No dia da comemoração do Dia Internacional de
Luta e Solidariedade aos Presos Políticos da Índia, a União Reconstrução
Comunista do Brasil declara seu apoio combativo e incondicional solidariedade a
todos os revolucionários, democratas e patriotas indianos perseguidos, presos ou
agredidos pelo velho Estado feudal indiano. Em particular, aos combatentes do
Partido Comunista da Índia (Maoísta), que desde 1967 dirigem uma grande guerra
popular de libertação contra o domínio do imperialismo, feudalismo e capitalismo
burocrático sobre seu país.
Muito embora a propaganda do imperialismo se
esforce por mostrar a Índia, semicolônia sua, como "a maior democracia do
mundo", com uma suposta economia forte e em desenvolvimento, as mentiras não
resistem à mais superficial observação da realidade. Há anos, o Estado indiano,
em conluio com os Estados Unidos, Israel e os revisionistas do "Partido
Comunista da Índia - Marxista", leva a cabo a odiosa "Operação Caçada Verde"
com o fim de destruir a luta de resistência do operariado e campesinato indianos
dirigida pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta) e vender o solo e os recursos
naturais do país para o capital estrangeiro. A Operação Caçada Verde - encoberta
por vagas lorotas como "democracia e desenvolvimento" - cometeu atos sem
precedente de grilagem de terras, estupros, assassinatos de camponeses, roubo de
animais e gado em nome de operações de contrainsurgência e da desnacionzalização
do solo do país, colocando-o em mãos de grandes mineradoras estrangeiras e
empresas de agronegócio. Estimativas feitas por grupos de luta pelos direitos
humanos na Índia dão conta de dizer que milhões e milhões de camponeses foram
agredidos ou violentamente expulsos de suas terras após o início da
"Operação".
Longe de ser a "maior democracia do mundo",
setores populares e democráticos da sociedade indiana denunciam constantemente a
crescente onda de fascismo que vem tomando o país. No ano de 2008, foi emendado
o "Ato de Prevenção a Atividades Fora da Lei", que tornam ainda mais repressivas
as anteriores leis monstruosas como o "Ato de Prevenção a Atividades
Terroristas". Entre os casos recentes de mortes e perseguições a combatentes do
povo, está Ganti Prasadam, ex vice-presidente da Frente Democrática
Revolucionária de Toda a Índia, assassinado por pistoleiros a serviço do governo
indiano em 4 de julho do ano passado; o camarada Kishenji, membro do birô
político e da Comissão Militar Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta),
brutalmente torturado antes de ser assassinado por soldados do exército indiano
(evidências de tortura botam por terra a mentira lançada pelo exército indiano
de que o mesmo havia sido morto em combate); o professor da Universidade de
Delhi, G N Saibaba, secretário da FDR de Toda a Índia, que foi agredido,
intimidado, e teve sua casa arbitrariamente revistada pela polícia indiana, que
apreendeu DVDs, livros, CDs e inclusive telefones seus, de sua filha e esposa,
por suspeita de "subversão". O professor Saibaba é uma grande liderança
democrática do povo indiano, e há muito denuncia publicamente, em palestras, na
imprensa, e demais meios de comunicação, as atrocidades cometidas pelo governo
indiano na "Operação Caçada Verde", em nome de um suposto "desenvolvimento".
Também a escritora Arundathi Roy, grande personalidade democrática na luta pela
defesa dos povos tribais prejudicados pelas políticas anti-povo do governo
indiano, tem sido perseguida, e mesmo ameaçada de morte por sustentar suas
posições democráticas.
Nos últimos anos, o governo indiano muito pouco
(ou nada) fez para aliviar o gigantesco abismo que separa um punhado de
bilionários grandes capitalistas de um mar de uma população esmagada pela mais
desumana miséria. Diante da crise econômica mundial do sistema imperialista, que
separa cada vez mais um punhado de países capitalistas altamente desenvolvidos
dos países do Terceiro Mundo (do qual a Índia faz parte), intensificar-se-ão as
lutas de libertação nacional na Índia e em outros países dominados, situação
essa da qual o governo indiano tentará sair ampliando a repressão contra as
massas deste país a aprofundando a aplicação das políticas vende-pátria.
O momento atual, onde no Brasil passamos por
grandes manifestações populares contra os megaeventos (que permitem às
associações esportivas internacionais e empresas estrangeiras agredirem a
soberania nacional, bem como interferir em assuntos internos do Brasil) e as
políticas neoliberais aplicadas pelo governo de Dilma Rousseff, também cresce
como nunca a repressão fascista do Estado brasileiro contra as massas
trabalhadoras de nosso país. Também aumentam a cada dia o número de operários,
camponeses, estudantes, pobres urbanos e demais estratos populares presos por
lutarem por seus direitos, ou agredidos arbitrariamente pela Polícia Militar
brasileira - que está entre as que mais matam em todo mundo - e outros braços
armados do Estado brasileiro. Nesse sentido, é de fundamental importância a
mútua solidariedade internacional entre os povos brasileiro e indiano num
movimento democrático e pela paz, de luta pela libertação dos presos políticos e
contra toda opressão e dominação.
