Tuesday, November 23, 2021

24 de novembro - Dia de Ação Internacional contra a operação Prahar 3 - Brasil


Cartaz do PCI (Maoista) saudando o Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia e a campanha internacional do dia 24/11. Foto: Reprodução.

O Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia lançou em novembro de 2021 uma convocação para a campanha internacional de ação contra a operação militar contrarrevolucionária Prahar 3. A data definida para a execução das ações foi o dia 24 de novembro. O objetivo é denunciar a nova operação realizada pelo governo reacionário de Narendra Modi (primeiro ministro da Índia) e demonstrar apoio à luta do povo indiano e à Guerra Popular dirigida pelo Partido Comunista da Índia (Maoista).

A operação Prahar

Em 26 de setembro, governadores reacionários de dez estados indianos se reuniram com o ministro do Interior, Amit Shah, em um encontro que tinha como objetivo lançar a operação Prahar 3. Os dez políticos estão à frente da gerência de estados que contam com atuação de combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigido pelo PCI (Maoista). Terceira de seu tipo, a operação promete acabar com o Partido Comunista da Índia (Maoista) no prazo de um ano.

A operação segue o caminho de outras duas operações Prahar e também da fracassada operação Caçada Verde, de 2009. A operação de guerra contra o povo Caçada Verde também prometia acabar com o PCI (Maoista) num prazo de três anos e acabou sendo derrotada pelas forças comunistas.

Maoistas lançam comunicado convocando ao Dia de Ação

O PCI (Maoista) também lançou comunicado convocando as organizações revolucionárias, os comitês revolucionários e o Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL) para,  em todo o país, “fazerem vitorioso o Dia de Ação Internacional”. O comunicado dos comunistas também conclama a que participem das mobilizações neste dia simpatizantes e revolucionários de todo o país, assim como organizações de esquerda, democratas patrióticos, forças anti-hindutva*, operários, camponeses, estudantes, intelectuais, mulheres, minorias nacionais, dalits e adivasis.

Algumas ações a serem organizadas no dia 24/11 foram citadas pelo PCI (Maoista) em sua declaração. São elas: protestos e atos em povoados contra a operação Prahar; manifestações em centros movimentados; queima de figuras de Narendra Modi (primeiro ministro), Amit Shah (ministro do interior) e Mohan Bhagwat (liderança fascista hindutva); e ações de propaganda em grande escala que cumpram o papel de denunciar o caráter anti-povo, reacionário e genocida da reação indiana.

“Convocamos às massas a intensificarem o levante de massas pela vitória da Revolução de Nova Democracia indiana. Vamos lutar até o fim e alcançar a vitória final”, afirma o documento. Segundo o PCI (Maoista), o objetivo da campanha Prahar 3 é erradicar todos os tipos de movimentos de massa. As forças fascistas hindutvas retratam a Guera Popular dirigida pelo PCI (Maoista) como uma “ameaça à segurança interna”. 

A “camarilha dominante fascista de Modi e Amit Shaw é a ameaça real e a mais perigosa para as vidas e propriedade do povo”, afirmam os maoistas. “A camarilha dominante está se preparando para erradicar o movimento revolucionário sem resolver os problemas de vida e morte deste país. Estamos condenando seriamente a nefasta operação do governo e apelando para que seja vitorioso o dia 24 de novembro, Dia de Ação Internacional”, continuam.

Como parte do plano Prahar, as campanhas repressivas têm se intensificado na região central da Índia. Recentemente, em 03/11, políticos reacionários do velho Estado indiano disseram que tais forças estão mobilizadas e que 24 acampamentos policiais irão às regiões de Odisha e Chattisgarh. No plano não há qualquer ponto que vise atender às reivindicações das massas populares, sendo previsto somente a repressão contra os militantes, combatentes, revolucionários e ativistas. O PCI (Maoista) condena o que caracterizam como contra-ofensiva reacionária e também apela ao povo indiano que se prepare para a luta pela solução dos problemas de vida e morte do povo.

Além disso, há um ano camponeses indianos lutam com forte determinação e espírito combativo contra as novas leis pró-latifúndio do governo Modi. Camponeses adivasis de Bengala Ocidental, Jharkhand, Odisha, Chattisgarh, Andhra Pradesh, Telangana e Maharashtra lutam por água, pelas florestas, pela terra e pela Revolução. 

O governo está implantando e estabelecendo acampamentos policiais para reprimir o movimento adivasi em Dandakaranya, Jharkhand, na fronteira Andhra-Odisha e Odisha. O movimento popular contra os acampamentos da polícia em Silinger, distrito de Sukma em Chattisgarh, também continua há 6 meses, apesar de enfrentar severa repressão. 


Enquanto isso, o fascista Modi, caracterizado pelos comunistas como “fantoche das corporações internacionais”, realizou acordos com empresas imperialistas. O PCI (Maoista) afirma que Modi alcançou a posição de lacaio favorito para os imperialistas e toda reação mundial ao vender o país e impulsionar o fascismo na Índia.

‘A caçada segue..’

O ativista Azid escreveu um texto, no dia 14/11, em que denuncia que nos últimos dois meses o número de prisões e assassinatos de ativistas, democratas e massas bateu recordes. O texto é intitulado A Caçada Segue...

No mesmo dia da publicação do texto, foi divulgada o assassinato de 26 militantes por execução das forças da reação. O velho Estado e o monopólio de imprensa indianos chamam o extermínio de lutadores do povo dissimuladamente de “trocas de tiro”.

Azid também denuncia que a recompensa para quem delatar ou capturar militantes maoistas tem aumentado cada vez mais, ao que o velho Estado não tenta mais ganhar “corações e mentes”, mas sim “comprar as pessoas”. A publicação de um livro sobre a vida do destacado militante comunista Ramakrishna, também conhecido como RK, falecido por problemas de saúde em outubro deste ano, também foi censurada pelo governo reacionário.

Ele destaca que apesar desta repressão brutal, não é um momento de desânimo, mas sim de coragem, de convicção e de energia para seguir lutando até o triunfo da Revolução de Nova Democracia. Ele conclui realizando a convocação para fazer do 24/11 um dia especial em memória de todos os heróis do povo mortos, desejando que a data seja a voz daqueles cuja voz encarceraram. 

O democrata encerra o texto com as palavras de ordem Saudações vermelhas! e Viva a Revolução!

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