Neste
passado fim de semana, a repressom política volveu-se fazer
violentamente presente para a comunidade independentista galega
cobrando-se a detençom dos militantes Joám Manuel Sanches, Miguel Garcia
Nogales, Assunçom Lousada Camba e Antom Garcia Matos, submetidos nestes
momentos à aplicaçom da Ley Antiterrorista e, como noutras
ocasions, aos traslados a Madrid a instalaçons policiais sob condiçons
de absoluta impunidade para os seus captores.
Do mesmo
jeito, também, os principais meios de difusom do regime espanhol figérom
o seu unánime e inapelável juízo mediático, que estigmatiza e condena
como noutras ocasions as pessoas detidas seguindo as diretrizes da Guardia Civil.
Perante este cenário dramático, esta organizaçom política modesta em
dimensons mas firme em conviçons quere pôr sobre a mesa, à vista da
opiniom pública independentista e nacionalista, e da opiniom pública do
País, umha série de questons, opinions e avaliaçons reclamando a vossa
atençom para as mesmas:
1. Em primeiro lugar, exigimos ao Governo espanhol, à Audiencia Nacional e à Guardia Civil a suspensom das medidas antiterroristas
de que som objeto nestes momentos as quatro pessoas detidas, exprimimos
a nossa profunda preocupaçom polo facto de que podam ser maltratadas ou
torturadas durante a incomunicaçom de que som objeto e reclamamos a imediata posta em contacto com os seus advogados, advogadas e familiares, a sua liberaçom e o retorno para a Galiza.
2. Denunciamos a cumplicidade da prática totalidade dos meios de difusom com a Oficina de Prensa de la Guardia Civil.
Mais umha vez, demonstrárom a subordinaçom mais canina aos ditados do
instituto militar e a sua conversom em meros divulgadores da versom
policial. A vulneraçom de todos os códigos deontológicos da profissom
jornalística impom-se de novo impudicamente para amparar a repressom
política numha prática que a sociedade galega deverá avaliar com
atençom.
3. Convocamos o povo galego a participar nas concentraçons e mobilizaçons
programadas para hoje em várias vilas e cidades em solidariedade com os
detidos e a detida. Convocamos o povo galego a nom deixar-se ganhar
pola lógica franquista do "algo fariam", que os fascistas instaurárom
durante décadas; que, ainda hoje, percorre transversalmente quase todos
os setores políticos da nossa sociedade e que implica a aboliçom
instantánea da presunçom de inocência e da solidariedade. Esta apelaçom à
participaçom nas mobilizaçons fazemo-la extensiva com particular
intensidade aos agentes sociais, sindicais e, em especial, políticos
que, com distintas óticas e estratégias, abraçam a causa dumha Galiza
ceive.
4. Por último, queremos expor umha reflexom política de certo calado: quando em 2013 a Audiencia Nacional
ditaminou através dumha sentença a existência dumha organizaçom armada
ilegal a operar na Galiza, denunciamos aquela farsa judicial e as
gravíssimas consequências que trazeria assentar essa premissa fitícia. O
mesmo figérom os principais agentes sociais, sindicais e políticos do
País naquela altura. Mesmo setores da magistratura questionaram a
assunçom por parte da Audiencia Nacional das teses políticas da Guardia Civil
e da futura prática que anunciavam. O tempo deu-nos infelizmente a
razom: seguindo um guiom mais do que previsível já ensaiado em Euskal
Herria, a Guardia Civil pujo na sua diana organizaçons
políticas e antirrepressivas como a nossa ou Ceivar, ativou montagens
policiais conhecidos como a Operación Jaro, judicializou a
militância independentista em sumários que se prolongam artificialmente
durante anos instaurando umha sorte de limbo penal sem limites e abriu
as portas à conversom de qualquer ou qualquera militante em "perigosa
terrorista" através dumha simples decisom policial e judicial. O
objetivo: impossibilitar o desenvolvimento político-social do movimento
independentista na Galiza. O meio: a invençom dum "grupo terrorista" que
apenas existe nos cérebros de quem programam a repressom política, mas é
inexistente a olhos da maioria social galega e, incluso, da
racionalidade mais elementar.
Hoje,
quando mais militantes independentistas se encontram de novo em Madrid
em circunstáncias que adivinhamos terroríficas, queremos denunciar por
enésima vez este Estado de Exceçom encuberto aplicado a quem, com plena
legimitimidade, reclamamos um Estado próprio para a nossa naçom e
apostamos estrategicamente num processo de rutura democrática nacional
com o Reino de Espanha, de jeito unilateral e com o impulso da maioria
social.
Rematamos.
O que está a suceder na Galiza com a repressom do independentismo
evidencia a todas luzes a natureza antidemocrática, arbitrária e
autoritária do atual regime constitucional, a importância de praticar a
solidariedade e a denúncia porque o silêncio agora é cumplicidade com os
repressores e a necessidade dum projeto politico e dumha estratégia que
nos liberem dum Estado sem direito, que nega a nossa identidade,
destrói o nosso sistema económico e condena a maioria do povo galego à
emigraçom, a pobreza, a precariedade e o desemprego.
Liberdade independentistas!
Viva Galiza ceive!
Viva Galiza ceive!
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