Edição Nº 218
2ª quinzena de Novembro
a 2ª de Dezembro de 2018
2ª quinzena de Novembro
a 2ª de Dezembro de 2018
O número de brasileiros que trabalham para empresas sem carteira assinada e sem seus direitos trabalhistas cresceu 4,5% (498 mil pessoas) em novembro de 2018. Já o desemprego real (chamada “subocupação”) soma ainda 27 milhões de desempregado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Especialistas”
do mercado comemoram o aumento no número de trabalhadores informais,
pois isto seria o início do aquecimento do mercado e aumentaria a
capacidade de consumo das famílias. No entanto, a pesquisa do IBGE
atestou que a renda média do trabalhador brasileiro segue estagnada com
relação ao mês de outubro, o que significa que o consumo segue no mesmo
índice e o mercado não aquece.
Os
trabalhadores informais empregados dentro de empresas chegam a somar
11,6 milhões de pessoas e, por serem privados dos seus direitos básicos
trabalhistas, são submetidos a um nível ainda maior de superexploração,
baixos salários e horas de trabalho exorbitantes, tudo para gerar lucro
máximo para os monopólios. Dentro desse contexto, o consumo tende a não
crescer significativamente.
Ao todo, são mais de 40 milhões o número de trabalhadores sem carteira assinada, englobando
os que trabalham para empresas privadas, os que são “por conta
própria”, camelôs e outros tipos. O número de trabalhadores subocupados,
ou seja, que não trabalham mais que 40 horas semanais, também cresceu
em 4,7%, chegando a 7 milhões. Enquanto isso, o desemprego real – que
soma os desocupados, subocupados e desalentados –, no entanto, segue
altíssimo: 27 milhões de brasileiros e brasileiras.
A
situação dos trabalhadores, sob o novo governo, deve agravar-se,
aproximando-se ainda mais da miséria e do trabalho mais embrutecedor.
Segundo o novo gerente, Jair Bolsonaro, para a economia melhorar as
condições de trabalho “devem se aproximar da informalidade”, o que
implica menos direitos, salários menores, enquanto seguem indo milhões
de reais para as grandes empresas, por meio de isenção fiscal, subsídios
e todo tipo de benesses.
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