Numa
manhã de quinta-feira camponeses ergueram alto a bandeira da Revolução
Agrária, contra o latifúndio e contra o podre Estado semifeudal e
semicolonial, fecharam a BR 101, principal rodovia da região que ficou
por horas parada com uma extensão de mais de 30 km.
Em meio a mais um novo ataque da Usina Utinga Leão, em conluio com os
serviçais do judiciário que no dia 14 de dezembro expediu liminar de
“reintegração de posse” para os camponeses da Fazenda Várzea Grande,
policiais e “seguranças” da Usina também participaram deste acometimento
“legal”, segundo eles.
Nos últimos 4 meses foram várias as
tentativas desta corja para impedir o justo direito pela terra, primeiro
com intimidações com “funcionários” da usina encapuzados, depois com
pistoleiros da usina atirando contra os camponeses desarmados, numa
óbvia tentativa de assassinato. Porém, o delegado da Polícia Civil de
Rio Largo, não entende desta forma, só registrou o Boletim de Ocorrência
mediante pressão dos camponeses. Ocorreram batidas arbitrárias da
Polícia Militar no acampamento, para tentar intimidar com revista em
barracos e chegaram ao absurdo de realizar um “treinamento militar” na
mata localizada dentro da área ocupada. Em meio a tantas intimidações,
falsas acusações e criminalização da luta pela
terra os camponeses fincaram ainda mais o pé na terra. Barracos,
produção, trabalho coletivo até estradas e uma pequena ponte para a
passagem de carros e motos, os camponeses da área Rosalvo Augusto já
organizaram. O
símbolo mais expressivo dessas sucessivas vitórias contra o latifúndio e
o velho Estado são os camponeses que todos os dias chegam para se
acamparem na área e lutar pela terra. Pois, o povo não quer repressão!
Quer terra e também quer LUTA!
Assim, no dia 21 dezembro as massas da
área Rosalvo Augusto novamente responderam com luta a esse outro ataque
da corja “seguranças”/PM’s/Juiz. Os camponeses presentes, trabalhadores
da terra não se intimidaram com o sol forte, porque estão acostumados
com o trabalho diário na terra bruta. Com a bandeira da Liga dos
Camponeses Pobres do Nordeste (LCP-NE) em punhos se organizaram e
demonstraram muita disposição. Desta forma, seguimos erguendo a bandeira
que nosso companheiro José Adeilton tanto defendeu e segue em nossa
luta, como ele dizia em alto e bom som: “CONQUISTAR A TERRA E DESTRUIR O
LATIFUNDIO!”.
CONTRA A CRISE: TOMAR E CORTAR TODAS AS TERRAS DO LATIFÚNDIO!
O POVO QUE TERRA E NÃO REPRESSÃO!
A VÁRZEA GRANDE É NOSSA!
COMPANHEIRO DEL, PRESENTE NA LUTA!
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