Monday, February 24, 2014

Brasil - 25/2 Movimentos populares do RJ organizam grande ato antifascista

Movimentos populares do RJ organizam grande ato antifascista para o dia 25/2


Diante da intensa campanha do monopólio da imprensa de criminalização dos movimentos populares, as organizações e frentes de luta do Rio de Janeiro se reuniram na última quarta-feira, 19 de fevereiro, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, no Centro, e decidiram por realizar uma grande manifestação no dia 25 de fevereiro com o tema: ‘Ato Unificado Contra a Criminalização das Lutas pelo Estado e a Imprensa Fascista’.
Organizações que compõem a Frente Independente Popular (FIP-RJ) e o Fórum de Lutas Contra o Aumento das Passagens estão se mobilizando e convidam a todos os trabalhadores para engrossar o protesto, que denunciará de forma contundente as políticas de repressão que vêm sendo levadas a cabo pelas gerências estadual e federal, as leis de exceção (“antiterrorismo”, Lei Geral da Copa etc) e a campanha histérica da chamada “grande” imprensa, que se lançou numa desesperada tentativa de criminalizar os manifestantes, principalmente os mais combativos.
Em nota publicada no seu site, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) aponta que “Construir o grande ato antifascista é tarefa de todos os lutadores”. E continua: “É ponto comum o entendimento de que a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, e a histeria fascista que a ela se seguiu, inauguraram um período decisivo para o movimento popular do nosso país. Golpear as manifestações, sobretudo a juventude combatente, ali onde elas mais avançaram do ponto de vista da incorporação dos trabalhadores e da consciência política; pretender criar opinião pública favorável à aprovação da lei antiterrorismo e de uma outra série de leis de exceção, como a que prevê pena de até 6 anos para o genérico “crime” de vandalismo (Lei de Desordem em Local Público) –isso a três meses da Copa –é uma tática da reação para reprimir e esvaziar os protestos não apenas no Rio, mas nos quatro cantos do Brasil. A resposta à altura a essa cruzada antipovo se apresenta, por isso mesmo, como tarefa candente e das mais importantes a todos aqueles que têm tomado as ruas antes ou depois de junho”.
A Frente Independente Popular, em nota pública, também declarou sua opinião: “É com medo de que o aumento das manifestações comprometa a realização da Copa do Mundo que inúmeras medidas repressivas estão sendo tomadas. A Lei Antiterrorismo, a Lei de Crime de Desordem em Local Público, a Lei Geral da Copa e a Portaria Normativa do Ministério da Defesa, qualificando movimentos sociais como “forças oponentes”, evidenciam a farsa do suposto Estado Democrático de Direito que, de fato, é um Estado autoritário e policial”.
E o Fórum de Lutas contra o Aumento das Passagens afirmou “o absurdo que é a imprensa e o governo utilizem da tragédia que foi a morte do jornalista Santiago Andrade para criminalizar aqueles que estão lutando por direitos.
Enquanto o Senado discute um projeto de lei que, com a desculpa de combater o terrorismo, vai punir com até 30 anos de cadeia quem realizar qualquer tipo de manifestação de rua. Esta é a hora de mostrarmos que não iremos abaixar a cabeça!”.
A manifestação ocorrerá no dia 25 de fevereiro, próxima terça-feira, e terá concentração na Candelária. No fim do ato, as organizações prometem realizar atividades culturais na Cinelândia. A reportagem de A Nova Democracia estará cobrindo a manifestação.

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