O presidente fascista Jair Bolsonaro, tutelado pelo
governo secreto dos generais, assinou um projeto de lei, no dia 5 de
fevereiro, no qual permite diversas atividades de exploração, dentre
elas grande mineração em terras indígenas, principalmente na Amazônia. O
projeto agora vai para votação na Câmara dos Deputados.
O texto regulamenta atividades extrativistas,
agropecuárias e de geração de energia elétrica nessas áreas,
empreendimentos em grande parcela explorados pelo latifúndio. O projeto
também abre a possibilidade para a exploração das terras em outras
atividades econômicas, como agricultura e turismo.
Segundo o governo, o projeto define “condições
específicas para a pesquisa e lavra de recursos minerais, inclusive a
lavra garimpeira e petróleo e gás, e geração de energia hidrelétrica em
terras indígenas”.
Já a atividade mineradora poderia ser realizada por
não-indígenas sob prévia “autorização” dessas comunidades. O que abre
espaço para grandes mineradoras multinacionais se instalarem na
Amazônia.
A medida, como o próprio presidente disse, é um
“sonho” para ele. O que não chega a ser uma surpresa já que a exploração
econômica dos recursos minerais localizados em terras indígenas era uma
promessa de campanha do atual presidente.
Bolsonaro, ainda, no anúncio do seu projeto, atacou o
parlamento e os ambientalistas. “O grande passo depende do parlamento,
mas vão sofrer pressão dos ambientalistas. Esse pessoal do meio
ambiente. Se um dia eu puder, eu confino eles na Amazônia, já que eles
gostam tanto do meio ambiente”, afirmou o fascista.
Bolsonaro nessa sua empreitada entreguista e
latifundista tem, no Congresso Nacional, o apoio da bancada ruralista,
vinculada ao latifúndio.
Segundo lideranças indígenas, o apoio a esse plano
abre precedentes para a violência e a invasão de mineradores e
madeireiros ilegais nessas áreas.
Cerca de 600 lideranças indígenas do país se reuniram
em janeiro no Mato Grosso para denunciar o que consideram como um
projeto político de governo de “genocídio, etnocídio e ecocídio”.
Governo serviçal das multinacionais
A medida de Bolsonaro de querer dar a “oportunidade”
para o índio ser “empreendedor” e que quer regular a atividade
garimpeira esconde a causa principal que faz com que garimpeiros entrem
em terras indígenas, que nada mais é do que a grande expansão do
latifúndio, que tira as terras dos camponeses e faz com que esses
trabalhadores pobres busquem tirar seu sustento através da exploração
nas florestas, enfrentando condições perigosas e precárias de trabalho,
arriscando suas vidas buscando pequenas pedras de ouro para depois
vendê-las por preço extremamente baixo a grandes traficantes, e assim
tirar seu sustento e de sua família.
O governo Bolsonaro e de generais ainda mostra sua
face entreguista e vende-pátria ao permitir que os monopólios da
mineração, na maioria das vezes estrangeiros, explorem como bem entender
os recursos naturais presentes na Floresta Amazônica. Prova disso é a
fala do chefe da Assessoria de Acompanhamentos de Políticas do
Ministério de Minas e Energia, Roberto Klein, dizendo que o garimpo só
poderá ser exercido por não indígenas, em área demarcada, e se houver
consentimento dos índios daquela região. Já atividades de mineração e
exploração hidrelétrica os índios serão “ouvidos”, mas sem poder de
veto.
Bolsonaro assinou o projeto em evento
de 400 dias de governo, realizado no Palácio do Planalto
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