Todo apoio à luta do povo indiano por sua
libertação!
Liberdade para todos os presos políticos!
Viva o Partido Comunista da Índia
(Maoista)!
UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA
São Paulo, 25 de janeiro de 2014
São Paulo, 25 de janeiro de 2014
ENGLISH
VERSION
On the
occasion in which we celebrate the International Day of Struggle and Solidarity
with the Political Prisoners of India, the Communist Reconstruction Union of
Brazil declares its combative support and unconditional solidarity to all the
Indian revolutionaries, democrats and patriots persecuted, arrested or harrased
by the old feudal Indian State. Mainly, to the fighters of the Communist Party
of India (Maoist), which since 1967 lead a great people's war of liberation
against the domination of imperialism, feudalism and bureaucrat capitalism over
their country.
Although the
imperialist propaganda makes huge efforts to show India, its semicolony, as "the
greatest democracy of the world", with a so-called strong and developing
economy, the lies do not resist to the most superficial analysis of the reality.
Since many years, the Indian State, in collusion with the United States, Israel
and the revisionists of the "Communist Party of India - Marxist", leads the
hateful "Operation Green Hunt" aiming at destroying the struggle of resistance
of the Indian workers and peasants led by the Communist Party of India (Maoist)
and selling the country's soil and the natural resources to the foreign capital.
The Operation Green Hunt - disguised with vague words like "democracy and
development - commited unprecedent acts of landgrabbing, rapes, murder of
peasants and cattle theft in name of counter-insurgency operations and the
denationalization of the country's soil, putting it into hands of big foreign
mining companies and agrobusiness enterprises. Estimatives made by groups of
human rights activists say that millions and millions of peasants were harrased
or violently displaced from its lands since the beggining of the
"Operation".
Far from
being "the biggest democracy of the world", democratic and people-oriented
strata of the Indian society constantly denounce the increasing storm of fascism
that has been taking the country. In the year 2008, the "Unlawful Activities
(Act)" was ammended, making the old evil laws like "Terrorist and Disruptive
Activities (Prevention) Act" even more reppresive. Between recent cases of
murders and persecutions against people's fighters, is Ganti Prasadam, former
vice-Chairman of the Revolutionary Democratic Front of all India, murdered by
henchmen who worked for the Indian government in July 4 of 2013; comrade
Kishenji, member of the Central Military Commission and Politburo of the
Communist Party of India (Maoist), brutally tortured before being assassinated
soldiers of the Indian army (evidences of torture unmask the lies told by the
Indian army, according to which he was killed during a combat); The professor od
Delhi University, G N Saibaba, secretary of the RDF of all India, which was
harrased, intimidated, and had his house arbitrarily searched by the Indian
police, which confiscated DVDs, books, CDs and also mobile phones of him, his
daughter and his wife, under suspect of "subversion". Professor Saibaba is a
great democratic leadership of the Indian people, who has been long denouncing,
in lectures, the press and other means of communication the atrocities commited
by the India government in "Operation Green Hunt", under the pretext of a
so-called "development". Also Arundathi Roy, great democratic personality in the
struggle for defense of tribal peoples impaired by the anti-people policies of
the Indian government, has been persecuted, and had even received threats of
killing for sustaining such democratic positions.
During the
last years, the Indian has done very few (or nothing) to alliviate the
increasing gap which separates a clicque of big billionaire capitalists and a
sea of people crushed by the most inhuman misery. Before the world economic
crisis of the imperialist system, which separates even more a small number of
highly developed capitalist countries from the Third World countries (of which
India is part of), national liberation struggles in India and other oppresed
countries will sharpen, situation of which the Indian government intends to
reject by raising the reppresion against the big masses of such country and
depening the application of the country-selling policies.
At such
moment, where in Brazil we see huge people's protests against the megaevents
(which allow the international sports' associations and foreign companies to
violate our national sovereignty, as well as interfering in our internal issues)
and the neoliberal policies applied the Dilma Rousseff's governement, the
fascist reppresion of the Brazilian State against the working masses of our
country has never grown so much. The number of workers, peasants, students,
urban poor and other people strata arrested for fighting for its rights or
arbitrarily harrased by the Brazilian Military Police - one the world's police
which most kills in the whole world - and other armed wings of the Brazilian
State is growing more and more. In this sense, it is of fundamental importance
the mutual international solidarity between the Brazilian and Indian peoples in
a democratic and peace-oriented movement, of struggle for the release of
political prisioners and against all oppresion and domination.
All support
to the Indian people in its struggle for liberation!
Freedom for
all political prisoners!
Long live
the Communist Party of India (Maoist)!
COMMUNIST RECONSTRUCTION UNION
São Paulo, 25th January of 2014
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