Militantes palestinos conclamam povo brasileiro à Resistência. Foto: Comitê Nacional Palestino de BDS
Um grupo de militantes palestinos em
Gaza exibiu cartazes em protesto à provocativa visita do fascista Jair
Bolsonaro a Israel, no último dia 31 de março. A manifestação também
prestou solidariedade ao povo pobre brasileiro, em especial aos
moradores das favelas do Rio de Janeiro, que vêm sofrendo cotidianamente
com incursões policiais que ostentam aparatos repressivos provenientes
de Israel. Tais instrumentos, importados desde negociatas muito
anteriores à chegada de Jair na gerência de turno do Brasil, vão de
artefatos explosivos, armas, até blindados.
Por conta de os recentes massacres
promovidos pela polícia na ‘cidade maravilhosa’ terem vitimado um número
cada vez maior de crianças, foram elas que, em Gaza, exibiram um cartaz
de denúncia e solidariedade que trazia a seguinte frase, em português e
em inglês: ‘Armas de Israel matam na Palestina e nas favelas cariocas’.
Os laços entre brasileiros e palestinos vêm se estreitando desde que a jovem combatente palestina Ahed Tamimi declarou apoio aos 23 perseguidos políticos no Brasil, em agosto do ano passado.
Crianças de Gaza exibem cartaz em apoio aos moradores das favelas do Rio de Janeiro. Foto: Comitê Nacional Palestino de BDS
Do outro lado do muro, uma organização
internacional aproveitou para pendurar uma faixa que denunciava os
ataques do gerenciamento Bolsonaro contra a Amazônia. Um outro grupo
também foi visto denunciando a estranha proximidade do presidente com os
executores da vereadora Marielle Franco e o negacionismo adotado pelo
governo brasileiro perante a história do golpe militar fascista de 1964 e
a ditadura que o sucedeu.
Grupo protesta contra visita de Bolsonaro a Netanyahu, na Jerusalém Ocupada. Foto: Mauro Nadvorny/Reprodução
HAMAS IMPÕE MEDO EM COMITIVA BRASILEIRA
A permanência de Bolsonaro em Israel só
não foi maior porque a delegação brasileira resolveu cancelar os últimos
compromissos que estavam no cronograma após uma declaração do Hamas –
grupo integrante da Resistência Nacional palestina – ter repercutido
internacionalmente. A situação ainda se agravou quando Flávio Bolsonaro,
filho do presidente que está sob acusação de envolvimento com grupos de
‘milicianos’ no Rio, resolveu responder a nota do grupo numa rede
social: ‘Quero que vocês se explodam! ’, escreveu. A mensagem foi
misteriosamente deletada pelo próprio, instantes depois.
O
genocida e corrupto Netanyahu cumprimenta seu trampolim de votos e o
filho do mesmo na Jerusalém Ocupada. Foto: Fabrício Rodrigues/Reuters
O partido, que conta com membros
organizados militarmente, condenou a postura adotada pelo Brasil e
conclamou a comunidade árabe e muçulmana local e internacional a reagir.
Como consequência, o general Otávio Rêgo Barros, porta-voz do
presidente, alegou falta de tempo hábil para organizar questões de
segurança, reduzindo assim a agenda pretendida.
JUDEUS TAMBÉM NÃO SE AGRADAM COM BAJULAÇÃO
Grupos ortodoxos da comunidade judaica
contrários a existência de Israel e até mesmo sionistas mais radicais
que a gerência de Netanyahu denunciaram a visita de Bolsonaro. Para
eles, o capitão da reserva brasileira para nada mais serviu além de
propaganda de campanha do primeiro-ministro israelense que está atolado
em escândalos de corrupção. No Brasil, entidades judaicas reprovaram o
selo comemorativo da visita lançado pelos Correios com o rosto de
Netanyahu, acompanhado da palavra ‘Moshia’, que significa ‘salvador’.
A ida a Israel foi a quarta viagem
oficial de Bolsonaro como presidente da República ao exterior,
antecedida pelas patéticas, subservientes e entreguistas apresentações
na Suíça, no USA e no Chile.
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