de nosso país foram lembrados e honrados:
Helio Silva, veterano militante comunista, ex-preso político e grande apoiador
do AND,
falecido em 23/07 deste ano; a companheira Dirma, incansável propagandista de
AND
e
lutadora
do povo; o professor Adriano Benayon, membro do conselho Editorial de
AND;
e o companheiro Absalão, ativo agitador do jornal.
Avançando com a luta das massas
A
celebração dos 15 anos do AND
foi expressão viva e combativa da justeza de nossa luta por uma nova política,
uma nova cultura e uma nova economia, alicerce do programa
democrático-revolucionário expresso em nossa Linha Editorial.
Nos
sentimos revigorados e confiantes ao cumprir nossos primeiros 15 anos de jornada
com aqueles que fazem e são razão de nossa existência, resistência e luta:
camponeses, operários, estudantes, camelôs, artistas, intelectualidade
democrática, homens e mulheres de nosso povo que se reuniram para saudar o
AND.
Nossas
mais efusivas saudações de Nova Democracia a todos e todas.
Nos
nossos 15 anos, reafirmamos nosso compromisso de servir integralmente à luta das
massas e à tão necessária e urgente tarefa da Revolução de Nova Democracia
ininterrupta ao socialismo em nosso país!
No comments:
Post a Comment