Sunday, January 26, 2014

25th ID - Declaração por ocasião do Dia Internacional de Luta e Solidariedade aos Presos Políticos da Índia

No dia da comemoração do Dia Internacional de Luta e Solidariedade aos Presos Políticos da Índia, a União Reconstrução Comunista do Brasil declara seu apoio combativo e incondicional solidariedade a todos os revolucionários, democratas e patriotas indianos perseguidos, presos ou agredidos pelo velho Estado feudal indiano. Em particular, aos combatentes do Partido Comunista da Índia (Maoísta), que desde 1967 dirigem uma grande guerra popular de libertação contra o domínio do imperialismo, feudalismo e capitalismo burocrático sobre seu país. 

Muito embora a propaganda do imperialismo se esforce por mostrar a Índia, semicolônia sua, como "a maior democracia do mundo", com uma suposta economia forte e em desenvolvimento, as mentiras não resistem à mais superficial observação da realidade. Há anos, o Estado indiano, em conluio com os Estados Unidos, Israel e os revisionistas do "Partido Comunista da Índia -  Marxista", leva a cabo a odiosa "Operação Caçada Verde" com o fim de destruir a luta de resistência do operariado e campesinato indianos dirigida pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta) e vender o solo e os recursos naturais do país para o capital estrangeiro. A Operação Caçada Verde - encoberta por vagas lorotas como "democracia e desenvolvimento" - cometeu atos sem precedente de grilagem de terras, estupros, assassinatos de camponeses, roubo de animais e gado em nome de operações de contrainsurgência e da desnacionzalização do solo do país, colocando-o em mãos de grandes mineradoras estrangeiras e empresas de agronegócio. Estimativas feitas por grupos de luta pelos direitos humanos na Índia dão conta de dizer que milhões e milhões de camponeses foram agredidos ou violentamente expulsos de suas terras após o início da "Operação". 

Longe de ser a "maior democracia do mundo", setores populares e democráticos da sociedade indiana denunciam constantemente a crescente onda de fascismo que vem tomando o país. No ano de 2008, foi emendado o "Ato de Prevenção a Atividades Fora da Lei", que tornam ainda mais repressivas as anteriores leis monstruosas como o "Ato de Prevenção a Atividades Terroristas". Entre os casos recentes de mortes e perseguições a combatentes do povo, está Ganti Prasadam, ex vice-presidente da Frente Democrática Revolucionária de Toda a Índia, assassinado por pistoleiros a serviço do governo indiano em 4 de julho do ano passado; o camarada Kishenji, membro do birô político e da Comissão Militar Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta), brutalmente torturado antes de ser assassinado por soldados do exército indiano (evidências de tortura botam por terra a mentira lançada pelo exército indiano de que o mesmo havia sido morto em combate); o professor da Universidade de Delhi, G N Saibaba, secretário da FDR de Toda a Índia, que foi agredido, intimidado, e teve sua casa arbitrariamente revistada pela polícia indiana, que apreendeu DVDs, livros, CDs e inclusive telefones seus, de sua filha e esposa, por suspeita de "subversão". O professor Saibaba é uma grande liderança democrática do povo indiano, e há muito denuncia publicamente, em palestras, na imprensa, e demais meios de comunicação, as atrocidades cometidas pelo governo indiano na "Operação Caçada Verde", em nome de um suposto "desenvolvimento". Também a escritora Arundathi Roy, grande personalidade democrática na luta pela defesa dos povos tribais prejudicados pelas políticas anti-povo do governo indiano, tem sido perseguida, e mesmo ameaçada de morte por sustentar suas posições democráticas.

Nos últimos anos, o governo indiano muito pouco (ou nada) fez para aliviar o gigantesco abismo que separa um punhado de bilionários grandes capitalistas de um mar de uma população esmagada pela mais desumana miséria. Diante da crise econômica mundial do sistema imperialista, que separa cada vez mais um punhado de países capitalistas altamente desenvolvidos dos países do Terceiro Mundo (do qual a Índia faz parte), intensificar-se-ão as lutas de libertação nacional na Índia e em outros países dominados, situação essa da qual o governo indiano tentará sair ampliando a repressão contra as massas deste país a aprofundando a aplicação das políticas vende-pátria. 

O momento atual, onde no Brasil passamos por grandes manifestações populares contra os megaeventos (que permitem às associações esportivas internacionais e empresas estrangeiras agredirem a soberania nacional, bem como interferir em assuntos internos do Brasil) e as políticas neoliberais aplicadas pelo governo de Dilma Rousseff, também cresce como nunca a repressão fascista do Estado brasileiro contra as massas trabalhadoras de nosso país. Também aumentam a cada dia o número de operários, camponeses, estudantes, pobres urbanos e demais estratos populares presos por lutarem por seus direitos, ou agredidos arbitrariamente pela Polícia Militar brasileira - que está entre as que mais matam em todo mundo - e outros braços armados do Estado brasileiro. Nesse sentido, é de fundamental importância a mútua solidariedade internacional entre os povos brasileiro e indiano num movimento democrático e pela paz, de luta pela libertação dos presos políticos e contra toda opressão e dominação.

Todo apoio à luta do povo indiano por sua libertação!

Liberdade para todos os presos políticos!

Viva o Partido Comunista da Índia (Maoista)!

UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA
São Paulo, 25 de janeiro de 2014



ENGLISH VERSION
On the occasion in which we celebrate the International Day of Struggle and Solidarity with the Political Prisoners of India, the Communist Reconstruction Union of Brazil declares its combative support and unconditional solidarity to all the Indian revolutionaries, democrats and patriots persecuted, arrested or harrased by the old feudal Indian State. Mainly, to the fighters of the Communist Party of India (Maoist), which since 1967 lead a great people's war of liberation against the domination of imperialism, feudalism and bureaucrat capitalism over their country.

Although the imperialist propaganda makes huge efforts to show India, its semicolony, as "the greatest democracy of the world", with a so-called strong and developing economy, the lies do not resist to the most superficial analysis of the reality. Since many years, the Indian State, in collusion with the United States, Israel and the revisionists of the "Communist Party of India - Marxist", leads the hateful "Operation Green Hunt" aiming at destroying the struggle of resistance of the Indian workers and peasants led by the Communist Party of India (Maoist) and selling the country's soil and the natural resources to the foreign capital. The Operation Green Hunt - disguised with vague words like "democracy and development - commited unprecedent acts of landgrabbing, rapes, murder of peasants and cattle theft in name of counter-insurgency operations and the denationalization of the country's soil, putting it into hands of big foreign mining companies and agrobusiness enterprises. Estimatives made by groups of human rights activists say that millions and millions of peasants were harrased or violently displaced from its lands since the beggining of the "Operation".

Far from being "the biggest democracy of the world", democratic and people-oriented strata of the Indian society constantly denounce the increasing storm of fascism that has been taking the country. In the year 2008, the "Unlawful Activities (Act)" was ammended, making the old evil laws like "Terrorist and Disruptive Activities (Prevention) Act" even more reppresive. Between recent cases of murders and persecutions against people's fighters, is Ganti Prasadam, former vice-Chairman of the Revolutionary Democratic Front of all India, murdered by henchmen who worked for the Indian government in July 4 of 2013; comrade Kishenji, member of the Central Military Commission and Politburo of the Communist Party of India (Maoist), brutally tortured before being assassinated soldiers of the Indian army (evidences of torture unmask the lies told by the Indian army, according to which he was killed during a combat); The professor od Delhi University, G N Saibaba, secretary of the RDF of all India, which was harrased, intimidated, and had his house arbitrarily searched by the Indian police, which confiscated DVDs, books, CDs and also mobile phones of him, his daughter and his wife, under suspect of "subversion". Professor Saibaba is a great democratic leadership of the Indian people, who has been long denouncing, in lectures, the press and other means of communication the atrocities commited by the India government in "Operation Green Hunt", under the pretext of a so-called "development". Also Arundathi Roy, great democratic personality in the struggle for defense of tribal peoples impaired by the anti-people policies of the Indian government, has been persecuted, and had even received threats of killing for sustaining such democratic positions.

During the last years, the Indian has done very few (or nothing) to alliviate the increasing gap which separates a clicque of big billionaire capitalists and a sea of people crushed by the most inhuman misery. Before the world economic crisis of the imperialist system, which separates even more a small number of highly developed capitalist countries from the Third World countries (of which India is part of), national liberation struggles in India and other oppresed countries will sharpen, situation of which the Indian government intends to reject by raising the reppresion against the big masses of such country and depening the application of the country-selling policies.

At such moment, where in Brazil we see huge people's protests against the megaevents (which allow the international sports' associations and foreign companies to violate our national sovereignty, as well as interfering in our internal issues) and the neoliberal policies applied the Dilma Rousseff's governement, the fascist reppresion of the Brazilian State against the working masses of our country has never grown so much. The number of workers, peasants, students, urban poor and other people strata arrested for fighting for its rights or arbitrarily harrased by the Brazilian Military Police - one the world's police which most kills in the whole world - and other armed wings of the Brazilian State is growing more and more. In this sense, it is of fundamental importance the mutual international solidarity between the Brazilian and Indian peoples in a democratic and peace-oriented movement, of struggle for the release of political prisioners and against all oppresion and domination.

All support to the Indian people in its struggle for liberation!

Freedom for all political prisoners!

Long live the Communist Party of India (Maoist)!

COMMUNIST RECONSTRUCTION UNION
São Paulo, 25th January of 2014

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